Médicos: Deputados reclamam de acordo entre Brasil e Cuba

Para os parlamentares a forma de pagamento definida fere as normas trabalhistas brasileiras

por Élida Maria ter, 27/08/2013 - 10:21
Clélio Tomaz/LeiaJáImagens/Arquivo Tony Gel sugeriu que os profissionais passassem pelo exame de revalidação Clélio Tomaz/LeiaJáImagens/Arquivo

A forma de contratação entre o Brasil e o governo de Cuba para a vinda de médicos cubanos foi criticada por parlamentares durante sessão plenária dessa segunda-feira (26), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). De acordo com deputado Antônio Moraes (PSDB), o dinheiro será pago diretamente ao governo cubano e apenas 20% do valor será repassado ao profissional. 

Moraes destacou que a vinda dos médicos para ocupar vagas no Interior do Estado é uma boa alternativa para diminuir a escassez de profissionais na região, mas lamentou o acordo salarial feito pelo governo brasileiro. Para ele, a forma de pagamento fechada entre os dois países desrespeita as normas trabalhistas brasileiras.

Quem também reclamou do mesmo assunto foi o deputado Maviael Cavalcanti, (DEM). Ele acredita que o acordo feito pelo Brasil apoia o regime cubano. Segundo ele, os médicos estão sendo tratados como escravos, explorados pelo seu país, recebem baixos salários e ainda são privados de trazer suas famílias para o Brasil, devido a uma proibição de Cuba. 

Já o deputado Tony Gel (DEM) sugeriu que os médicos estrangeiros deveriam passar pelo exame de revalidação dos seus diplomas, para trabalhar em igualdade com os profissionais brasileiros. O democrata também observou que os médicos cubanos chegaram a Pernambuco vestidos de jaleco branco e infringiram a lei estadual conhecida como Lei do Jaleco. “A norma proíbe que profissionais de saúde usem equipamentos de proteção individual fora do ambiente de trabalho”, lembrou.

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