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Uma das tradicionais feiras de Petrolina passou por uma transformação. Após uma ampla requalificação, o prefeito Simão Durando inaugurou a nova Feira da Cohab Massangano. A cerimônia de inauguração contou com a presença do deputado federal, Fernando Filho, do deputado estadual, Antonio Coelho, o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho e do ex-senador Fernando Bezerra.

Instalada há mais de 25 anos, esta é a primeira grande reforma deste tradicional espaço público. As intervenções envolveram desde um redesenho do arquitetônico da feira até a construção de mais de 80 boxes para comercialização de produtos. A estimativa é que, em média, 440 pessoas sejam beneficiadas com essa nova estrutura.

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Com um investimento de cerca de R$ 2,7 milhões, o equipamento ganhou um novo piso; acessibilidade; instalação de gradis; melhoria na iluminação; construção de nova estrutura de sanitários; e reforma na infraestrutura elétrica. A obra também contou com a padronização dos espaços para as bancas dos feirantes e pintura. 

O tradicional espaço de vendas conta com um comércio diversificado como tempero seco, frutas, roupas, carnes, verduras, peixe, tapioca, caldo de cana e o típico pastel. Além disso, tornou-se ao longo dos anos um espaço de convivência social, troca de experiências e ambiente de oportunidades para a comunidade.

De acordo com o prefeito Simão, os permissionários vão poder trabalhar com uma estrutura muito melhor, protegidos da chuva e do sol, em condições dignas de exercerem as suas atividades e incrementar as suas rendas.

“Mais um sonho realizado! Que emoção entregar esse equipamento totalmente reformado. Entregamos a da Areia Branca e agora a Cohab Massangano. É uma obra de suma importância para os feirantes, para a população e a cultura de Petrolina. Essa feira é um patrimônio de nossa cidade que vai além da venda de frutas e verduras, virou uma parte de nossa tradição. Essa obra vai humanizar essa área, torná-la mais atrativa, acessível e confortável. É a garantia de mais qualidade de vida e dignidade aos feirantes e as pessoas que utilizam o serviço”, destacou o prefeito. 

Responsável por destinar emenda parlamentar para custear as obras, o deputado federal, Fernando Filho, destacou a importância do empreendimento e ressaltou que continuará destinando recursos para as próximas intervenções.

"Vamos continuar ousando, batendo nas portas dos ministérios para que a gente possa avançar para as outras feiras que também precisam de intervenção. E Petrolina tem o nosso compromisso. Não vai faltar o apoio da nossa gente e nem o trabalho da nossa força política", frisou.

*Da assessoria 

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) inicia, nesta segunda (26), um giro por vários municípios do Estado. Acompanhado pelo prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, e pelos deputados federal Fernando Filho e estadual Antonio Coelho, o líder do Governo no Senado concentra sua agenda na Região Metropolitana, onde estão previstos encontros com os prefeitos das cidades de Olinda, Ipojuca, Cabo e Jaboatão.

De acordo com a programação, a semana segue com o pé na estrada e uma agenda extensa para os quatro. Eles pretendem ir em cidades da Mata Norte, do Agreste e Sertão pernambucanos. Encontros com prefeitos e lideranças políticas locais e das regiões estão na programação do grupo até o próximo dia 30.

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Além da visita institucional, segundo a expectativa dos Bezerra Coelho, esta será momento de renovar parcerias políticas, identificar os desafios e as necessidades dos municípios e das respectivas regiões.

A investida da família acontece em meio às tratativas para que o prefeito de Petrolina dispute o Governo de Pernambuco em 2022. Miguel Coelho se coloca como pré-candidato ao posto, mas a direção do MDB já anunciou que pretende seguir na Frente Popular de Pernambuco, que quer lançar o ex-prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), como opção para o posto. 

Conversar e planejar os rumos do DEM tendo em vista o pleito de 2022 esteve em pauta, nesta segunda-feira (19), na reunião entre o deputado federal Fernando Filho e os deputados estaduais Antonio Coelho e Priscila Krause com Mendonça Filho, presidente estadual da legenda. O encontro, que é o marco inicial desse debate partidário interno, ocorreu no escritório do dirigente democrata.

Líder da Oposição na Assembleia Legislativa, o deputado Antonio Coelho ressaltou que os parlamentares sempre estão conversando sobre os rumos da legenda, mas que esse é um momento de dar os primeiros passos no sentido de organizar internamente a legenda. “Estamos começando a fazer o dever de casa”, salientou o parlamentar. “O encontro de hoje marca mais um importante passo do Democratas em Pernambuco no sentido de preparar o partido para as eleições do ano que vem”, complementou Priscila Krause.

O deputado Fernando Filho sublinhou seu compromisso de ajudar no fortalecimento da legenda em Pernambuco e na montagem de chapas competitivas em conjunto com Mendonça Filho a fim de promover o crescimento do DEM no Estado, já tendo como horizonte o ano de 2022.

O deputado Gustavo Gouveia não participou do encontro devido a imprevisto doméstico, no entanto, está acompanhando o processo de discussão da estruturação de chapas competitivas para deputado estadual e federal.

