O caminho é manter Dilma, pontua senador do PMDB
Para Roberto Requião, a rejeição do impeachment vai possibilitar a manutenção da gestão do país e levará a população a escolher, através de plebiscito, se Dilma permanece ou não na Presidência
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou, nesta terça-feira (9), que o melhor caminho para o país é manter a presidente Dilma Rousseff (PT) no cargo, rejeitando, assim, o parecer relator Antônio Anastasia (PSDB-MG), que recomenda a continuidade do processo de impeachment e o julgamento da petista por crimes de responsabilidade.
“O caminho é manter a Dilma, fazer o plebiscito para antecipar eleição e realizar uma boa reforma política”, pregou. “Hoje vou votar contra a entrega do petróleo brasileiro, contra a precarização do trabalho, da saúde e da educação... Não à corrupção e ao golpe”, acrescentou.
Apesar de ser correligionário do presidente em exercício Michel Temer, Requião compõe a pequena ala do PMDB contrária à destituição do mandato de Dilma. Durante a fase de admissibilidade, o peemedebista disse que Temer cometeria “ainda mais erros” que a petista e classificou o impeachment como “uma monumental asneira”.
O plenário do Senado iniciou por volta das 9h45 a sessão que analisará o parecer de Anastasia. A reunião está sendo conduzida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. No momento, membros da oposição estão apresentando questões de ordem para tentar suspender a votação.
Após essa parte, Anastasia fará a leitura do parecer. A partir daí, cada senador terá até dez minutos para discursar no plenário. Até a noite dessa segunda-feira (8), 43 senadores haviam se inscrito para essas considerações. Se todos eles utilizarem o tempo máximo para a fala, mais de sete horas serão utilizadas apenas para que eles se pronunciem. Outros senadores ainda podem se inscrever.
Depois deles, a acusação e a defesa farão as considerações finais, tendo 30 minutos cada para isso. Então, a votação será iniciada.
Os senadores irão votar pelo painel eletrônico do Senado e cada partido poderá apresentar até quatro destaques para serem votados separadamente. Nesse caso, as sugestões de mudanças são deliberadas após o texto principal.
A cada quatro horas de sessão haverá um descanso de uma hora para os parlamentares, conforme acertado na última semana entre Lewandowski, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e líderes partidários.
*Com Dulce Mesquista