PSB bate martelo sobre alinhamento nacional nesta quinta

Reunião da Executiva, em Brasília, definirá os rumos da legenda para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT)

por Giselly Santos qui, 27/11/2014 - 09:50
Reprodução do Facebook/PSB O indicativo é de que os socialistas sigam a linha de oposição, mas sem se alinhar a base comandada pelo PSDB e o DEM Reprodução do Facebook/PSB

Na tentativa de se recuperar de um ano não tão positivo quanto esperava, o PSB define, nesta quinta-feira (27), qual será o alinhamento que irá manter durante o segundo governo da presidente Dilma Rousseff (PT). A reunião da Executiva nacional do partido, em Brasília, será o reinício da legenda que sonhou ser grande, mas só conquistou desfalques em 2014. Primeiro com a perda do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, falecido durante um acidente aéreo, depois com a eleição de apenas três governadores e o desembarque de Marina Silva e aliados para retomarem o projeto de legalização do Rede Sustentabilidade.

O indicativo é de que os socialistas sigam a linha de oposição, mas sem se alinhar a base comandada pelo PSDB e o DEM. O posicionamento tem sido elencado por eles como de "oposição independente". Nas últimas semanas, o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, encontrou com os deputados, senadores, governadores eleitos e dirigentes estaduais para debater o assunto. Uma das principais alegações dos membros do PSB é de que a legenda mantenha a unidade. Termo fregilizado internamente desde a escolha, pela maioria dos líderes socialistas, de apoiar o senador Aécio Neves (PSDB) durante a disputa presidencial no segundo turno.

“Nossa expectativa é tirar uma posição de unidade, uma posição equilibrada”, frisou o secretário-geral do PSB e prefeito do Recife, Geraldo Julio. “A posição certamente será essa (de oposição), a mesma que a gente tirou em setembro de 2013. Uma posição de unidade do partido para defender aquilo que nós defendemos durante a campanha eleitoral que foi o programa feito ainda com Eduardo quando candidato”, completou o gestor. 

Caso optem pela "oposição independente", os pessebistas deixam brechas para possíveis acordos com a presidente Dilma, isso, com certeza, deixaria uma ala do PSB satisfeita já que o ex-presidente nacional da legenda, Roberto Amaral, migrou para o palanque de Dilma Rousseff no segundo turno, juntamente com outras lideranças. Também aliado do PT na Paraíba, o governador reeleito Ricardo Coutinho visitou a presidente no Palácio do Planaldo na última semana. A missão pela unidade e o recomeço do PSB aparenta não ser fácil, ainda pesa a favor da independência o histórico de alianças da sigla. No plano federal, desde a redemocratização, em 1989, até este ano PT e PSB não estiveram alinhados oficialmente em apenas três momentos. 

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