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Em evento na tarde desta quinta-feira (1), o diretório pernambucano do Republicanos declarou oficialmente o seu apoio à campanha de reeleição de João Campos (PSB-PE), na disputa eleitoral em Recife deste ano. O Republicanos, que também apoiou o psbista nas eleições de 2020, é a primeira sigla a se mostrar disposta em contribuir no projeto contínuo do PSB no comando da prefeitura da capital pernambucana.

A direção estadual enxerga o apoio a João Campos como uma “prioridade” do partido no momento. Sendo assim, lideranças políticas da sigla não pouparam elogios à gestão do jovem prefeito, afirmando que ele é o gestor “mais bem avaliado do país”.

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O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa (Republicanos-PE), contou que em suas visitas as regiões de pernambuco, as pessoas "perguntam por João", pois enxergam a sua gestão como "um exemplo" para o estado.

Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

"É bom falar das suas ações nos últimos anos. O maior número de investimentos em creches. Investimentos na saúde. Investimentos na infraestutura. Além dos seu olhar para o desenvolvimento da cidade e para aqueles que mais precisam. As pessoas dizem: eu quero João para ser prefeito de Recife novamente", afirmou o ministro.

Pensando nas estratégias que terão que adotar para colher bons resultados nas urnas em outubro, algumas lideranças políticas do estado, que pertencem a partidos da base do atual governo municipal, também marcaram presença no evento, que ocorreu no Moinho Recife Business, na área central da capital. Exemplo disso, foi a participação de Elias Gomes (PT-PE), ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes e que é cotado para representar o Partido dos Trabalhadores no município do Grande Recife.

Em seu discurso, João Campos agradeceu o apoio da sigla e afirmou que "jamais esquecerá que o Republicanos foi o primeiro partido a oficializar apoio" a sua campanha de reeleição.

"Agora a gente tem a oportunidade de juntar um time bom. Montar um time que nos ajudou a fazer tudo que a gente está fazendo pelo Recife. E um time que respeita e gosta da política. Esse primeiro apoio eu nunca esquecerei", disse o prefeito.

João também elogiou o trabalho desenvolvido por Silvio Costa à frente do ministério do presidente Lula (PT), e afirmou que a relação que tem com o ministro "vai além das urnas", pois é uma amizade que pensa nos desejos de Recife e de Pernambuco.

Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

O deputado federal Carlos Veras (PT) se colocou à disposição do partido para ser o vice candidato à Prefeitura do Recife na chapa de reeleição de João Campos (PSB). O parlamentar é um dos quadros avaliados pelo presidente Lula para representar o PT na disputa municipal.

Como adiantado pelo senador Humberto Costa, o PT espera assumir o prestígio do PDT na Prefeitura e ocupar a vaga de Isabella de Roldão. O nome que será indicado ainda é uma incógnita, mas a presença do vermelho no palanque da atual gestão já é dada como certa.

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Mesmo antes do jantar do prefeito com o presidente da República, Carlos Veras era colocado como um dos nomes mais alinhados dentro do PT para ser apresentado ao crivo de João Campos.

"Acredito na sabedoria do prefeito para que faça parceria com o PT. Nós compomos o governo hoje e achamos que é natural que o partido componha a vice de João Campos”, afirmou.

O parlamentar não antecipou sua participação nas eleições, mas garantiu estar preparado para o convite. "Eu acredito que nós temos as credenciais para poder cumprir essa tarefa e, se o partido me conceder essa missão, vou estar à disposição para cumpri-la, respeitando todos os meus companheiros e companheiras que têm todas as credenciais para também cumprir essa tarefa", disse.

Vice-líder do PT na Câmara, Veras ainda espera a posição do partido, mas entende que sua lealdade à legenda pode definir uma possível indicação. "Esse é o partido que defini desde os 16 anos, nunca saí do partido, nunca fiz curva. Eu tô o tempo todo aqui cumprindo as deliberações e as determinações do partido nem que eu não concorde na primeira instância, mas no momento em que é decidida, eu passo a cumprir todas as decisões. Eu sou um soldado fiel", ressaltou. 

A cerimônia de filiação de Marta Suplicy ao Partido dos Trabalhadores (PT), nesta sexta-feira (2), deve receber cerca de mil pessoas, a capacidade máxima do salão da Casa de Portugal. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a chefe nacional da sigla, deputada federal Gleisi Hoffmann, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, devem discursar. O deputado federal Guilherme Boulos e a ex-prefeita também deverão ter um momento de fala no encontro.

O ato será dinâmico e com pronunciamentos breves, de acordo com petistas envolvidos na organização. A data escolhida foi combinada com Lula, que fazia questão de estar presente.

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Passada a cerimônia de filiação, Boulos e Marta já combinaram o primeiro ato juntos da pré-campanha. A dupla decidiu que o bairro de Parelheiros, localizado no extremo sul da cidade, sediará o encontro, que deve ser amplo, com a presença e participação da população. Chamada de "Martalândia", a região é estratégica por ser o reduto eleitoral da ex-prefeita. A data do encontro ainda não está definida.

Além disso, para depois do carnaval, os dois estão organizando uma plenária com os movimentos sociais. Trata-se de um encontro menor e com pessoas mais específicas.

Retorno ao PT

Foi o presidente Lula que convenceu Marta a retornar ao PT, partido que deixou após mais de 30 anos de filiação. No inicio de janeiro, o petista chamou a ex-prefeita para uma conversa no Palácio do Planalto. Após o diálogo, ela topou retornar a legenda e ainda ser a vice na chapa de Guilherme Boulos.

Para viver esta empreitada, porém, a ex-prefeita precisou pedir demissão do cargo de secretaria Municipal de Relações Internacionais da gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição e é o principal adversário de Boulos. Marta explica que tomou a iniciativa com o objetivo de acabar com o bolsonarismo na capital.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu detalhes, nesta terça-feira (30), sobre como foi o jantar entre ele e a família Campos durante sua última passagem por Pernambuco. Lula cumpriu agenda no Estado no dia 18 e 19 de janeiro, neste meio tempo, ele jantou com Renata, viúva do ex-governador Eduardo Campos, e os filhos, João, prefeito do Recife; Pedro, deputado federal; Eduarda e José, além da primeira-dama, Janja da Silva. Segundo o mandatário nacional, o encontro foi familiar e não político.

“O jantar foi um encontro de família. Tinha uma relação com [Miguel] Arraes e Madalena, depois que ele se foi, ficou com Eduardo Campos, foi uma relação muito forte, um companheiro da mais alta qualidade. Foi meu ministro da Ciência e Tecnologia. A gente era muito parceiro. Eu ia muito na casa do Eduardo. Naquele jantar não discutimos política”, garantiu o presidente, em entrevista ao jornalista Elielson Lima, da CBN.

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Havia uma expectativa de que Lula tivesse discutido com a família Campos sobre as eleições no Recife. De acordo com ele, foi falado sobre assuntos familiares e a vida dos filhos de Eduardo. A disputa municipal deve traçar uma conversa posterior ente Lula e João. O líder nacional do PT terá um desafio no município, fechar um acordo para que o partido garanta a vice-prefeitura, já que a legenda quer ser protagonista da corrida municipal.

“Já disse para o João Campos que eu vou conversar com ele sobre política: ‘vou convidar você para conversar sobre o projeto político daqui para frente’. E também com a governadora [Raquel Lyra], vou conversar sobre política”, afirmou.

