População não confia nas promessas de Dilma para educação

Em todo o Brasil, mais de 70% das pessoas não acreditam na efetivação de melhorias na educação, prometidas pelo Governo Federal

por Élida Maria qua, 18/03/2015 - 20:00
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Apesar de o Governo Federal garantir que a educação é uma de suas prioridades de gestão e usar o nome “Brasil: Pátria educadora”, uma análise do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) em parceria com o Instituto de Pesquisa MDA. encomendada pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio revelou que a população anda incrédula em relação às promessas feitas pela presidente Dilma Rousseff (PT). Na amostra nacional realizada entre os dias 12 e 15 de março com mais de dois mil entrevistados, 72% dos brasileiros não acreditam que a petista transformará a educação de forma positiva. 

Colhendo dados de pessoas com 16 anos ou mais das cinco regiões do país, o IPMN trouxe informações da expectativa dos brasileiros em relação à educação. No questionamento a indagação mencionada aos entrevistados foi se “a presidente Dilma, em seu novo mandato, transformará positivamente a educação do Brasil” e tanto no Norte e Nordeste como no Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país, o percentual de respostas “não” foi de, no mínimo, 60%.

Entre esses dados o Sudeste despontou com 78% de falta de confiança em Dilma, 18% de aprovação e 8% de pessoas que não souberam ou não quiseram responder. Já analisando o público que respondeu ”sim”, o Nordeste foi a região com maior aprovação da petista, no entanto, os percentuais chegaram a 27% entre as pessoas que responderam “sim”, contra 63% dos que assinalaram ‘não’ e 10% não emitiram opiniões.

O Instituo de Pesquisa Maurício de Nassau também quis saber se as pessoas concordam com as reduções de recursos públicos na área de educação anunciados por Dilma, como forma de reajustar a economia brasileira. Neste quesito, os percentuais contra a atitude da gestora nacional foram ainda maiores. Do total dos entrevistados, 87% afirmaram “não”, 9% concordaram com Rousseff e 4% esquivaram-se de opinar. Desta mostra, a Região Centro-Oeste foi à área que teve o maior percentual negativo. No local, 94% das pessoas indagadas responderam “não”. Já entre a população favorável a petista a maior estatística foi de 13% das pessoas que recebem mais de cinco salários mínimos. 

Segundo o cientista político Adriano Oliveira, os dados sobre educação podem ser vistos como alerta “porque junto com a avaliação com a educação sugere que as pessoas não acreditam nela (em Dilma), então ela deve mudar de postura. Isso mostra o enfraquecimento da imagem dela e da confiança”, avalia Oliveira.

O especialista também pontuou os percentuais sobre a reprovação dos brasileiros em relação ao corte de investimento na área educacional, e sugeriu algumas estratégias que Dilma poderia utilizar. “Ela tem obrigação de criar um diálogo com o setor educacional privado para tomar medidas e buscar a solução, porque ela sabe que essa ausência de diálogo afetou a popularidade dela”, alertou.

 

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