Doações a candidatos na RMR somam mais de R$ 1,2 milhão
O candidato a prefeito do Recife, Daniel Coelho (PSDB), é dono do maior montante até agora. Ele recebeu R$ 1 milhão do partido do vice, o PSL
As doações financeiras destinadas aos candidatos a prefeito nas cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR) já somam R$ 1.216.550. O maior montante foi doado ao único postulante da coligação ‘Juntos pela Mudança’ à prefeitura da capital pernambucana, Daniel Coelho (PSDB). Ele recebeu R$ 1 milhão da direção nacional do PSL, partido com que compõem a chapa, tendo como vice o filho do presidente nacional Luciano Bivar, Sérgio Bivar.
Até a manhã desta segunda-feira (22), ao menos um candidato de seis das 14 cidades da RMR haviam registrado a informação no Sistema de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral. Em Olinda, apenas a candidata Luciana Santos (PCdoB) divulgou ter recebido doações. Três pessoas destinaram a ela R$750. Já em Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PR) recebeu dele mesmo R$ 1 mil.
No Cabo de Santo Agostinho, dois prefeituráveis registraram doações: Betinho Gomes (PSDB) recebeu R$ 100 mil da direção nacional do partido e Lula Cabral (PSB) doou a ele mesmo R$ 65 mil.
Na Ilha de Itamaracá, o candidato Cláudio Gadelha (PSL) recebeu de um familiar R$ 15 mil. Já em Igarassu, o prefeito e candidato à reeleição Mário Ricardo (PTB) conquistou R$ 34,8 mil. Destes, R$ 33 mil foram dele mesmo e os outros R$ 4,8 mil de quatro pessoas diferentes.
De todos os registros, apenas Ricardo também apresentou um balanço do que já foi gasto, um total de R$ 5,8 mil. O montante foi destinado à locação de bens e imóveis, militância de rua e carro de som.
Outras cidades
Em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, os candidatos Adalberto Cavalcanti (PTB) e Ednaldo Lima (PMDB) também declararam as primeiras doações. O petebista recebeu R$ 80 mil da direção estadual do partido. Já o peemedebista conquistou R$ 14 mil, sendo R$ 12 do filho do prefeito Julio Lossio, Julio Lossio Filho. Em Caruaru, no Agreste, nenhum dos candidatos havia registrado a informação.
Regra
De acordo com a nova legislação, este ano os candidatos são obrigados a informar à Justiça Eleitoral todos os recursos recebidos até 72 horas depois de a doação ter sido registrada na conta bancária. Anteriormente os candidatos faziam apenas duas divulgações, no meio e no final da campanha.
Os montantes, desta vez, não podem ser oriundos de empresas e pessoas jurídicas.
Teto de gastos
Em Pernambuco, sete cidades podem ter campanhas milionárias. O maior valor fixado é no Recife. Candidatos podem gastar até R$ 6,6 milhões no primeiro turno e R$ 1,9 milhão no segundo; em seguida vem Caruaru com o limite de R$ 2,6 milhões na primeira etapa e R$ 785,7 mil na segunda; depois Olinda, R$ 1,2 milhão e R$ 381,1 mil, respectivamente; por último, Jaboatão dos Guararapes, onde o teto é de R$ 1,1 milhão no 1º e R$ 334,2 mil no 2º.
Já na lista das cidades que não tem segundo turno, de acordo com o número de eleitores, mas com possibilidade de campanhas milionárias estão Petrolina, no Sertão, com o limite de R$ 2 milhões; Ipojuca, de R$ 1,7 milhão; e Paulista, R$ 1 milhão. Os municípios com o menor teto podem gastar até R$ 108 mil durante o pleito.