Mendonça Filho, por sua vez, reforçou a motivação da reunião com os membros das bancadas federal e estadual do partido e afirmou que o DEM vai trabalhar não só para renovar o mandato dos seus atuais parlamentares, “mas vai se empenhar para ampliar a representação do partido”.

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*Da assessoria

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) condenou o deputado federal Fernando Filho (DEM) por propaganda eleitoral antecipada. Candidato à reeleição, o democrata foi condenado a pagar uma multa no valor de R$ 5 mil.

A sentença, proferida na última sexta-feira (24), refere-se ao processo que ele respondia pela instalação de um “cartaz de grandes dimensões com a imagem e o nome” dele durante o evento de reinauguração do Hospital Severino Távora, em Orobó, no Agreste, em maio deste ano. A denúncia foi feita pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).

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Na decisão, a desembargadora eleitoral Karina Albuquerque Aragão de Amorim declarou que o caso configura crime eleitoral ponderando que o uso de "outdoor ou assemelhado" é proibido durante a campanha e é considerado irregular antes dela. O ex-ministro de Minas e Energia do governo Temer ainda pode recorrer da decisão.

Segundo o TRE-PE, Fernando Filho foi notificado três vezes sobre o processo, mas não apresentou defesa.

A prefeita do município de Brejão, no Agreste de Pernambuco, Elisabeth Barros de Santana, conhecida como Beta Cadengue (PSB), foi denunciada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) por fazer propaganda eleitoral antecipada em benefício do pré-candidato a deputado federal João Campos (PSB). 

De acordo com o MPE, no último dia 1º de março, o nome de João foi divulgado durante festa em comemoração à emancipação política do município, por meio de letreiro luminoso com efeito outdoor em palco de show com grande público. O pré-candidato, contudo, não chegou a participar do evento. 

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Na denúncia, o MPE diz que “o uso de outdoors ou peças publicitárias com efeito outdoor durante todo o período eleitoral é proibido, porque a prática pode levar candidatos a cometer abuso de poder econômico, o que desequilibra a disputa eleitoral”. 

Outras propagandas antecipadas

A prefeita não foi a única acusada pelo órgão, o procurador regional eleitoral substituto, Wellington Cabral Saraiva, também denunciou o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Guilherme Uchôa (PSC), e o seu filho Júnior Uchôa, que são pré-candidatos às eleições deste ano, como deputado estadual e deputado federal, respectivamente, divulgaram sua imagem e enalteceram suas qualidades pessoais por meio de 24 outdoors instalados em ruas do Recife e do município de Goiana, na Zona da Mata Norte.

As peças publicitárias estampavam os seguintes dizeres: “Duas gerações que buscam um Pernambuco forte merecem grandes homenagens. Feliz Aniversário!”. Os juízes da 25ª Zona Eleitoral (Goiana) e da Comissão de Propaganda Eleitoral do Recife, no exercício de poder de polícia, determinaram retirada do material. A decisão já foi cumprida, segundo informação da empresa responsável pela afixação dos cartazes. 

Além deles, completa a lista o deputado federal Fernando Filho (DEM). Ele foi acusado de “divulgar sua imagem por meio de cartaz de grandes dimensões”, o que é considerado peça publicitária com efeito outdoor, em evento político destinado à reinauguração do Hospital Severino Távora, no município de Orobó, no Sertão pernambucano. 

“A peça publicitária contém imagem e nome do representado. É público e notório que ele é pré-candidato às eleições de 2018, pois, em 7 de abril deste ano, se filiou ao partido Democratas (DEM) e, conforme notícias não desmentidas, concorrerá a reeleição à Câmara dos Deputados por Pernambuco”, frisa o procurador regional eleitoral substituto.

O MPE salienta ainda que os acusados realizaram propaganda antecipada antes do prazo previsto pela legislação, que é após 16 de agosto, ou seja, a partir do registro das candidaturas. 

O órgão pediu que o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco aplique multa aos acusados no valor de R$ 5 mil a R$ 25 mil pela prática.

Defesas

Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, o deputado federal Fernando Coelho Filho afirmou que não foi notificado da acusação e sua defesa somente se manifestará após a notificação oficial. Beta Cadengue disse à reportagem que também não foi notificada e que se posicionará assim que tomar conhecimento da ação.

"Não fiz nenhuma propaganda irregular, não autorizei que fizessem nenhuma propaganda e não fui notificado pelo Ministério Público Eleitoral", disse João Campos via assessoria.

A assessoria de imprensa da Assembleia Legislativa pernambucana declarou em nota que Guilherme Uchôa "já se pronunciou perante à Justiça Eleitoral em relação a determinado assunto". Procurado, Júnior Uchôa não se manifestou.

*Com a Agência Estado

Deputados estaduais e federais pernambucanos utilizaram o prazo da janela partidária até o último minuto para mudar de legendas sem sofrer punições. O troca-troca de partidos aconteceu até o sábado (7), quando, por exemplo, o deputado federal Fernando Filho que já havia deixado o PSB e ingressado no MDB, deixou a sigla emedebista para se filiar ao DEM. A mudança foi justificada pela instabilidade no MDB com a briga jurídica entre o senador Fernando Bezerra Coelho e o vice-governador Raul Henry pela direção estadual do partido. 

