O PSB nunca esteve no governo Temer, declara Geraldo Julio
Segundo o prefeito, a decisão da legenda há cerca de um ano foi de se manter independente à gestão do peemedebista. Apesar disso, acabou ganhando o comando do ministério de Minas e Energia
O prefeito do Recife Geraldo Julio afirmou, nesta sexta-feira (19), que o PSB “nunca esteve na base aliada do governo” do presidente Michel Temer (PMDB). Segundo ele, a decisão da legenda há cerca de um ano foi de se manter independente à gestão do peemedebista. Apesar disso, acabou ganhando o comando do ministério de Minas e Energia, com o ministro Fernando Filho.
“O partido nunca esteve na base do governo Temer, não estamos saindo porque nunca estivemos. O que há é uma indicação feita pelo próprio presidente do deputado Fernando Filho [para o ministério], não é uma indicação do partido [ao cargo]”, argumentou o pessebista, em entrevista a Rádio Jornal.
Sobre a eventual entrega do cargo, já defendida pelo presidente nacional da legenda Carlos Siqueira, Geraldo ressaltou que a decisão não é do PSB, mas do próprio Fernando Filho. “Não cabe ao PSB esta decisão, é do presidente Temer com o ministro. O PSB não tem ministro, diferentemente de outros partidos que agora decidem se ficam ou não no governo”, frisou.
Geraldo Julio defendeu ainda que o presidente deixe o comando do país. “A renúncia era o melhor caminho, este governo perdeu as condições. E após a divulgação do áudio perdeu a governabilidade”, disse. “Isso vai aprofundar a crise econômica do Brasil que já é tão grave”, acrescentou.
Neste sábado (20), o partido vai reunir a direção nacional em Brasília para discutir sobre como vai agir diante da nova crise política nacional. Nessa quinta (18), o partido assinou, junto com partidos como o PT e o PSOL, um pedido de impeachment protocolado contra o peemedebista na Câmara dos Deputados.
Com a divulgação de um áudio que integra a delação dos donos da JBS, Joesley e Wesley Batista, na Lava Jato revelando o provável envolvimento do presidente Michel Temer (PMDB) em pagamentos de propina e no incentivo a manutenção de uma mesada destinada ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) para que ele ficasse em silêncio diante das investigações do esquema, o PSB começou a se afastar ainda mais do governo.