Durante a entrevista, Lula disse que João Campos é “bem preparado” e projetou uma aliança entre as legendas, mas disse que a decisão deve sair do diretório local do PT. "João Campos está tendo um trabalho extraordinário e está sendo uma surpresa agradabilíssima pro povo de Recife. Jovem talentoso. Ele tem, ao mesmo tempo, ‘matutez’ do avô, Miguel Arraes, e a sabedoria de Eduardo Campos. Ele é muito preparado politicamente, extraordinário gestor, competente para montar uma equipe e ele está com a cabeça política muito no lugar", elogiou.

“Eu acho que Pernambuco é um estado em que a gente tem condições de fazer aliança política. É importante lembrar que, na última reunião para o Governo do Estado, o companheiro Humberto Costa, que estava no meio do mandato no Senado, portanto, poderia ser candidato a governador que não iria perder nada, ele [se] retirou [da disputa] para que a gente fizesse aliança com o PSB. Acho que o João Campos tem clareza de que é importante uma aliança com o PT.  O que eu espero é que eles façam uma composição de chapa”, acrescentou o presidente.

Apesar da expectativa para a junção dos partidos, Lula disse, inclusive, que não tem um nome para indicar para a vice-prefeitura.

“Eles têm que se acertar em Pernambuco, porque eu não tenho nome para indicar, mas é importante que a gente ouça o prefeito [João]. Há duas visões importantes. Uma é saber se João Campos vai ser candidato a governador em 2026, aí, quem for candidato a vice, será prefeito de verdade [pois João se ausentaria da Prefeitura para se candidatar]. Temos que levar em conta isso na conversa com ele. Se ele não for candidato a governador, e for terminar o mandato dele até 2028, o vice pode ser um. Se ele for disputar as eleições, o candidato é outro. Isso tem que ser acertado em uma mesa de conversa, não em Brasília, mas em Pernambuco”, argumentou Lula.

O PT aposta no peso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da máquina federal para reverter o fiasco da eleição de 2020, quando não conseguiu eleger prefeitos para nenhuma das 26 capitais brasileiras. O cenário, porém, é desafiador novamente: embora tenha nomes competitivos em algumas cidades, nenhum deles lidera as pesquisas eleitorais ou é favorito no momento, o que reforça a dificuldade que o partido encontra de formar novas lideranças.

Ao mesmo tempo, pré-candidatos apoiados pela sigla, Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Eduardo Paes (PSD-RJ), estão na frente em São Paulo e Rio de Janeiro, os dois maiores colégios eleitorais, mesmo caso de João Campos (PSB-PE) no Recife.

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O partido caminha para apoiar Luciano Ducci (PSB-PR) em Curitiba (PR) e Marcus Alexandre (MDB-AC) em Rio Branco (AC) - este último deixou o PT sob o argumento de trabalhar na Justiça Eleitoral, mas meses depois se filiou ao MDB para disputar a eleição. Ambos também lideram nas respectivas cidades, de acordo com dados do agregador de pesquisas produzido pelo Ipespe e divulgado pela CNN Brasil no final do ano passado.

O PT já definiu candidaturas próprias em 11 capitais, número que pode subir para 14 nos próximos meses: ainda não há definições em Florianópolis (SC), Manaus (AM) e Cuiabá (MT). A tendência é que nas demais cidades o apoio seja a candidatos de partidos da base do governo Lula.

A disputa mais acirrada é em Goiânia (GO), onde a deputada federal Adriana Accorsi (PT) teria 15% das intenções de votos contra 23% do senador Vanderlan Cardoso (PSD), conforme o agregador. Ex-delegada-geral da Polícia Civil de Goiás, ela é filha do ex-prefeito Davi Accorsi, que governou a capital goiana nos anos 90.

O cenário eleitoral pode ficar ainda mais favorável à petista, pois ela negocia para Cardoso desistir de se candidatar e o PSD apoiá-la. A exemplo de petistas em outras capitais, Accorsi quer formar uma frente ampla de partidos. "De fato iniciamos um diálogo sobre o processo eleitoral em Goiânia, mas ainda muito inicial. Seguimos com as pré-candidaturas, mas acredito que devemos construir uma frente ampla para cuidar da cidade", disse ela sobre a possível aliança com o senador.

Coordenador do grupo de trabalho eleitoral do PT, o senador Humberto Costa (PE) afirma que, embora o partido deseje administrar várias capitais, há outros objetivos em jogo, como projetar novos nomes e lideranças na sigla.

Para o cientista político Rodrigo Prando, o PT sempre buscou uma hegemonia no campo da esquerda, mas dessa vez há a leitura que é melhor apoiar outros partidos quando não houver petistas competitivos para não perder espaço para a direita nas prefeituras.

"O PT tem uma enorme dependência de Lula, de seu carisma e força política e eleitoral e isso, de certa forma, atrapalhou o surgimento de novas lideranças no partido. Quando alguém desponta com capacidade de renovar e liderar o partido, há 'fogo amigo' de inúmeras alas do PT", diz o professor do Mackenzie.

Lula adotará cautela em cidades com mais de uma candidatura da base governista

O PT prevê que Lula será ativo e estará no palanque dos candidatos, sejam eles petistas ou aliados de outras siglas. A exceção serão as capitais onde partidos da base do governo tenham mais de um candidato. O presidente disse que nestes casos não pode ser "acintoso" no apoio a um dos nomes.

"Eu não vou me jogar para criar conflito. Eu tenho que saber que sou o presidente e que eu tenho que fazer um jogo mais ou menos acertado para que não traga problema depois, quando terminar as eleições, aqui no Congresso Nacional", disse Lula em entrevista à rádio Metrópole, de Salvador (BA), na terça-feira, 23.

A regra não se aplica a São Paulo, onde o presidente apoia Boulos mesmo com as pré-candidaturas de Tabata Amaral (PSB-SP) e do prefeito Ricardo Nunes (MDB-SP), cujos partidos fazem parte do governo.

Em Belo Horizonte, a candidatura do deputado federal Rogério Correia (PT) divide espaço com a do prefeito Fuad Noman (PSD), que apoiou Lula contra Bolsonaro, e a da também deputada Duda Salabert (PDT), além da federação PSOL-Rede, que também terá candidato.

Segundo pesquisa AtlasIntel realizada entre os dias 25 e 30 de dezembro, o bolsonarista Bruno Engler (PL), atualmente deputado estadual, lidera a corrida na capital mineira com 31,4%, seguido de Correia, com 21%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.

"A expectativa é que a gente tenha um apoio do presidente Lula, compreendendo isso que ele tem dito (sobre os partidos da base)", disse o candidato do PT belo-horizontino. "Quem representa o governo Lula e o enfrentamento ao bolsonarismo é a minha candidatura", acrescentou.

A disputa contra o bolsonarismo também é a tônica da eleição em Porto Alegre (RS) na visão de Maria do Rosário (PT), deputada federal e pré-candidata do PT na cidade. Ela diz que o prefeito Sebastião Melo (MDB) aderiu ao bolsonarismo, assim como o vice-prefeito, Ricardo Gomes (PL) que se filiou ao partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

"O presidente vai ajudar, mas quem tem que mostrar competência para ganhar a eleição é quem é candidato", disse a petista. Ela aparece com 26%, contra 33% de Melo no agregador do Ipespe. Como é tradição na capital gaúcha, a esquerda não está unida, pois Juliana Brizola (PDT) também é candidata.

Diferente de 2023, onde priorizou viagens ao exterior, Lula direcionará o foco para viagens domésticas com o objetivo de divulgar ações de seu governo e tentar impulsionar as candidaturas locais. No primeiro giro, ele focou no Nordeste, onde passou por Bahia e Pernambuco, antes de chegar a Fortaleza (CE).