Também na bancada federal pernambucana, quem aproveitou o período da janela foi o deputados Kaio Maniçoba que deixou o MDB e ingressou no Solidariedade (SD), legenda que também ganhou Carlos Eduardo Cadoca, expulso do PDT por votar a favor da reforma trabalhista e até então sem partido.

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Além deles, Marinaldo Rosendo e João Fernando Coutinho deixaram o PSB. O primeiro se filiou ao PP, já o segundo migrou para o PROS, assumindo o comando do partido no estado. O deputado federal Daniel Coelho também desembarcou do PSDB e seguiu para o PPS, visando presidir a sigla em Pernambuco e efetivar a renovação da agremiação em Movimento 23. 

Na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado Jadeval Lima foi o primeiro a efetivar a mudança partidária, deixando o PDT para se filiar ao PMN. Na lista do troca-troca, quem também mudou foi Álvaro Porto. Ele deixou o PSD e voltou para o PTB, partido que também ganhou na bancada Socorro Pimentel, até o momento no PSL. O presidente da Casa, Guilherme Uchoa, também deixou o PDT para ingressar no PSC. 

Apesar de a janela não abranger vereadores, Aline Mariano também aproveitou o prazo para deixar o MDB e entrar no PP. Ela disputará uma vaga na Alepe pelo partido.

O ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, não poupou as palavras para criticar o governador Paulo Câmara, neste sábado (3).  Durante o "Pernambuco Quer Mudar", o auxiliar ministerial do presidente Michel Temer falou que votou na última eleição no pessebista afirmando que não tinha a expectativa de que o governo Câmara fosse igual ao do ex-governador Eduardo Campos, mas que ao menos achava que seria mantido. "Foi pior do que imaginei", disparou.  

Fernando Filho falou que, durante esses anos, o governador vem perdendo aliados. "Pessoas que deixaram de acreditar o que foi um dia a esperança de um Pernambuco mais forte", lamentou. 

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O ministro contou que recebeu relatos de diversos prefeitos de que o Governo de Pernambuco começou a "bater" neles e em outros deputados que estariam "animados" com o projeto do grupo da oposição. 

O filho do senador Fernando Bezerra Coelho também falou que só tinha duas certezas. "Uma que estaremos juntos e a outra que vamos ganhar esta eleição". Ainda afirmou que "eles", em referência ao governo, gostam de fazer terrorismo. "O governo pode muito, mas o governo não pode tudo".  

Ele ainda garantiu que durante a andança do grupo no Estado não haverá espaço para "xingamentos" e nem falar mal dos outros. "Eu atendi o chamado de vocês de vir a Caruaru. Não é a minha região, sou um deputado sertanejo, mas não vai faltar a minha presença (...) vamos mostrar a esse que está aí com quantos votos se elege um governador".

Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Chesf, o deputado federal Danilo Cabral (PSB) afirma que o ministro Minas e Energia, Fernando Filho (sem partido), ao dizer que vai utilizar recursos da própria venda do setor elétrico para pagar subsídios com o objetivo de reduzir tarifas domésticas, admite que a privatização aumentará as contas de energia dos brasileiros. 

“É uma confissão de culpa do ministro, ele está admitindo que a conta de luz aumenta com a venda da Eletrobras. Essa medida, em primeiro lugar vai segurar artificialmente as tarifas e vai reduzir o pretenso lucro que o governo espera auferir com a venda da Eletrobrás”, criticou.

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Segundo Danilo Cabral, a atual política do Ministério das Minas e Energia é o aumento de preços. Entre julho e outubro deste ano, além do aumento na energia, houve elevação de preços do gás de cozinha (45%), da gasolina (16%) e do óleo diesel (20%). “Isso continuará se repetindo, principalmente com o desejo do governo de se desfazer do patrimônio nacional, como a Eletrobrás. Nossa luta é para mantermos nossa soberania, preservando esse setor tão estratégico para o país nas mãos da União”, acrescentou. 

Danilo Cabral também refuta a afirmação do ministro de que os opositores à privatização buscam palanque político. “Não existe politização, estamos defendendo os interesses do Brasil. A Frente é multipartidária, com diversos integrantes da base governista, assim como há governadores aliados do presidente Temer que se posicionaram contra venda de ativos do setor elétrico”, disse. Ele destacou que o governo sabe que não conta com o apoio de sua base para a privatização da Eletrobrás, tanto que recuou na forma. 

“Eles pretendiam fazer a venda do setor elétrico através de medida provisória, o que feriria a Constituição diretamente”, comentou Danilo Cabral. A própria Frente Parlamentar em Defesa da Chesf havia alertado que a Eletrobrás foi criada pela Lei Federal 3.890, de 1961, e só poderia ser vendida por meio de lei específica, com trâmite parlamentar regular. A expectativa é de que o texto seja enviado ainda nesta semana.

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, apresentará nesta segunda-feira (6) a proposta da nova modelagem da Eletrobras ao presidente Michel Temer. O assunto será discutido com o presidente, em reunião no Palácio do Planalto, que também terá a participação do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

A privatização da principal estatal do setor elétrico, com a possibilidade de venda de ações na Bolsa de Valores, foi anunciada pelo governo em agosto deste ano. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a medida tem o objetivo de dar mais competitividade e agilidade às operações da empresa. A expectativa é arrecadar R$ 12 bilhões.

