PE tem o maior índice de disputa pela reeleição no país

Dados da CNM afirmam que no estado 88,28% dos gestores aptos vão concorrer a manutenção dos mandatos. Nos outros estados, a maioria dos índices não ultrapassa os 70%

por Giselly Santos qua, 10/08/2016 - 12:29

Um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), divulgado nesta semana, revela que Pernambuco é o estado onde mais prefeitos que estão aptos para disputar à reeleição vão concorrer ao pleito deste ano. De acordo com os dados organizados pela entidade, 88,28% dos 128 gestores que cumprem o primeiro mandato vão disputar a recondução à vaga. Entre eles estão os prefeitos do Recife, Geraldo Julio (PSB); de Paulista, Júnior Matuto (PSB) e o de Garanhuns, Izaias Régis (PTB). 

Já o número de desistência entre os pernambucanos é de 10,94%. A maioria deles justifica o fim da participação na administração das cidades pelas medidas impopulares que precisaram tomar para superar a crise econômica. Os gestores de Moreno, Adilson Filho (PSB); Goiana, Fred Gadelha (PTB) e Santa Cruz, Gilvan Sirino (PR) são exemplos disso.

No país, o quantitativo de postulações à reeleição é de 68,79% de 2.768 prefeitos. O percentual deste ano é inferior aos apresentados em 2008 e 2012, quando 76,90% e 73,23%, respectivamente, dos gestores compatíveis com a legislação participaram do pleito. 

O número dos pernambucanos vai, inclusive, de encontro aos índices apresentados por outros estados. Dos 25 entes federativos, em 16 o percentual não ultrapassa os 70%. O maior número de candidaturas está em Minas Gerais, onde 448 prefeitos vão disputar a recondução ao Executivo municipal. O número, entretanto, representa 68,9% dos 658 que estariam aptos a voltarem às urnas em outubro. Em São Paulo, o quantitativo é de 313, equivalente a 66,31% dos prefeitos de primeiro mandato.

A amostra constata que nas regiões Sul e Sudeste há uma maior desistência dos gestores, enquanto no Norte e Nordeste existe um interesse mais latente pela manutenção dos cargos. "Isso só pode ser consequência da crise financeira que assola as prefeituras, pois, ao contrário das regiões Norte e Nordeste que estão mais acostumadas a gerir as cidades com falta de recursos, as regiões mais desenvolvidas enfrentam dificuldades na administração dentro da conjuntura", analisa a Confederação.

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