A capital cearense é um dos poucos locais onde há disputa interna no PT. A deputada Luizianne Lins, que governou a cidade por dois mandatos, disputa a indicação com o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Evandro Leitão. Luizianne foi barrada de subir ao palco no evento com Lula, enquanto Leitão esteve ao lado do presidente.

Na pesquisa AtlasIntel, o presidente da Alece está em terceiro lugar, com 14,2%, atrás do prefeito José Sarto (PDT), com 25,6%, e Capitão Wagner (União), que tem 28,6%. A margem é de 3 pontos percentuais. A pesquisa não testou o nome de Luizianne Lins, mas a deputada aparece em segundo lugar no agregador do Ipespe, com 21% contra 33% de Wagner.

"Caso eu não venha a ser o escolhido, eu irei não só empunhar bandeira, mas pedir voto para aquele que for escolhido dentro do meu partido, porque sou uma pessoa que acredito em projeto, não acredito apenas em pessoas", disse Leitão em entrevista ao jornal O Povo na terça-feira, 23. O Estadão não conseguiu falar com Luizianne Lins em mais de uma ocasião porque, segundo a assessoria, ela cumpria agendas no interior do Ceará.

O LeiaJá publica, nesta terça-feira (23), a quarta reportagem sobre lideranças políticas de grupos de minorias que buscam protagonismo nas eleições municipais em Pernambuco neste ano. Desta vez, entrevistamos Vinícius Soares (PT-PE), um ativista nascido no bairro do Alto São Miguel, na periferia da cidade de Abreu e Lima, que busca ocupar uma cadeira na Câmara de Vereadores do município de quase 100 mil habitantes.

Trajetória

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O jovem de 24 anos, pertencente a comunidade de ruas estreitas e que ainda não conta com serviço de transporte público, sempre se mostrou interessado em mudar a realidade do seu bairro, que assim como outras áreas de Abreu e Lima, sofre com as desigualdades sociais que afetam as periferias da Região Metropolitana do Recife.

“Eu sou nascido e criado no Alto São Miguel. Moro aqui desde que nasci e continuo morando na mesma casa, com os mesmos vizinhos. Foi nesse bairro que aprendi a compartilhar o muito e o pouco. Esse local me deu princípios na vida que eu levo não só para discutir a política, mas para me colocar enquanto ser humano e enquanto cidadão”, conta Vinícius.

Através dos seus primeiros passos na vida pública, o jovem já vem alcançando visibilidade no cenário político do litoral norte pernambucano. Com as suas passagens em coordenações de projetos sociais e na direção de assistência estudantil da União dos Estudantes de Pernambuco (UEP), Vinícius ganhou experiências que o fizeram, nas eleições municipais de 2020, a querer ser candidato a vereador pela sua antiga sigla, o PSB. Na época, ele não conseguiu uma vaga na Câmara, mas terminou as eleições como um dos jovens mais votados na história de Abreu e Lima.

A derrota, acompanhada por 726 votos de confiança, não fez Vinícius colocar de lado o seu antigo desejo em participar das decisões da sua cidade. Se, atualmente, os moradores do Alto São Miguel precisam, diariamente, descer as ladeiras de acesso da localidade para conseguirem alguns serviços básicos, Vinícius desce pelas ruas e vielas do bairro para conversar com outros cidadãos abreu-limenses que se identificam com a sua visão de cidade. É através desse contato com a população que ele se lançou, novamente, como pré-candidato a Câmara de Vereadores do município nas eleições deste ano.

“Eu quero discutir a cidade pois entendo, de perto, quais as suas necessidades. Sei os seus problemas, pois os enfrento diariamente. E, as pessoas desejam escolher nomes que as representem para tentar resolvê-los”, diz.

Foto: Arquivo Pessoal

Conhecido entre os moradores, principalmente, por um discurso que o revela como um jovem que deseja honrar a luta dos seus pais, uma merendeira de escola pública e um trabalhador de fábrica, o ativista enxerga que Abreu e Lima ainda sofre pela "falta de políticos que escutem o povo, que façam um projeto coletivo e que discutam a política na ponta”.

“Precisamos escutar as pessoas. Eu tenho dito que mesmo com pouca idade, eu entrei na política e lidero um projeto político sem sobrenomes. Eu não sou herdeiro político. Meu pai é um pião de chão de fábrica, minha mãe é uma merendeira de escola e cabeleireira. Por que eu estou dizendo isso? Porque isso pesa nas decisões políticas que eu tomo, isso também faz parte de quem eu sou. Representarei comigo toda a resistência de um povo trabalhador”, pontua.

Desafios

Se, nacionalmente, o Partido dos Trabalhadores ainda está criando estratégias para colher bons resultados na eleição municipal de outubro deste ano, em Abreu e Lima não é diferente. A direção do PT na cidade ainda não definiu qual os rumos da sigla na disputa, mas nos bastidores políticos não é descartado o apoio do partido do presidente Lula (PT) para o atual prefeito do município, Flávio Gadelha (União Brasil-PE).

Mesmo defendendo uma candidatura própria em Abreu e Lima, Vinícius revela que os diretórios da sigla estão se reunindo para decidirem como se comportará o PT na disputa deste ano. Ele, que se diz inspirado por políticos como o senador Humberto Costa (PT-PE) e os vereadores Vinícius Castello (PT-PE) e Flávia Hellen (PT-PE), destaca que respeitará as decisões do seu partido, pois acredita que o PT "já mostrou inúmeras vezes como é necessário criar pontes para trazer melhorias para a população".

Questionado sobre como lida com a possibilidade de uma reeleição de Flávio Gadelha, liderança política que já demostrou apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o pré-candidato, afirma que devido os posicionamentos do PT pedirem a “união de forças para resolver problemas crônicos que afetam a população”, o atual momento da política nacional precisa “se livrar da polarização” e se utilizar das estratégias do presidente Lula para o crescimento dos estados e municípios.

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O PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, terão as maiores fatias do fundo eleitoral para turbinar as campanhas a prefeito e a vereador nas eleições deste ano. Com as maiores bancadas no Congresso Nacional, as siglas contarão, juntas, com quase R$ 1,5 bilhão. O montante é equivalente a 30% de R$ 4,9 bilhões, valor sancionado no Orçamento de 2024 por Lula ontem.

O valor do fundo eleitoral quase dobrou em comparação com a última eleição municipal, realizada em 2020. Na época, no Orçamento sancionado por Bolsonaro, o fundo eleitoral aprovado foi de R$ 2 bilhões (R$ 2,5 bilhões em valores atualizados pela inflação).

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Compensação

O Fundo Especial de Financiamento de Campanha, conhecido como fundo eleitoral, é abastecido com dinheiro do Tesouro Nacional e se destina ao financiamento das campanhas políticas. Ele foi criado em 2017 para compensar as perdas impostas por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, dois anos antes, proibiu as doações de pessoas jurídicas para as campanhas eleitorais. Em 2018, a primeira eleição após a criação do fundo, o montante foi de R$ 1,7 bilhão.

De acordo com a projeção feita pelos cientistas políticos Henrique Cardoso Oliveira e Jaime Matos, da Fundação 1.º de Maio, o PL receberá R$ 863 milhões para financiar as campanhas eleitorais. Já o PT terá à disposição R$ 604 milhões. O terceiro partido com maior fatia do fundo eleitoral neste ano será o União Brasil, com R$ 517 milhões.

O valor que será destinado ao PL é 467% maior em relação ao que o partido recebeu há quatro anos. Na época, a parcela do fundo eleitoral para a legenda foi de R$ 117 milhões (R$ 152 milhões em valores atuais). Já o PT receberá R$ 138% a mais do que em 2020. Na eleição daquele ano, ganhou R$ 201 milhões (R$ 253 milhões, em valores corrigidos pela inflação).