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Na reunião de hoje, Temer pode definir com os ministros a forma como o processo de desestatização da empresa será encaminhado, se por decreto, medida provisória ou projeto de lei com urgência. Na semana passada, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, disse que a análise técnica já foi concluída e cabe aos ministros definir o percentual que cada investidor poderá ter no bloco de controle.

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, anunciou, mais cedo, em evento com empresários, na Espanha, que os detalhes do processo serão divulgados em breve. Na palestra, o ministro adiantou que o governo deve diminuir sua participação na Eletrobrás para menos de 40% e que a oferta de ações na Bolsa podem começar já no primeiro semestre do ano que vem. As informações foram divulgadas na conta do Twitter do Ministério do Planejamento.

Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT) comentou as declarações do ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB), sobre a possibilidade de privatização da Petrobras. Em entrevista ao programa Roda Viva na última segunda, o ministro disse que a privatização da estatal de petróleo e gás acontecerá, mas não agora. Segundo Humberto, a postura do ministro “acendeu o sinal vermelho quanto ao futuro da empresa”. 

“A Petrobras é mais que uma empresa, é um símbolo da soberania nacional. Tem uma importância inegável para o desenvolvimento e a história do Brasil. Não vamos deixar isso acontecer”, afirmou o senador. De acordo Humberto, dados de dezembro de 2016 apontavam que o valor de mercado da companhia era de R$ 211,64 bilhões.  

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O senador lembrou que, apesar dos percalços na imagem da empresa - ligada aos escândalos de corrupção da Lava Jato, a estatal segue tendo bons rendimentos. Somente no segundo trimestre do ano, a empresa registrou um lucro de R$ 316 milhões. 

“Não existe nada que justifique a venda de uma empresa tão sólida como a Petrobras. Isto sem falar no papel crucial que exerce em diversos setores da economia, inclusive no aumento do preço de outros produtos. A Petrobras é uma empresa forte competitiva e, mesmo depois da crise, segue como uma das maiores do mundo”, disse.

“Inimigo” de Pernambuco 

Humberto Costa também aproveitou para questionar, mais uma vez, a privatização da Eletrobras e, consequentemente, da Chesf. Na entrevista, Coelho Filho reforçou que a modelagem está sendo elaborada pelo Ministério de Minas e Energia juntamente com os ministérios da Fazenda e do Planejamento e deve passar pela oferta de novas ações no mercado.

Sob a análise do petista, Fernando Filho age como “inimigo de Pernambuco”. “Esse ministro age como inimigo de Pernambuco e do Brasil. Estão querendo vender todo o patrimônio dos brasileiros. A Chesf tem um papel relevante na vida dos nordestinos. Não podemos deixar que vendam as nossas empresas à preço de banana e depois cobrem essa conta dos consumidores, subindo a conta de luz e o preço do combustível”, concluiu o líder oposicionista.

O processo de privatização da Eletrobras e, consequentemente, da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) será levado para a procuradora-geral da República (PGR) Raquel Dodge. A medida foi anunciada nesta segunda-feira (2) pelo presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Chesf no Câmara dos Deputados, Danilo Cabral (PSB), durante uma reunião com o governador Paulo Câmara (PSB). Segundo ele, é preciso que a procuradora analise a forma como está sendo montada a modelagem da privatização e o impacto dela sob a ótica do direito do consumidor e da economia nacional. 

“Primeiro a Eletrobras foi toda criada e regulada através de uma lei e o processo de privatização não está seguindo esta lei. Segundo as consequências na ordem econômica e para o consumir. Isso pode levar a abertura de um procedimento administrativo de inquérito e, também, até uma provocação no Poder Judiciário, com a suspensão do processo de privatização, claro que isso vai ser discutido na PGR a partir de um conjunto de informações”, frisou. 

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Para o deputado, o alinhamento de Dodge com o Palácio do Planalto não dificulta o diálogo sobre o assunto ou uma possível intervenção da PGR. “A posição que ela passou foi de preocupação com o tema. Confio plenamente no encaminhamento que será dado por ela”, sinalizou. Danilo Cabral também informou que a Frente vai convidar os governadores do Nordeste para participarem da reunião com a procuradora.

Durante a reunião, Danilo também ressaltou que “o desmonte” protagonizado pelo presidente Michel Temer (PMDB) também tem se dado com a privatização da Eletrobras. “Ela deseja colocar na mão do privado a responsabilidade pela produção da política de energia do país”, cravou. Ele criticou ainda a ausência do diálogo do governo com a Frente e o que chamou de “falta de sensibilidade” do ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB), com a pauta. 

“Espero que o ministro, a partir deste conjunto de provocações que estão sendo feitas, abra um espaço para o diálogo. Ele esteve nas comissões da Câmara e eu disse, inclusive, a ele, que aquilo [a Renca] servisse de exemplo para que a gente não visse essa repetição. Se ele não tiver sensibilidade para reabrir este debate ele vai ser forçado a fazer isso pela mobilização que está cada vez mais crescente. Cada dia uma nova força se incorpora neste debate”, destacou. 

