'Prefeito maquia a realidade', dispara Marília Arraes

De acordo com a socialista, há “várias distorções de números e informações publicadas no documento”

por Giselly Santos qua, 11/02/2015 - 10:55
Augusto Cataldi/LeiaJáImagens/Arquivo A vereadora também denunciou a retirada de uma verba de R$ 6,3 milhões para estruturação e manutenção dos Compaz Augusto Cataldi/LeiaJáImagens/Arquivo

A vereadora Marília Arraes (PSB) questionou os dados apresentados pelo prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), em relação às atividades da gestão em 2014. De acordo com a socialista, o prefeito “maquia a realidade” da capital pernambucana com “várias distorções de números e informações publicadas no documento”.

“Em 112 páginas, o senhor prefeito tripudia da nossa inteligência, da inteligência do cidadão, da inteligência da cidade. São páginas e mais páginas de maquiagem, palavras e imagens bonitas com a única intenção de manipular e enganar", disse ao subir na tribuna da Câmara do Recife, nessa terça-feira (10). “Em várias situações, o senhor prefeito tem a petulância de somar dados de 2013 aos de 2014. É muita desfaçatez informar que 50 quilômetros de calçadas foram recuperados no ano passado. Porque isso não é verdade. E é no próprio documento, na página 22, que o desmentido aparece”, complementou, disparando. 

Crítica ávida da gestão socialista, apesar de fazer parte do PSB, Marília Arraes também aproveitou para questionar a manutenção das praças e parques da cidade. Segundo ela, o 13 de Maio é um exemplo que está na lista dos equipamentos públicos recuperados, mas a realidade é outra. "Quem frequenta as praças do Recife sabe que elas estão em péssimo estado. No Parque 13 de Maio, que a prefeitura diz que reformou, Os banheiros estão entupidos, não têm água e nem mesmo papel higiênico. E a segurança? Os relatos de assalto no 13 de Maio são constantes", observou.

A vereadora também denunciou a retirada de uma verba de R$ 6,3 milhões para estruturação e manutenção dos Centros Comunitários da Paz (Compaz), em suplementação de crédito publicada no Diário Oficial do último dia 6. "O prefeito fez isso justamente logo após o janeiro mais violentos dos últimos anos, quando 54 pessoas foram mortas na cidade", concluiu Arraes.

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