Divisão

A distribuição da verba para candidatos fica a critério das cúpulas partidárias, que, em geral, privilegiam políticos com mandato. Os valores exatos de quanto cada partido vai receber serão divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no fim de junho.

Há, ainda, o Fundo Partidário, que banca atividades do dia a dia das legendas. A estimativa dos valores que serão distribuídos para as siglas levou em consideração a legislação que estabelece a divisão do fundo eleitoral para as legendas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O diretório paulistano do Partido dos Trabalhadores decidiu na noite desta quarta-feira, 17, que a cerimônia de filiação de Marta Suplicy à sigla será dia 2 de fevereiro, por volta das 18h. O local ainda não foi definido, e segue em estudo pelo grupo. A assessoria de Marta confirmou a data e reiterou a expectativa pelas presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que comporá com Marta a chapa à Prefeitura de São Paulo, já confirmou que estará presente.

De acordo com informações do diretório, a lista dos presentes ainda não foi fechada, mas o evento contará com muitas lideranças municipais e nacionais do PT. A data foi escolhida estrategicamente, pois é antes do aniversário de fundação do partido, 10 de fevereiro, e do carnaval, o que não deixa o ato muito distante.

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Após mais de 30 anos de filiação ao PT, Marta Suplicy rompeu com o partido em 2015 em meio aos casos de corrupção. Após saída, a ex-prefeita foi para o MDB e teve uma rápida passagem pelo Solidariedade. Hoje, ela não é filiada a nenhuma legenda.

Marta se encontrou com Lula no dia 8 de janeiro e aceitou retornar ao PT para compor como vice a chapa do pré-candidato Guilherme Boulos (Psol). Depois da decisão, ela foi exonerada da função de secretária de Relações Internacionais da gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que deve ser o principal oponente do ex-líder o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) nesta corrida eleitoral.

O nome de Marta foi aprovado pela Executiva Municipal do PT, que realizou um encontro nesta terça-feira, 16. Na ocasião, também ficou decidido que não haverá prévias para a escolha de quem vai compor a chapa, ideia aventada pelo deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP), ex-marido de Marta.

Esquerda do PT contesta filiação

Apesar de a Comissão Executiva do PT paulistano ter aprovado a filiação de Marta à sigla, o procedimento ainda requer formalização. Segundo o estatuto do PT, a ex-prefeita deverá preencher um formulário de filiação junto ao Diretório Municipal, e a solicitação precisa ser tornada pública pelo órgão. Após a divulgação, há um prazo de sete dias úteis para contestação por qualquer filiado, com igual período para defesa.

Diante disso, dirigentes petistas avaliam que tendências do partido contrárias ao retorno de Marta, como o Trabalho e a Articulação de Esquerda, vão contestar a filiação da ex-prefeita. Apesar disso, a volta da ex-prefeita ao partido deverá ocorrer, uma vez que a maioria da Executiva municipal aprova o movimento. Na reunião desta semana, a filiação de Marta foi aprovada por 12 votos entre os 16 membros do colegiado.

Valter Pomar, líder da Articulação de Esquerda e dirigente nacional do PT, solicitou a impugnação da filiação de Marta ao partido antes mesmo da formalização do pedido. Em uma carta enviada ao secretário-geral do PT, Henrique Fontana, Pomar listou seis razões para a recusa da filiação da ex-prefeita. "Para apoiar Boulos nas eleições municipais de 2024, Marta não precisa estar filiada ao PT", diz o texto.

"É positivo que, depois de anos contribuindo com a direita - época em que chegou a confraternizar inclusive com figuras ridículas e nefastas da extrema direita-, Marta volte agora a contribuir com a esquerda e, inclusive, apoie a candidatura Boulos em São Paulo. Mas não é necessário, não é indispensável e não é positivo que Marta o faça a partir do PT, pois é evidente que - da forma como a 'operação regresso' foi articulada - a refiliação não constitui uma saudável 'autocrítica' mas sim uma demonstração de falta de respeito do partido para consigo mesmo", afirmou o dirigente na carta.

O presidente do Diretório Municipal do PT de São Paulo, Laércio Ribeiro, afirmou no início da noite desta terça-feira (16), logo após reunião do comando da legenda na capital paulista, que ficou decidido que não haverá prévias para definir qual será o nome que irá concorrer a vice ao lado de Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pela Prefeitura da capital. Com articulação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para pôr a ex-prefeita Marta Suplicy como vice do pré-candidato, Ribeiro saudou sua volta ao partido. "O diretório recebe com bom grado e dará as boas-vindas ao retorno da Marta Suplicy ao PT", disse.

Segundo ele, "não haverá prévias ainda que tenha candidatura se colocando no processo de disputa". O líder pontuou, inclusive, que o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP), que levantou a possibilidade, foi demovido da ideia. Ex-marido de Marta, o deputado estadual participou da reunião da noite de terça, e ao lado das lideranças, apoiou a chapa.

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Com elogios à ex-correligionária, Ribeiro destacou sua importância para a chapa. Segundo ele, Marta tem "marcas importantíssimas" que vêm da sua administração da capital. Com o objetivo de nacionalizar a disputa, o líder defendeu a necessidade de uma "frente para derrotar o bolsonarismo na cidade de São Paulo".

A filiação

Ribeiro disse que ainda não há uma data definida para a filiação de Marta, mas disse que, durante o processo, o diretório tem como objetivo convidar a ex-prefeita para participar de um "processo de escuta" junto com diversas lideranças e com a base da legenda.

A ex-primeira-dama e presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, publicou em seu perfil no Instagram neste domingo, 14, uma nota em que afirma que vai processar pessoas do Partido dos Trabalhadores (PT) por ter sido ameaçada e atacada, segundo ela.

"Agradeço a cada um de vocês pelas mensagens de apoio e de preocupação diante da covarde ameaça e dos ataques feitos por representantes do PT contra a mim. Informo que as ações judiciais cabíveis já foram iniciadas e que, diante do histórico violento da militância de esquerda, as medidas preventivas de segurança foram reforçadas."

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Nos últimos dias, Michelle se envolveu em diferentes embates com filiados do partido e, inclusive, com a presidente nacional e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PR).

Em seu perfil no X (antigo Twitter), Gleisi afirmou que a ex-primeira-dama "gosta de se fazer de santa". Em nota, ela diz que Michelle usa "os métodos covardes do bolsonarismo, ameaças, falsificações e fake news para tentar calar mulheres petistas".

Gleisi se refere a dois episódios e duas mulheres: um, envolvendo a coordenadora do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, Elenira Vilela, e outro, a influenciadora Karina Santos.

No último dia 22, Elenira disse em uma live ser preciso "destruir politicamente" e "quiçá de outras formas" a ex-primeira-dama. No vídeo que viralizou na última semana, a sindicalista segue a frase citando exemplos do que seriam essas outras formas: "jurídica, por exemplo, comprovando os crimes e tornando ela também inelegível". Mas Michelle entendeu que poderia se tratar de uma ameaça contra sua integridade física.

O PL Mulher, presidido por Michelle, emitiu uma nota de repúdio publicada nas redes sociais no último sábado, 13, à fala feita na live. "A gravidade da ameaça proferida pela mulher filiada ao PT contra a integridade de Michelle Bolsonaro está nítida e engloba, segundo as palavras dessa militante petista, não só uma destruição política e judicial, mas uma variedade de outras possibilidades, representadas pela expressão 'quiçá de outras formas', o que, obviamente, inclui a integridade física."

