Prefeitos irão decretar ponto facultativo dia 28

O presidente da CUT-PE disse que alguns os gestores dos municípios do interior estão “aterrorizados” com a possibilidade da reforma da Previdência ser aprovada

por Taciana Carvalho qui, 20/04/2017 - 18:13
Brenda Alcântara/LeiaJáImagens/Arquivo Brenda Alcântara/LeiaJáImagens/Arquivo

O presidente da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras, em entrevista ao LeiaJá, nesta quinta-feira (20), disse que muitos prefeitos de municípios do interior irão decretar ponto facultativo, no próximo dia 28 de abril, data em que está marcada a greve geral contra as reformas Trabalhista, Previdenciária e outras medidas que estão sendo estabelecidas pelo governo Temer. 

“A greve do dia 28 é essencial. É o ponto-chave para barrar esses ataques e dar uma pressão grande no Congresso Nacional. Há prefeitos que estarão decretando ponto facultativo no dia porque sabem que, se passar a reforma da Previdência, as prefeituras vão fechar as portas”, disse.

Veras acredita que, caso as propostas sejam aprovadas, essas cidades não terão como sobreviver. “Os municípios vão passar a ser distrito de outros porque não terá condições de sobreviverem. Todo mundo está aterrorizado com esse ataque grotesco que está acontecendo pelo governo ilegítimo”. 

Apesar da hipótese, o dirigente disse que os sindicatos e a população irão barrar as reformas e que “será feito de tudo” com essa finalidade. “Os trabalhadores vão usar suas ferramentas e vão barrar como derrubamos o pedido de urgência do projeto da reforma Trabalhista. Nós vamos barrar porque a pressão está sendo grande a começar por cada local de trabalho. Nós não vamos dar um minuto de trégua para essas criminosas reformas”, advertiu. 

Outro ponto que ele argumenta para o êxito contra o governo Temer é porque as pessoas estão cada vez mais esclarecidas e sabem que não há necessidade para as reformas que estão sendo colocadas pelo presidente e pela base aliada. 

“Os trabalhadores não querem pagar por essa conta porque se tiver que arrecadar recursos para a previdência tem que ser com a cobrança para grandes empresas e de outros setores e não atacando o trabalhador. Todos estão prontos para fazer o enfrentamento. Está claro que querem retirar direitos dos trabalhadores para dar aos banqueiros. Os trabalhadores estão conscientes e vão aderir à greve geral e vai ter muito mais. Quanto mais o governo insistir, nós vamos fazer mais”. 

Veras contou que um ponto de encontro para a greve geral, no Recife, ainda será marcado e divulgado na próxima semana.  

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