Mendonça critica alterações da meta do superávit primário

Para o deputado, a alteração é uma "desmoralização da política econômica"

por Giselly Santos qua, 12/11/2014 - 09:13
André Nogueira/LeiaJáImagens/Arquivo O pernambucano anunciou que o partido irá evitar a desobstrução da pauta do Congresso com a votação de vetos para impedir a alteração na LDO André Nogueira/LeiaJáImagens/Arquivo

Líder do DEM na Câmara Federal, o deputado Mendonça Filho classificou como "desmoralização da política econômica" a alteração das regras de cumprimento da meta fiscal para 2014. Para o parlamentar, a medida que muda a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e acaba com a meta de superávit primário é "mais uma do pacote de maldades do governo anunciado após o segundo turno das eleições". 

“Lamentavelmente, o governo enviou esse projeto alterando as regras da meta de superávit primário para 2014. O ano acabou. No dia 11 de novembro o governo muda a regra! Isso é um desrespeito, é a desmoralização da política econômica. Se haverá déficit primário que o governo assuma isso e não engane a população como fez na campanha eleitoral pintando um quadro dourado da realidade do País”, disse o líder democrata. 

O pernambucano  anunciou que o partido irá evitar a desobstrução da pauta do Congresso com a votação de vetos – que tem sessão convocada para esta quarta-feira (12) - para que o governo consiga aprovar a mudança na LDO. “Não vamos aceitar essa situação. Tem uma sessão do Congresso Nacional convocada para esta quarta-feira para votarmos vetos e podermos desobstruir a pauta permitindo a deliberação desse projeto que altera a LDO. Não vamos deixar que isso aconteça”, assegurou.

Mendonça Filho destacou ainda que a gestão da presidente Dilma Rousseff acabou o resto de credibilidade que ainda dispunha após a medida e enfrenta críticas dos próprios aliados. “Marta Suplicy ao deixar o Ministério da Cultura pediu que a presidente resgate a confiança na economia e seja iluminada para escolher sua nova equipe de trabalho. Nem seus aliados acreditam mais no futuro da política econômica”, ponderou.

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