A outra polêmica foi envolvendo a influenciadora petista Karina Santos. No dia 4 de janeiro, Michelle postou na conta dela no Instagram uma captura de tela mostrando o perfil de Karina, com a legenda: "Terrivelmente petista. Como uma boa comunista caviar, ama um dinheirinho".

O post foi em resposta a uma publicação de Karina, em que a recifense de 30 anos havia divulgado uma montagem com o ex-presidente Bolsonaro e Michelle atrás das grades, e a legenda "que tudo se realize no ano que vai nascer!". Karina possuía 217 mil seguidores, enquanto Michelle acumula 6,5 milhões.

A exposição feita por Michelle gerou uma enxurrada de ameaças e mensagens preconceituosas nas redes sociais de Karina, que registrou o caso na Polícia Civil de Pernambuco.

O novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, colecionou decisões favoráveis ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT nos 17 anos que ocupou uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). Indicado para a Corte por Lula em 2006, Lewandowski teve entendimentos que beneficiaram investigados no mensalão e na Operação Lava Jato.

Aposentado do Supremo em abril do ano passado, Lewandowski conhece Lula desde quando o petista era sindicalista, na década de 1970, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. A posse do novo ministro da Justiça será no dia 1.º de fevereiro porque, antes, Lewandowski precisa resolver compromissos particulares. Na lista está a saída de seu escritório de advocacia.

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Parcialidade de Moro

Durante a passagem de Lewandowski no Supremo, a decisão considerada de maior impacto foi a declaração de parcialidade do então juiz Sérgio Moro - hoje senador do União Brasil pelo Paraná - na condução de ações da Lava Jato envolvendo Lula. O voto favorável dele, além do de Gilmar Mendes e Cármen Lúcia na Segunda Turma do STF, em 2021, permitiu que o petista se candidatasse à Presidência em 2022.

Mensalão

Revisor no STF do julgamento do mensalão - esquema de compra de votos no Congresso durante o primeiro mandato de Lula na Presidência -, Lewandowski votou, em 2012, pela absolvição do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e do ex-presidente do PT José Genoino. Os dois haviam sido acusados pelo crime de corrupção passiva.

O então ministro argumentou que não havia provas que atestassem que Dirceu comandou o esquema de pagamento de "mesadas" a parlamentares em troca de apoio ao governo petista, e que as acusações eram "mais políticas do que só estritamente jurídicas". No caso de Genoino, Lewandowski disse que ele assinou empréstimos de um banco para o PT apenas na condição de presidente da legenda.

Apesar do posicionamento favorável de Lewandowski aos réus petistas, Dirceu foi condenado a dez anos e dez meses de reclusão e Genoino, a seis anos e 11 meses de prisão.

Anulação de provas

Em 2021, Lewandowski acatou um pedido da defesa de Lula, comandada pelo advogado Cristiano Zanin (que ingressou no Supremo na vaga deixada pelo próprio Lewandowski), e anulou provas contra o petista obtidas em acordo de leniência celebrado entre a Odebrecht e o Ministério Público Federal (MPF). Os documentos apontavam pagamento de propina na compra de um terreno para o Instituto Lula, em São Paulo.

Segundo Lewandowski, as ações analisadas pelo plenário do Supremo nos casos referentes à suspeição de Moro e à incompetência da 13.ª Vara Federal de Curitiba para julgar Lula caracterizavam "causa de nulidade absoluta". "Houve a persecução penal do paciente em cenário permeado pelas marcantes atuações parciais e ilegítimas do ex-juiz Sérgio Fernando Moro", afirmou Lewandowski. Em abril de 2021, o STF derrubou as condenações impostas a Lula na Lava Jato, deixando o petista elegível.

Operação Spoofing

Em dezembro de 2020, Lewandowski concedeu à defesa de Lula o acesso a conversas atribuídas a Moro e ao ex-procurador da República Deltan Dallagnol. Os diálogos haviam sido obtidos na Operação Spoofing, que apurou a invasão de celulares de autoridades.

O material obtido foi responsável por dar início à derrocada da Lava Jato, com a revisão de uma série de decisões tomadas no âmbito da operação. Em novembro do ano passado, a J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, pediu ao STF que reconheça que a holding "foi vítima dos abusos praticados" na Lava Jato. A companhia solicitou a suspensão do pagamento do acordo de leniência fechado pelo grupo em 2017. O valor inicial do acerto era de R$ 10,3 bilhões.

Direitos políticos de Dilma

Em 2016, quando era presidente do STF, Lewandowski comandou o julgamento que levou ao impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). Ele permitiu, a pedido de aliados da petista, que os senadores votassem separadamente a cassação e a suspensão dos direitos políticos. Assim, Dilma foi cassada, mas manteve a prerrogativa de disputar eleições e assumir cargos na administração pública.

Lei das Estatais

Pouco antes de se aposentar, em 2023, Lewandowski suspendeu trechos da Lei das Estatais e abriu caminho para a indicação de políticos em empresas públicas, tema de interesse do governo Lula. A lei foi aprovada em 2016, no governo de Michel Temer (MDB), após investigações apontarem o uso político de empresas públicas para a prática de corrupção.

Lewandowski acolheu parcialmente ação do PCdoB - sigla da base de Lula - para derrubar a "quarentena" de três anos imposta a políticos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ex-prefeito do Jaboatão dos Guararapes e pré-candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) para voltar ao cargo em 2025, Elias Gomes teve o perfil oficial no Instagram invadido no início da tarde desta sexta-feira (12).

A equipe de comunicação do pré-candidato acionou a rede social por meio do núcleo jurídico da pré-campanha e registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil.

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"É lamentável que esse tipo de prática ainda esteja sendo utilizada em pleno ano de 2024. Práticas antidemocráticas e não republicanas em nada contribuem para a lisura do processo eleitoral e a liberdade de expressão. Já adotamos as devidas medidas para solucionar o problema e iremos cobrar das autoridades a identificação dos culpados", disse Elias.

Em uma mensagem deixada na bio do perfil, os criminosos ameaçaram a integridade física do ex-prefeito. “Eu estou aqui. Não adianta. Estou te observando”, escreveu o hacker.

Ao se manifestar pela primeira vez sobre a saída de Marta Suplicy de sua administração, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta quarta, 10, que a demissão da secretária municipal de Relações Internacionais é página virada. Segundo ele, o fato não abala a sua admiração por ela. Evitando qualquer tipo de confronto com a ex-auxiliar, Nunes disse também que não classifica como "traição" a decisão da ex-prefeita da capital de deixar a sua gestão para ser candidata a vice numa chapa encabeçada pelo deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) na disputa deste ano pela Prefeitura.

Em coletiva de imprensa, Nunes disse que a ex-secretária confirmou que aceitou o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para formar uma chapa com o pré-candidato do PSOL. O acordo ainda envolve a volta de Marta ao PT, sigla da qual se desfiliou de maneira pouco amigável em abril de 2015. A ação foi considerada uma traição por aliados do prefeito. Nunes, no entanto, rejeita esse rótulo.

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"Não, essa palavra (traição) é muito forte. Não atribuiria uma palavra dessa à prefeita Marta. Ela tem seu trabalho, tem sua história. Acho que foi desencontrado, evidentemente. Não preciso nem falar, vocês acompanharam. Os fatos estão aí. Fato é fato, aí é da avaliação de cada um", declarou o prefeito após ser questionado sobre o assunto.

‘Não cola’

Apesar do tom apaziguador, ele disse que a justificativa dada por Marta para deixar a Prefeitura não se sustenta. A busca de Nunes pelo apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi usada pela ex-secretária como motivo para deixar a gestão emedebista. Marta argumentou que não poderia estar no mesmo palanque que o bolsonarismo por uma questão de coerência. O prefeito alegou, porém, que nunca escondeu da ex-prefeita que quer o apoio de Bolsonaro nas eleições municipais. "(Ela) conversou com o Lula e mudou (de opinião). Por que antes não? Me desculpa, mas isso não cola", disse.

