Eleitores do Recife não confiam nos Governos

De acordo com a pesquisa do IPMN, a média alcançada pelas instituições relacionadas à política atingiu a nota 5

por Elaine Ventura sab, 15/11/2014 - 12:00
Augusto Cataldi/LeiaJáImagens/Arquivo Pesquisa do IPMN aponta que a maioria dos recifenses não confiam nas instituições relacionadas a política Augusto Cataldi/LeiaJáImagens/Arquivo
Augusto Cataldi/LeiaJáImagens/Arquivo Pesquisa do IPMN aponta que a maioria dos recifenses não confiam nas instituições relacionadas a política Augusto Cataldi/LeiaJáImagens/Arquivo

Passada as eleições, o Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) decidiu ouvir a opinião dos eleitores pernambucanos para descobrir quais as instituições mais confiáveis. O governo e o Congresso Nacional lideraram o ranking negativamente, ocupando as últimas colocações na amostra divulgada este sábado (15).

As melhores pontuações ficaram com a Família e Igreja, que conquistaram as médias 9,0 e 8,1, respectivamente. 64% dos entrevistados declararam nota 10 a instituição familiar,  37% pontuaram o mesmo para a Igreja, enquanto o Congresso Nacional e o Governo, alçaram a lanterna, ambos com 4%.

Quando o quesito foi a nota zero, houve uma inversão no quadro.  A pior nota foi creditada ao Congresso (9%), logo depois surgem empatados o Governo e Poder Judiciário (7%). Apenas 21% das pessoas que responderam aos questionamentos  indicaram nota a partir de 8,0 para o Congresso. Seguindo  a mesma linha, o Governo alcançou 17 pontos percentuais. 

                         

O motivo das instituições relacionadas ao ambiente político obterem as piores médias podem estar relacionadas aos constantes escândalos de corrupção. De acordo com o analista de política, Maurício Romão, a corrupção não é o único motivo da descrença nas entidades políticas. O analista ressalta que mesmo em países que possuem a democracia consolidada, o governo acaba sendo mal avaliado pela população. 

“A mal avaliação do parlamento não é uma exclusividade do Brasil. Países que possuem a economia, política e democracia consolidada também recebem notas baixas. A corrupção pode até influenciar as notas aplicadas as instituições políticas, mas não isoladamente.  O principal motivo que leva as baixas médias é o fato dos parlamentares terem praticas que não são consonantes com os interesses da população”, analisou Romão, exemplificando que o descaso com o dinheiro público, altos salários dos parlamentares e uso da máquina pública em beneficio próprio aguçam a ideia que o legislativo é desprezível e desnecessário ao país.    

Foram ouvidas 625 pessoas, nos dias 03 e 04 de novembro.  O nível de confiança é de 95% e a margem de erro pode chegar aos 4 pontos percentuais, para mais ou para menos. 

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