Estratégias de Eduardo Campos passam primeiro pelo NE

Governador já recebeu título de cidadão em cinco Estados da região

sab, 23/11/2013 - 13:07
Fernando da Hora/LeiaJáImagens Caminhando em passos bem calculados, o governador utiliza o discurso do pacto federativo para atrair os parlamentares e líderes majoritários da região Fernando da Hora/LeiaJáImagens

Se nas regiões Sul e Sudeste do País o governador Eduardo Campos (PSB) ainda é desconhecido, não se pode dizer o mesmo do Nordeste. Só este ano, o presidente do PSB recebeu o título de cidadão em cinco Estados da região. Alagoas, Bahia, Paraíba, Piauí e Sergipe concederam a honraria ao gestor.

Nesta “travessia” até a campanha eleitoral do próximo ano, onde provavelmente concorrerá a Presidência da República, Eduardo Campos sabe que é importante abranger seu campo eleitoral no Nordeste, região com segunda maior porcentagem de votos do País. O desafio é saber se até o pleito ele vai conseguir uma maior adesão nestes locais – a região também é conhecida como reduto eleitoral do PT.

Caminhando em passos bem calculados, o governador utiliza o discurso do pacto federativo para atrair os parlamentares e líderes majoritários da região. A diminuição da arrecadação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do Fundo de Participação dos Estados (FPE) é um dos argumentos bastante utilizados pelo presidente do PSB e que agradam a maioria dos políticos e empresários locais.

No entanto, essa aproximação com os políticos da região pode contradizer outro argumento do governador: o fim “da velha política”. Depois que se aliou a ex-senadora Marina Silva (PSB), Eduardo Campos prega que a velha arte de governar no País deve ter um fim. O problema é que as alianças necessárias para o pleito de 2014 e, sobretudo, para aumentar o seu campo eleitoral, devem passar pelas relações com os anciões da política, e a Região Nordeste é repleta de pessoas públicas que praticam o velho e novo coronelismo. Resta saber como o líder pessebista vai utilizar sua estratégia eleitoral no resto do País sem ser “bombardeado” pelos seus principais adversários (PT e PSDB), por conta das possíveis coligações que serão feitas entre o PSB e outras legendas nos próximos meses.

 

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