Boulos e Marta deverão se encontrar pela primeira vez no sábado para discutir a aliança nas eleições municipais deste ano. A reunião deve ocorrer na residência da ex-prefeita, que administrou a cidade no início dos anos 2000.

Interina

Após a demissão de Marta, a embaixadora Maria Auxiliadora Figueiredo está exercendo interinamente o cargo de secretária de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo. A nomeação saiu ontem no Diário Oficial do município, logo abaixo da dispensa da ex-prefeita.

Marta entregou anteontem sua carta de demissão após um acordo costurado pelo presidente Lula para voltar ao PT e ser vice de Boulos. Conforme indicam as pesquisas de intenção de voto, a chapa deverá polarizar a disputa municipal com o próprio Nunes, que será candidato à reeleição.

Filiada ao PDT, Maria Auxiliadora concorreu em uma chapa ao Senado nas eleições de 2022. Ela foi a primeira-suplente do ex-deputado Aldo Rebelo. O PDT anunciou anteontem o apoio do partido à pré-candidatura de Boulos. Por causa da nomeação, o diretório paulistano emitiu nota afirmando que a sigla "desautoriza a participação de filiados do partido em qualquer posição na atual gestão."

Retaliação

"Se algum filiado decidir pela participação, será convidado a se desfiliar, ou tomaremos as ações internas cabíveis, uma vez que o partido já tem um posicionamento público em relação à disputa pela Prefeitura de São Paulo neste ano, com o apoio ao deputado federal Guilherme Boulos", diz o documento assinado por Antonio Neto, presidente municipal do PDT São Paulo.

Natural de Areado, Minas Gerais, Maria Auxiliadora Figueiredo tem 74 anos e foi embaixadora do Brasil na Costa do Marfim e na Malásia. Ela é formada em Letras pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP). (COLABOROU MATHEUS DE SOUZA)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A secretária de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy (sem partido), deve retornar ao PT para ser vice na chapa encabeçada por Guilherme Boulos (PSOL-SP) à Prefeitura de São Paulo. Eleita prefeita de São Paulo, em 2000, e senadora, em 2010, pelo partido, ela se desfiliou em 2015, afirmando que a sigla protagonizou "um dos maiores escândalos de corrupção que a nação brasileira já experimentou", em referência aos fatos revelados pela Operação Lava Jato.

Marta se filiou ao PT em 1981, um ano após a fundação do partido, e permaneceu nas fileiras da legenda por 33 anos. Pela sigla, foi deputada federal (1995 - 1999); prefeita da capital paulista (2001 - 2005); senadora (2011 - 2015); ministra do Turismo no segundo governo Lula (2007 - 2008) e ministra da Cultura no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (2012 - 2014).

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Ao deixar o PT em abril de 2015, entregou uma carta às direções municipal, estadual e nacional do partido, em que afirmou que a sigla era reincidente em casos de desvios éticos.

"É de conhecimento público que o Partido dos Trabalhadores tem sido o protagonista de um dos maiores escândalos de corrupção que a nação brasileira já experimentou, sendo certo que mesmo após a condenação de altos dirigentes, sobrevieram novos episódios a envolver a sua direção nacional", afirmou, referindo-se indiretamente ao mensalão, revelado em 2005, no governo Lula, e ao escândalo de corrupção na Petrobras, desbaratado em 2014, no governo de Dilma.

Após sair do PT, Marta apoiou o impeachment de Dilma Rousseff

Cinco meses após deixar o PT, Marta se filiou ao MDB e defendeu o impeachment de Dilma, de quem foi ministra entre 2012 e 2014. Um dia antes de o Senado votar a cassação do mandato da petista em 2016, a ex-prefeita entregou um buquê de flores para a jurista Janaina Paschoal, uma das autoras do pedido.

O voto da então senadora foi um dos 55 que determinaram a saída de Dilma do Palácio do Planalto. "Na política, quando você vê a base parlamentar que ela tem, quando você vê a incapacidade de diálogo que ela tem e a situação que o Brasil está com 11 milhões de desempregados, não fica nada difícil constatar que não tem como ficar mais dois anos numa pessoa que não tem mais a condição", afirmou Marta em uma entrevista coletiva no Senado durante o processo de impeachment.

Conforme mostrou o Estadão, a postura de Marta na ocasião faz com que a ala considerada mais radical do PT não veja o retorno da ex-prefeita com bons olhos.

Pelo MDB, ela se candidatou em 2016 para a Prefeitura de São Paulo, ficando em quarto lugar com 587.220 votos (10,14% dos votos válidos). O vencedor daquele pleito foi João Doria, então filiado ao PSDB.

Marta recusou candidatura ao Senado em 2018 e saiu do MDB

Em 2018, Marta foi cotada para disputar a reeleição ao Senado pelo MDB, mas a então parlamentar desistiu de concorrer a cargos públicos e se desfiliou da legenda. Na época, ela afirmou que os partidos políticos não conseguiam dar "respostas à crise de credibilidade que se abateu sobre eles".

Entre abril de 2015 e no fim de 2018, Marta protocolou 17 projetos de lei. Nenhuma das propostas no período foi aprovada, e quatro ainda tramitam no Congresso. Duas delas estão sob regime de urgência há quase sete anos: uma pretende mudar o ressarcimento dos planos de saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) e outra tipifica o crime de molestamento sexual no Código Penal.

Aliada de Bruno Covas, Marta ganhou Secretaria na Prefeitura

Quando deixou o MDB, Marta declarou que seguiria na vida pública, mas atuando na sociedade civil. Em 2020, mirando ter espaço de vice na chapa do ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), ela se filiou ao Solidariedade. Porém, a nova sigla decidiu apoiar Márcio França (PSB), e a ex-senadora saiu do terceiro partido em cinco anos.

No segundo turno das eleições daquele ano, disputado por Covas e Boulos, Marta foi utilizada como um trunfo contra o seu provável companheiro de chapa em outubro deste ano. Oito dias antes do pleito, a ex-prefeita desfilou em uma carreata pela periferia paulistana pedindo votos ao candidato do PSDB.

A boa relação com o tucano rendeu para Marta a chefia da Secretaria de Relações Internacionais na administração de São Paulo, cargo que ocupa desde janeiro de 2021. Ela se manteve na gestão do atual chefe do Executivo paulistano, Ricardo Nunes (MDB), após a morte de Covas.

Nas eleições de 2022, Marta apoiou Lula contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ex-senadora já chamou o ex-presidente de "psicopata" e a sua aversão é um dos motivos para que ela retorne ao PT e se alie a Boulos. Nunes terá o apoio de Bolsonaro no pleito municipal de outubro e Marta não deseja dividir o palanque com ele.

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A secretária municipal de Relações Internacionais, Marta Suplicy, deixou o cargo no fim da tarde desta terça-feira (9), após uma reunião com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). A ex-prefeita da capital entregou uma carta de demissão ao prefeito após selar um acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser candidata a vice numa chapa encabeçada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP).

O pré-candidato do PSOL lidera as pesquisas de intenção de voto e terá Nunes, que disputará a reeleição, como potencial adversário na eleição deste ano.

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No documento entregue a Nunes, Marta cita mudanças na conjuntura política da cidade e diz que seguirá "caminhos coerentes" com sua "trajetória, valores e princípios". A ex-prefeita foi convidada e deverá retornar ao PT, sigla da qual se desfiliou de maneira pouco amigável em abril de 2015.