O presidente da Frente na Assembleia Legislativa (Alepe), deputado estadual Lucas Ramos (PSB) também participou do encontro e disse que o colegiado local vai entrar com uma ação civil pública contra a privatização da Chesf e acionar o Ministério Público Federal (MPF). 

“Não podemos permitir a venda da Chesf. É neste sentimento que a Frente Parlamentar vai entrar com uma Ação Civil Pública contra a privatização. E vamos acionar o Ministério Público Federal. A preocupação não é somente a importância econômica que tem a Chesf, mas a social. O que está posto é um governo que não dialoga com a população. Esta discussão urge”, declarou. Sob a ótica de Ramos, “o resultado financeiro é o único das privatizações do pacote oferecido pelo ministro de Minas e Energia e o presidente Michel Temer”.

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O senador Humberto Costa (PT) também salientou o impacto social da privatização da Chesf. “A Chesf é fundamental para ações sociais no Nordeste e essas ações que conteúdo social não serão prioridade a partir de uma gestão privada. O mais grave é que estamos abrindo mão de um patrimônio que foi construído ao longo do tempo e está sendo vendido a um preço vil. Não para ser investido, mas para tapar um rombo público e passar a falsa ideia de que estamos bem das contas”, observou.

Ainda na lista dos que se manifestaram no encontro, o presidente Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco, José Gomes Barbosa, classificou como "falácia do ministro" a privatização da Eletrobras. Já que, segundo o sindicalista, o auxiliar prometeu que "iam fortalecer o nosso sistema".

"A Chesf é uma empresa eficiente e muito mais do que a empresa de telefonia que é exemplo que eles usam de privatização. Ente privado nenhum vai valorizar e revitalizar o Rio", destacou, rebatendo as justificativas apresentadas pelo ministério de Minas e Energia sobre a venda dos ativos da estatal. Ele entregou ao governador uma carranca, para "espantar o espírito ruim" da privatização.

Também participaram do encontro os deputados federais Luciana Santos (PCdoB), Severino Ninho, Tadeu Alencar e Creuza Pereira,  já entre os estaduais estão Isaltino Nascimento, Aluísio Lessa e Laura Gomes, todos do PSB.

A modelagem para a privatização da Eletrobras e, por consequência da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), deve ser apresentada em outubro. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (25), pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB). Segundo ele, o pleito apresentado por diversas frentes parlamentares e os governadores do Nordeste, contrários a venda dos ativos da Chesf, para suspender o processo por 120 dias não será atendido.  

“Na verdade a modelagem está sendo debatida. Li a carta dos governadores, respeito e estamos abertos ao diálogo. Vamos ter a oportunidade de prestar os esclarecimentos que são levantados na carta. A privatização da empresa vem para fortalecer o setor energético. Ela vai ser tocada e gerida de uma forma mais eficiente, o que a gente não viu nos últimos anos. Tem uma série de distorções na empresa que não dá mais para bancar a ineficiência”, salientou, pontuando um prejuízo anual de R$ 32 milhões. 

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O projeto que vai delimitar os detalhes da privatização da Eletrobras deve ser fechado em até dez dias. “Está 90% fechado, mas ainda precisamos tomar algumas decisões. A expectativa é de que no começo da próxima semana  já seja apresentado”, informou o ministro.

Se furtando de um debate político, Fernando Filho, que foi recepcionado por um protesto de funcionários da Chesf quando chegou ao Fórum Nordeste 2017, no Recife,  disse que “há inverdades sendo difundidas sobre o assunto”. “Nossa expectativa é poder fazer um debate, aqueles que apenas querem fazer disso uma disputa e um palco político não podemos mudar muito. Entendo que seja mais uma luta política do que no mérito. Quem quer que seja que fique com as usinas da Chesf no Rio São Francisco, vai usar parte dos recursos para  revitalização do rio. A ideia é que dure 30 anos e a empresa submeta este plano ano a ano ao Comitê das Bacias”, salientou. 

Paulo Câmara quer mais debate

Apesar da promessa do ministro por mais articulações sobre a privatização da Chesf, porta-voz do debate firmado pelos governadores contra a venda, Paulo Câmara (PSB) afirmou que é necessário abrir um diálogo mais constante sobre o assunto. “Esperamos que haja um momento de reflexão diante da importância que tem o assunto. Precisa de uma discussão mais profunda, clara e transparente. No momento de crise e confusão é o momento de termos uma reflexão necessária”, declarou. 

Ministro da Educação e presidente do DEM em Pernambuco, Mendonça Filho afirmou, nesta segunda-feira (25), que o partido deve ampliar a bancada na Câmara dos Deputados com a debandada de parlamentares do PSB. Na projeção do pernambucano, a expectativa é de que, no mínimo, nove deputados migrem para a legenda, resultando no salto de 31 para mais de 40 membros. As articulações, segundo ele, já estão praticamente concluídas e o DEM aguarda a reforma eleitoral, em trâmite no Congresso Nacional, para consolidar o processo.

