Vereadores do Recife abrem debate sobre o PME

Substitutivo de André Régis e emendas parlamentares são analisadas no Plenarinho

por Élida Maria seg, 22/06/2015 - 18:13
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens Paulo Uchôa/LeiaJáImagens

Com opiniões divergentes, 33 vereadores do Recife, debatem na tarde desta segunda-feira (22), no Plenarinho da Câmara de Vereadores, as propostas do Plano Municipal de Educação (PME). Um dos principais embates foi trazido pelo vereador da oposição, André Régis (PSDB) com um substitutivo à matéria.

A discussão do PME foi levada ao Plenarinho em virtude do tumulto gerado no Plenário da Casa José Mariano por pessoas que defendia a inserção da discussão de gênero e outras que eram contras. Professores que participaram da Conferência Municipal de Educação também reivindicavam o fato de a Prefeitura do Recife não contemplar ações discutidas recentemente no evento.

Para Régis, a maior dificuldade é aprovar um plano de educação sem perspectivas futuras, já que o PME valerá por dez anos. “A primeira dificuldade é visualizar a educação daqui a dez anos. Se tivesse sido encaminhado há dois meses, mas recebemos apenas há sete dias e lamentavelmente a discussão está prejudicada. A educação parece que passa longe do que a gente deveria está aqui”, destacou, criticando À gestão municipal. “A Prefeitura do Recife deu mais uma prova que a educação não é um tema prioritário de sua gestão”, alfinetou, durante 15 minutos concedido pelo presidente Vicente André Gomes (PSB).

Criticando a falta de conhecimento do substituto porque a matéria só entrou no site da Câmara do Recife às 14h45, a vereadora Isabella de Roldão (PDT), ironizou à falta de diálogo. “Eu nunca estudei para a prova pelo resumo, mas eu fiquei verdadeiramente necessitada de mais informações de seu substitutivo, mas qualquer projeto que seja no lugar desse (do PME enviado pela gestão municipal) será melhor”, avaliou cobrando um diagnóstico da Rede Estadual.

Quem também participa do debate são os vereadores Osmar Ricardo (PT), Jairo Brito (PT) e Antônio Luiz Neto. Este último comparou a educação ao futebol. “Esse plano não é bom. Todo mundo fala de educação como se entendesse de educação, é como futebol (...). Eu não consigo entender como alguém coloca que vai alfabetizar uma criança em três anos. Isso é uma falta de respeito! A criança tem que ser alfabetizada em um ano, até porque ele já vem de uma creche. Isso é um absurdo”, criticou.

O debate ainda segue no Plenarinho e a previsão é que só após a discussão das ementas dos vereadores, inclusive, da inserção da discussão de gêneros na escola, é que o PME seja votado. Alguns vereadores sugeriram que a votação seja adiada.

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