"Neste momento em que o cenário político da nossa cidade prenuncia uma nova conjuntura diferente daquela em que, em janeiro de 2021, tive a honra de ser convidada por Bruno Covas para assumir a Secretaria Municipal de Relações Internacionais, encaminho, de comum acordo, meu pedido de demissão deste cargo."

Traição

Marta interrompeu as férias para a reunião com Nunes. Apesar do tom de despedida ameno da carta, a cisão ocorre em meio a acusações de traição feitas por integrantes do Executivo paulistano. Isso porque ela se manteve no cargo até chegar a um acordo com Boulos, principal adversário de Nunes. A costura inclui o retorno dela ao PT, partido que a projetou para a política.

Nas redes sociais, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), afirmou que a ex-prefeita aceitou o convite feito por Lula para formar uma chapa com Boulos. Marta foi prefeita de São Paulo no início dos anos 2000. Além disso, foi deputada federal e ocupou ministérios nas gestões petistas de Lula e Dilma Rousseff.

Apesar da declaração de Teixeira, também ontem, em evento de anúncio de apoio do PDT a Boulos, tanto o pré-candidato do PSOL quanto o deputado federal Rui Falcão (PT-SP), que o acompanhava, desconversaram sobre um acordo para que Marta seja a vice na futura chapa. Falcão destacou, porém, que "todos viram" as articulações envolvendo Lula para que ela volte à legenda. Boulos disse que é "razoável" ter Marta como vice e elogiou o trabalho dela no comando da Prefeitura da capital.

Contra

O provável retorno de Marta ao PT já gera, no entanto, desavenças entre petistas. Lula é um dos principais entusiastas da volta da ex-senadora, mas uma ala do partido é contra a ideia, acusando a ex-prefeita de traição por causa de seu voto a favor do impeachment de Dilma em 2016. Procurada, Marta não se manifestou.

O dirigente nacional do PT Valter Pomar publicou um artigo ontem sugerindo que o possível retorno de Marta ao PT seja decidido em votação no Diretório Nacional do partido. "Votarei contra. O motivo principal é: senadora eleita pelo PT, Marta traiu seu eleitorado e seu partido, votando a favor do golpe contra Dilma. Desconheço que ela tenha feito alguma autocrítica a respeito. E, em qualquer caso, não vejo por que trazer de volta para casa quem praticou tamanha violência", declarou o dirigente.

Marta se desfiliou em 2015 afirmando que o PT protagonizou "um dos maiores escândalos de corrupção que a Nação brasileira já experimentou", em referência aos fatos revelados pela Operação Lava Jato.

Ela entrou no PT em 1981, um ano após a fundação do partido, e permaneceu na legenda por 33 anos. Pela sigla, foi deputada federal (1995-1999); prefeita da capital paulista (2001- 2005); senadora (2011-2015); ministra do Turismo no segundo governo Lula (2007-2008); e ministra da Cultura no governo Dilma Rousseff (2012-2014).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O provável retorno de Marta Suplicy (sem partido) ao PT para ocupar a vice na chapa encabeçada pelo deputado Guilherme Boulos (PSOL) já gera desavenças entre petistas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é um dos principais entusiastas à volta da ex-senadora, porém uma ala do partido é contra a ideia, acusando Marta de traição por conta de seu voto a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff em 2016. Procurada, a ex-prefeita não foi encontrada para se manifestar até a publicação deste texto.

O dirigente nacional do PT, Valter Pomar, publicou um artigo nesta terça-feira, 9, sugerindo que o possível retorno de Marta ao PT seja decidido em votação no Diretório Nacional do partido. "Votarei contra. O motivo principal é: senadora eleita pelo PT, Marta traiu seu eleitorado e seu partido, votando a favor do golpe contra Dilma. Desconheço que ela tenha feito alguma autocrítica a respeito. E, em qualquer caso, não vejo porque trazer de volta para casa quem praticou tamanha violência".

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Líder da corrente interna petista Articulação de Esquerda (AE), Pomar é conhecido por suas posições à esquerda da tendência majoritária do PT, a Construindo um Novo Brasil (CNB), que tem Lula como principal integrante. Em novembro de 2019, Valter Pomar foi derrotado por Gleisi Hoffmann na disputa pela presidência do partido. Naquela ocasião, seu grupo conquistou 11,6% dos votos, ante 71,7% de Gleisi. O processo marcou a última eleição interna do PT até o momento.

Como mostrou a Coluna do Estadão, Marta e Boulos articulam um encontro presencial para selar a possível aliança nas eleições deste ano. Nesta segunda-feira, 8, a ex-senadora se reuniu com Lula no Palácio do Planalto e disse que precisa conversar com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), antes de confirmar publicamente seu retorno ao PT. Atualmente, ela é secretária de secretária de Relações Internacionais da Prefeitura.

De acordo com um dirigente petista, está "99% certo" que Marta vai deixar o secretariado de Ricardo Nunes para ser vice de seu maior adversário nas eleições municipais de 2024. Por uma questão de cortesia, falta apenas a conversa com seu chefe, o prefeito. A ex-senadora retornará ao PT após nove anos para integrar a chapa de Boulos, com o discurso de que não pode estar no mesmo palanque do ex-presidente Jair Bolsonaro. Nesta terça-feira, 9, em evento de anúncio de apoio do PDT à pré-candidatura do psolista, Boulos e o deputado federal Rui Falcão (PT-SP), que o acompanhava, pregaram que ainda não há definição sobre a presença de Marta como vice na chapa.

O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu mais uma ação questionando a validade da lei que estabelece o marco temporal para demarcação de terras indígenas. O pedido foi protocolado pelo PT, PCdoB e PV - as três legendas integram uma única federação partidária.

A lei foi aprovada pelo Congresso em setembro, no mesmo dia em que o Supremo rejeitou a tese do marco temporal. O texto estabelece que apenas as terras ocupadas por povos indígenas em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição, podem ser demarcadas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou esse trecho, mas o Congresso derrubou o veto neste mês. A norma foi promulgada no final de dezembro.

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PSOL, Rede e Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) também questionaram a lei no Supremo. Por outro lado, três partidos de oposição ao governo (PP, PL e Republicanos) pediram que a Corte reconheça a constitucionalidade do marco temporal sob o argumento de que a última palavra deve ser do Legislativo.

As três ações foram distribuídas para o ministro Gilmar Mendes. Os partidos aliados do governo pediram que a ação fosse distribuída "por prevenção" ao ministro Edson Fachin, por ele ter sido relator da ação que resultou na declaração de inconstitucionalidade do marco temporal.

Tanto Fachin como Gilmar votaram contra a tese do marco temporal no julgamento realizado em setembro. Mas, enquanto Fachin atendeu integralmente ao pleito dos indígenas e não quis discutir a indenização dos proprietários, Gilmar fez ressalvas à amplitude das terras demarcadas e disse que "não falta terra", mas "falta apoio".

"É preciso que tenhamos essa dose de realidade no nosso raciocínio, sob pena de estarmos a oferecer soluções ilusórias. Pode ser revogado o marco temporal, a dificuldade vai continuar", afirmou Gilmar quando votou, em setembro.

Depois de acertarem todos os números da Mega-Sena em 2019 e levar o prêmio de R$ 120 milhões, servidores do gabinete da Liderança do PT na Câmara tiveram sorte mais um vez. No sorteio da noite de 31 de dezembro de 2023, o bolão organizado pelo grupo acertou quatro dos seis números da Mega da Virada e rendeu um prêmio de aproximadamente R$ 25 mil.