“Aguardamos a definição da nova legislação eleitoral para que possamos ter uma conclusão com parte da bancada do PSB, tendo em vista o posicionamento do partido em termos nacionais. O processo natural de migração já está praticamente consolidado. Esse processo a rigor acontece há alguns meses, parte da bancada do PSB já manifestou sua intenção de deixar o partido”, declarou.

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O DEM, entretanto, não é o único partido de olho nos dissidentes do PSB. O PMDB também está namorando os quadros socialistas e isso tem gerado embates. O ministro, por sua vez, amenizou o desgaste.  “Não está tendo uma briga entre Democratas e PMDB. Há a rigor o processo de migração do PSB para o Democratas que está se dando em clima de entendimento e normalidade”, frisou. Pessebistas de estados como Maranhão, Ceará e Piauí já são dados como certos no DEM. Nos bastidores, empasses em alguns estados se dão por conta do comando do partido, estratégia utilizada pelo PMDB.  

Entre os dissidentes do PSB, está o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, que é um dos cogitados migrar para o DEM. Ele afirmou que “boa parte do PSB sinaliza ir para o DEM quando abrir a janela partidária”, mas não confirmou o rumo que tomará. "Vamos aguardar a janela legal", desconversou. Fernando Filho conversou com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) sobre o assunto, mas não deu detalhes. Os ministros participaram na manhã desta segunda do Fórum do Nordeste 2017, no Recife. 

O alinhamento dos partidos contrários à reeleição do governador Paulo Câmara (PSB) tem se intensificado nos últimos dias. Para reforçar a postura, o grupo composto por lideranças como os senadores Armando Monteiro (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (PMDB), além dos ministros Bruno Araújo (PSDB - Cidades) e Fernando Filho (PSB - Minas e Energia), participou da Missa do Vaqueiro de Canhotinho, no Agreste pernambucano, nesse domingo (10). 

As lideranças foram recebidas pelo prefeito Felipe Porto (PSD) e o deputado estadual Álvaro Porto (PSD). Também estiveram presentes os deputados estaduais Silvio Costa Filho (PRB) e Priscila Krause (DEM). Durante a passagem deles pela cidade, não faltaram críticas a Paulo Câmara. 

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Diante da afirmação de Álvaro Porto de que embora a missa esteja no calendário oficial de eventos de Pernambuco, o governo “Paulo Câmara não destinou nem um centavo à festa”. “A festa vai ser maior ainda daqui a dois anos, quando não estiver governando esse Estado esse governador inoperante que aí está. A Missa do Vaqueiro é a voz de Pernambuco que clama por mudança e nós vamos mudar”, disparou o senador Armando Monteiro, classificando como um “quadro de mediocridade” a “vida política” de Pernambuco.

Novas forças até outubro e nomes em fevereiro

A expectativa do senador Fernando Bezerra Coelho é de que a frente opositora a Paulo Câmara seja composta por PMDB, PSDB, DEM e PTB. Já a definição de quem serão os candidatos deve ficar para fevereiro. “A frente deve ser definida até final de outubro. A partir daí iremos apresentar para a reflexão dos pernambucanos uma espécie de proposta”, salientou o senador. 

Caso Armando confirme a convergência, outros três partidos podem ser aglutinados ao grupo: PRB, Podemos e Avante. O senador petebista é considerado candidato natural ao cargo de governador e já disse que descarta disputar na vaga de vice. 

Presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro acredita que os senadores Fernando Bezerra Coelho (PMDB) e Armando Monteiro (PTB), além dos ministros Bruno Araújo (PSDB), Mendonça Filho (DEM) e Fernando Filho (ainda no PSB), estão organizando um “arranjo eleitoral” e “fingindo” fazer oposição ao governador Paulo Câmara (PSB). Sob a ótica do petista, os cinco políticos compõem um palanque “em torno de uma mesma ideia” já pregada pelos pessebistas. 

“As forças em Pernambuco que articularam o golpe agora estão divididas. Estão se realinhando. Há uma nova direita que se agrupa com Fernando Bezerra, Bruno Araújo, Mendonça e Armando Monteiro. São os que representam este modelo de país que Temer e o PSDB impuseram com o golpe parlamentar de um lado e o PSB que também apoiou a fraude do impeachment do outro”, frisou, ao comentar o anúncio do PMDB de que vai concorrer ao Palácio do Campo das Princesas em 2018.

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“Na verdade são arranjos eleitoreiros, acomodações para disputar o poder em torno de uma mesma ideia. Todos eles representam o Brasil de Temer, que eles forçaram e impuseram ao povo brasileiro… Essas pessoas estão no mesmo arranjo eleitoral e fingindo que estão na oposição”, acrescentou o dirigente. 

Bruno Ribeiro afirmou que o PT segue firme na articulação pela candidatura própria. “É uma decisão que uniu todo o partido. Temos uma unanimidade no diretório estadual. Apresentar uma candidatura própria não é só uma candidatura, a esquerda tem uma missão de propor ao povo pernambucano uma saída para este retrocesso que essas forças que impuseram ao estado”, salientou. 

O dirigente, entretanto, desconversou ao ser indagado sobre se a vereadora do Recife Marília Arraes seria realmente a candidata. “É um dos grandes nomes que temos no PT, um quadro querido, mas ainda não estamos na fase de discutir nomes. Marília é uma das possibilidade, temos outras”, disse. Nos bastidores, Marília vem sendo apontada como única opção mais viável da legenda. 

