Socialistas de PE vão comandar nacionalmente o PSB

Carlos Siqueira, Paulo Câmara e Geraldo Julio vão compor a nova cúpula da legenda, Fernando Bezerra Coelho permanecerá no cargo que ocupa

por Giselly Santos sex, 10/10/2014 - 10:11
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Siqueira (à direita) vai substitutir Amaral (à esquerda) Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Um clã pernambucano vai assumir o comando nacional do PSB. Por um consenso, na próxima segunda-feira (13) quando acontece a eleição da nova direção, a chapa encabeçada pelo atual secretário-geral do partido, Carlos Siqueira, passará a administrar a sigla. Ele ocupará a presidência, no lugar de Roberto Amaral, o governador de Pernambuco eleito, Paulo Câmara, será o 1º vice-presidente, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, assume a vaga de Siqueira e o senador eleito, Fernando Bezerra Coelho, permanece com a 3ª vice-presidência. A 2ª vice-presidência vai ser preenchida pelo deputado Beto Albuquerque (RS), ele foi vice na chapa que disputou a presidência da República, com Marina Silva (PSB). 

Contando com Siqueira, que é de Pernambuco, o estado ocupará quatro vagas da cúpula nacional, voltando a ser protagonista na legenda dois meses após o falecimento do ex-governador Eduardo Campos. A chapa também exclui as chances de reeleição de Amaral, que se contrapôs ao posicionamento do PSB para o segundo turno da disputa presidencial. Essencialmente ligado ao PT, o presidente preferia que os socialistas estivessem neutros na corrida pelo Palácio do Planalto e não subisse ao palanque tucano, como foi preferido pela maioria. O posicionamento de Amaral o enfraqueceu dentro do PSB.

A indicação de Siqueira para assumir a legenda também pode sinalizar uma fissura entre o PSB e a ex-presidenciável Marina Silva, que se abriga politicamente na sigla. Em agosto, ao passar de vice à candidata, Marina e Siqueira foram protagonistas de um desconforto partidário. O episódio fez com que o secretário-geral deixasse a coordenação nacional da campanha à presidência do PSB, cargo ocupado a convite de Campos. Na época, Siqueira chamou Marina de “grosseira” e disse que havia cortado relações com a ambientalista. 

Além dos pernambucanos já citados, o governador João Lyra Neto vai asumir a secretário especial, que é uma espécie de assessor do partido, e Milton Coelho permanece como secretário especial. 

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