A divisão neste ano, porém, reduziu significativamente o valor conquistado por cada apostador. O bolão bateu o recorde de 535 cotas para mais de 300 participantes, o que significa que cada um deverá ficar com cerca de R$ 47.

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Da sequência vencedora da Mega, 21-24-33-41-48-56, o grupo apenas não acertou o 21 e o 48. A Mega da Virada sorteou, em 2023, a cifra recorde de R$ 588,9 milhões. Cinco apostadores levaram o prêmio.

Como mostrou o Estadão, o bolão vencedor da Mega em 2019 tinha 49 cotas. O valor foi dividido em R$ 2,4 milhões por cota. Ainda não se conhece todos os vencedores porque alguns mantiveram o segredo.

Com o sucesso no sorteio de 2019, o bolão do PT atrai petistas interessados de todo o Brasil e virou uma "tradição" dos funcionários da Câmara. A sequência de quatro números acertada em 2023 não é a única vitória em 2023. Em novembro, um bolão também feito pela liderança do PT na Câmara ganhou R$ 28 mil por cota na loteria.

O ano de 2024 será marcado por eleições importantes em todo o mundo. Elas deverão imprimir um novo ritmo à dinâmica das relações políticas em diversas regiões do globo.  O Brasil realizará eleições municipais. Embora o pleito não signifique mudanças contundentes na esfera federal, o presidente Lula deverá se empenhar para eleger o maior número possível de prefeitos aliados, especialmente nas capitais e em cidades com mais de 200 mil eleitores, onde pode haver segundo turno. É esperado que ele adote medidas econômicas mais populares, que beneficiem as classes C, D e E, e que possam ser utilizadas nos discursos das campanhas.  A primeira medida já foi tomada. O Governo fechou 2023 com a confirmação do novo salário-mínimo no valor de R$ 1.412. O crescimento é de 7%, comparado ao ano anterior.

Nos próximos meses, espera-se também que Lula amplie as faixas de financiamento habitacional no programa Minha Casa Minha Vida para que famílias de classe média possam receber o benefício. Ainda são aguardadas outras medidas que causem no eleitorado a sensação de crescimento da economia e da renda familiar. 

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A pressão dos candidatos nos municípios também pode contribuir para acelerar os aguardados novos avanços na legislação tributária. No fim de 2023, o Governo comemorou fortemente a aprovação da reforma tributária e, a partir de agora, o Congresso deverá realizar as discussões sobre as reformas do Imposto de Renda e da tributação da folha de pagamento; além das leis complementares para regulamentar a reforma tributária. 

Para além das fronteiras brasileiras, 2024 ainda trará outras eleições importantes. Na América Latina, países como México, Uruguai e Venezuela terão processos eleitorais para novos mandatos de presidentes. As atenções se voltam especialmente para solo venezuelano. Nicolás Maduro, que se mantém no cargo desde 2012, certamente será candidato novamente e a previsão é de um processo eleitoral tenso. Sua eleição em 2018 foi polêmica, não tendo sido reconhecida pela OEA, União Europeia, Estados Unidos e inclusive o Brasil. Nos bastidores, especula-se que as ameaças de Maduro para invasão da Guiana e tomada da região petrolífera do Essequibo seria uma manobra para que ele possa, eventualmente, interromper o processo eleitoral e se manter no poder. 

Também nesse ano que se inicia o mundo todo deverá acompanhar de perto as eleições na Rússia e nos Estados Unidos. Entre os dias 15 e 17 de março os russos vão às urnas para, muito provavelmente, reeleger Vladimir Putin. No cargo há quase 25 anos, ele é peça central no cenário político internacional, especialmente em razão da guerra da Ucrânia, sua possível interferência nos confrontos da Faixa de Gaza e a forte aliança comercial com a China. 

Se na Rússia não há perspectivas de grandes mudanças políticas, as eleições americanas prometem ter carga de emoção bem mais alta, com um provável novo confronto entre Joe Biden e Donald Trump. O embate deverá ser bastante duro e o resultado das eleições, que ocorrerão em novembro, pode mudar os rumos das relações globais de poder. Além disso, qualquer que seja o novo presidente, a expectativa é de que haja uma guinada para mudanças nas políticas fiscal e econômica dos Estados Unidos, o que pode ter impacto para o comércio exterior em todo o mundo. 

O novo ano começa envolto por grandes expectativas. Que seja um tempo de boas notícias.     

* Por Wilson Pedroso é analista político e consultor eleitoral com MBA nas áreas de Gestão e Marketing

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebem pagamentos mensais de seus respectivos partidos. Entre abril e outubro, Bolsonaro foi remunerado pelo PL sete vezes, somando R$ 200 mil. Por sua vez, Lula foi beneficiado com nove repasses do PT, de fevereiro a outubro, totalizando R$ 96 mil. Os vencimentos pagos ao atual presidente e a seu antecessor são uma exceção, já que nenhum outro ex-chefe de Estado possui benefício semelhante em suas legendas. Procurados, o PL não se manifestou, enquanto o PT argumentou que recurso é para pagar aluguel de imóvel.

As informações foram levantadas pelo Estadão junto às prestações de contas anuais do MDB, PL, PSDB, PT e PTB enviadas neste mês ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os documentos encaminhados à Justiça Eleitoral compreendem o período de outubro de 2022 a outubro de 2023. Nesse intervalo, não foram identificados pagamentos em benefício dos ex-presidentes José Sarney (MDB), Fernando Collor (PRD, antigo PTB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).

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A legislação brasileira não impõe aos partidos a obrigação de pagar salários a presidente ou ex-presidentes. Portanto, as remunerações recebidas por Lula e Bolsonaro não derivam de suas passagens pelo Palácio do Planalto, mas sim de suas funções dentro de seus respectivos partidos. Lula e Bolsonaro ocupam as posições de presidentes de honra no PT e no PL, respectivamente. Além deles, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também desempenha um papel na estrutura partidária como presidente do PL Mulher.

Entre fevereiro e outubro, Bolsonaro e Michelle receberam um total de R$ 437 mil pelas responsabilidades que desempenharam dentro do PL. O registro financeiro do partido classificou essa transferência como "serviços técnicos-profissionais". O salário atual de cada um como dirigente partidário é de R$ 30.483,16. Os gastos com assessores, advogados e outras despesas, como deslocamentos e alimentação, não estão inclusos nesse valor. O PL foi procurado pela reportagem, mas não retornou.

Além de seu salário no PL, Bolsonaro também recebe a aposentadoria do Exército, de cerca de R$ 12 mil por mês. Além disso, usufrui dos benefícios da aposentadoria como ex-deputado, o que corresponde a mais de R$ 30 mil mensais. Como ex-presidente da República, ainda tem direito a quatro servidores para desempenhar funções de segurança e apoio pessoal, dois assessores pessoais, dois veículos oficiais e dois motoristas.

Repasses a Lula são para pagar aluguel em SP, diz PT

O PT, por sua vez, informou, em nota, que as transferências mencionadas pela reportagem referem-se ao custeio de parte do aluguel de imóvel que, desde 2022, serviu como residência e local de trabalho do presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo. "Todas estas transferências foram feitas com recursos de arrecadação própria do partido, conforme declarado à Justiça Eleitoral, sem uso de Fundo Partidário ou outras fontes", diz o texto.

O partido esclareceu também que assumiu uma parcela do custo do aluguel, tendo em vista que o imóvel deveria prover as necessidades de segurança, privacidade, espaço para trabalho de assessores e para reuniões políticas inerentes às atividades de seu presidente de honra. "Desde outubro último, o PT assumiu integralmente o contrato de locação e o pagamento do contrato de aluguel, cessando então as transferências registradas na Justiça Eleitoral".

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