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A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) instala, nesta terça-feira (5), às 10h, a Frente Parlamentar em Defesa da  Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). Quem vai coordenar os trabalhos do colegiado estadual é o deputado Lucas Ramos (PSB). De acordo com ele, o grupo vai analisar a situação atual da Chesf e produzir um relatório apontando os prejuízos que a proposta de privatização apresentada pelo Ministério de Minas e Energia poderá causar à estatal.  

“A Chesf é um patrimônio do Brasil e representa muito para região Nordeste. É um conjunto de oito usinas e 128 subesatações que geram e distribuem energia para boa parte do país, além de controlar reservatórios que garantem o uso múltiplo da água do Rio São Francisco”, explicou o pessebista. “Nossa frente parlamentar irá propor uma agenda de visitas às assembleias legislativas nordestinas e a realização de audiências públicas para que toda a região demonstre sua posição contrária à venda da companhia”, acrescentou.  

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Também compõem o colegiado os deputados Odacy Amorim (PT), Tony Gel (PMDB), Zé Maurício (PP), Rodrigo Novaes (PSD) e Laura Gomes (PSB). A instalação acontece um dia depois de a Alepe discutir em audiência pública o assunto. Durante o debate, argumentos contrários ao processo e ideias para ampliar a discussão foram expostas. Além de críticas diretas ao ministro responsável pelo processo de privatização, Fernando Filho (PSB). 

A tendência de que o grupo dos Coelhos desembarque do PSB está cada vez mais confirmada. Além das articulações entre o senador Fernando Bezerra Coelho e outros partidos, como o PMDB, a divisão da legenda socialista em Pernambuco está cada vez mais latente diante da representatividade do grupo no cenário local e nacional. A última sentença divisória foi a postura do ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, diante da privatização da Eletrobras e, por consequência, da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). 

De acordo com o deputado federal Danilo Cabral, o fator pode ser mais um episódio para afastar mais o auxiliar de Michel Temer da legenda, mas não a “gota d’água”. “Não acredito que vai ser o definidor, pode ser mais um episódio. Isso é um processo. Vem lá de trás, desde a ida do partido para o governo. A divisão [do PSB] começou com a ida dele para o governo, o partido decidiu que não teria ninguém representando no governo do presidente Temer. Ele fez um voo solo, autônomo e em nome de alguns parlamentares que validaram”, destacou. 

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Danilo reforçou que o PSB é oposição ao presidente Michel Temer. “Fernando Filho não representa do PSB dentro do ministério. O PSB é oposição ao governo Temer, isso está muito claro, ainda mais depois da postura dele sobre a privatização. Isso aprofunda ainda mais as divergências que nós temos, acredito que pode ser mais um episódio, mas não que vá ser o motivador. Antes disso, o senador Fernando Bezerra já estava sinalizando a mudança de partido”, destacou.

Tanto o ministro quanto o senador, além do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho estão ensaiando o desembarque do partido sob a justificativa de que “não há mais clima”, após o início de um processo contra 16 deputados federais que votaram a favor de pautas governistas, como a reforma trabalhista. Nos bastidores, já é dada como certa a migração deles para o PMDB, inclusive, com a intenção de disputa pelo comando do Palácio do Campo das Princesas, hoje ocupado pelo governador Paulo Câmara (PSB) que disputará a reeleição. 

O início do processo de privatização de ativos da Eletrobras, que também pode levar à venda da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB), tem repercutido diante do setor energético e entre os políticos. Uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) tratou sobre o assunto, nesta segunda-feira (4). Durante o debate, argumentos contrários ao processo e ideias para ampliar a discussão foram expostas. 

Presidente da Frente em Defesa da Chesf na Câmara dos Deputados, Danilo Cabral (PSB) reafirmou que ainda hoje vai dar entrada em um requerimento pedindo para que o processo seja suspenso por 120 dias. “Está muito claro que faltam informações. O que mais chamou a atenção é que a Chesf não foi ouvida. Ela sequer teve direito de saber o que ia acontecer, quem dirá a sociedade. É um patrimônio do nordestino. Não é a primeira vez que isso ocorre”, declarou.

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Segundo Cabral, a junção das “forças políticas de Pernambuco” ajudaram a impedir uma posterior privatização da Chesf. “Isso não é uma bandeira de ninguém individualmente, mas de todos os pernambucanos e nordestinos. Faço o apelo para que o ministro possa dar um tratamento aos pernambucanos igual ao que ele deu a Renca na Amazônia. Ele que é um pernambucano, uma pessoa que tem as suas origens no São Francisco deve muito ao rio [São Francisco], espero que ele não tenha nenhum gesto de ingratidão com o rio”, observou.

A cobrança por gratidão não foi a única crítica a Fernando Filho. Fora os gritos com título de “traidor” remetidos a ele, oriundos da plateia composta por “chesfianos” - termo usado para se referir aos funcionários da Chesf - políticos aliados e de oposição ao PSB não pouparam o pernambucano. Fernando Filho, inclusive, tem base eleitoral em Petrolina, no Sertão.

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“Fico triste por ser da nossa terra a pessoa que faz esta proposta. É lamentável que nossa representação política federal esteja fazendo feio”, disparou o deputado estadual Odacy Amorim (PT), que também é petrolinense. “Precisamos abrir uma discussão. Conclamo o ministro para que abra a discussão e tenha coragem de debater isso. Este não é o momento de privatizar. É inadmissível, o povo do Vale do São Francisco não está satisfeito”, acrescentou. 

A postura do petista foi corroborada pela deputada Teresa Leitão (PT). “A Chesf é do Nordeste e o ministro de Minas e Energia é de Pernambuco, mais precisamente de Petrolina ele pode não ter o calor e o ideário do pernambucano, mas ele é. Estou citando isso porque é verdade que esta é uma luta suprapartidária, mas não deixa de ser uma luta política. Esta posição deste ministro está cheia de componentes políticos. De apoio ao golpe, de divisão do seu partido, do que eles dominam historicamente e há décadas no território de Petrolina”, disparou. 

Contudo, a crítica ao ministro não foi apenas de parlamentares de oposição. O deputado Tadeu Alencar (PSB) chegou a dizer que “infelizmente o ministro era do partido” dele e a deputada Laura Gomes (PSB)  também declarou que o governo não tem legitimidade para guiar a iniciativa

Propostas para a defesa da Chesf

Mesmo com o debate acalorado, a audiência foi concluída com a proposta feita pelo deputado estadual Isaltino Nascimento (PSB) como primeiras ações da Frente Estadual em Defesa da Chesf que será instalada nesta terça-feira (5), na Alepe. Além de propor uma manifestação de rua para setembro, o parlamentar também sugeriu que haja uma união dos estados do Nordeste sobre a pauta. 

“Devemos convocar as oito assembleias para junto com os seus deputados debaterem conosco este assunto.Também proponho que nós assinemos uma Ação Civil Pública contrária a privatização e busquemos o apoio do Ministério Público Federal (MPF) para que eles a patrocinem. Não podemos deixar que o patrimônio público seja entregue”, frisou Isaltino. A Chesf possui 12 hidrelétricas e mais de 20 mil quilômetros em linhas de transmissão no Nordeste. 

O desconforto no PSB com a postura do ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, de comandar a tese de privatização da Eletrobras e, consequentemente, da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), foi exposta pela deputado federal Tadeu Alencar (PSB), nesta segunda-feira (4). Ao discursar durante uma audiência pública que aborda o assunto no Recife, ele chegou a dizer que a postura é adotada "infelizmente por um ministro que é pernambucano e do meu partido". Ele é o primeiro pessebista a expor a divergência.

Questionado em seguida pela imprensa sobre a ponderação, Tadeu justificou. "O PSB sempre teve atitudes em defesa da soberania nacional. Este governo de Michel Temer vem contrariando os valores do PSB, com uma atitude que não discute assuntos delicados. É uma pena que um militante filiado ao PSB esteja defendendo uma proposta sem o debate necessário, se tem um diagnóstico profundo no ministério, ele não foi discutido com a socideade. É uma decisão que não foi discutida com a academia, o Congresso. Não houve nenhuma discussão profunda", observou. "Para se ter ideia, nem a direção da empresa participou desse debate", acrescentou.

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Sob a ótica de Alencar, a discussão em defesa da Chesf não pode ser "sufocada" por questões partidárias. A referência se diz respeito ao imbroglio interno que, de acordo com informações de bastidores, deve resultar na desfiliação do ministro e do grupo que faz parte, comandado pelo senador Fernando Bezerra Coelho, do PSB. "São debates distintos. Não podemos poupar mesmo sendo ele do PSB. Nossa postura de bancada não pode ser sufocada pelo debate partidário", reforçou. Mesmo com a crítica, Tadeu não quis comentar a classificação de "traidor" feito pela plateia a Fernando Filho. 

A possível chegada dos Coelhos no PMDB não deve interferir apenas na direção do partido e nos planos para 2018, mas também tende a causar desfiliações. Opositor ferrenho do grupo liderado pelo senador Fernando Bezerra Coelho em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, o ex-prefeito da cidade, Julio Lossio, afirmou ao LeiaJá que já não se sente mais parte integrante do PMDB e está articulando para deixar o partido.

“O PMDB é desde sua fundação uma colcha de retalhos. Contudo desde o movimento que destituiu a presidente Dilma, que particularmente considero antidemocrático, já não me sinto mais parte integrante”, declarou, ao ser questionado como avaliava a possível filiação do senador e dos filhos, Fernando e Miguel Coelho, na legenda. Sem tratar diretamente dos eventuais novos correligionários, Lossio acrescentou: “os caminhos que o PMDB toma já não mais me interessam”.

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Questionado se estava realmente firmando tratativas para migrar para o PT, o o ex-prefeito negou. “Não irei para PT. Estou conversando com pessoas de diversos partidos, mas confesso que no momento estou muito focado nas minhas atividades médicas”, observou. Depois de dois mandatos à frente da prefeitura de Petrolina, Lossio não conseguiu eleger seu sucessor na eleição em 2016 e, desde então, se dedica às atividades de médico oftalmologista. 

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