Negociação da reabertura de agências bancárias não avança

O presidente da Amupe quer saber do Banco do Brasil os reais motivos para o fechamento desses estabelecimentos no interior do estado

por Taciana Carvalho seg, 06/11/2017 - 20:37
Clélio Tomaz/LeiaJáImagens/Arquivo Clélio Tomaz/LeiaJáImagens/Arquivo

O prefeito de Afogados da Ingazeira e presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota (PSB), passou toda a segunda-feira (6) em busca de uma resposta do Banco do Brasil a respeito do fechamento de agências bancárias no interior de Pernambuco. Ao todo, neste ano, já são 12 fechadas, que tem ocasionado revolta da população. 

Patriota, em entrevista concedida ao LeiaJá, falou que a promessa era de que fossem reabertas, mas até agora nada. “Nós fomos atrás dos argumentos do Banco do Brasil hoje. O banco falou duas horas sobre violência e assalto. No final da reunião, nós levantamos os dados sobre a violência. No ano passado foram 75 assaltos às agências do Banco do Brasil, mas neste ano foram cinco. Então, esse argumento valia o ano passado, esse ano não. Eles também estão alegando que é Brasília, não há argumento”, contou. 

Patriota disse que o povo está sofrendo e que vai começar a se manifestar. “Nós vamos para Brasília e vamos judicializar. O povo também vai se manifestar porque estão revoltados. Estão todos doidos para vir até a capital. O que está acontecendo é algo doloroso, desrespeitoso e discriminatório. Como paga conta de água, de luz?”, indagou. 

O pessebista também falou do problema das pessoas que têm que se deslocar até outra cidade, percorrendo muitos quilômetros, para poder realizar suas transações e que muitos têm medo de serem assaltados no caminho por causa da exposição. “Ainda mais tem essa: a população fica com medo de ser assaltada porque os caras sabem que têm dinheiro, além de acidentes no meio da estrada. É uma cadeia de problemas”. 

“Nós pedimos, primeiro, por transparência. Quais são os critérios utilizados para o fechamento? Inviabilidade econômica? Ninguém disse que não tinha viabilidade, pelo contrário, então, os comerciantes, os agricultores, os aposentados, os pensionistas estão tendo que ser transportados em ambulâncias chegando duas horas da manhã na fila do banco para ser, às vezes, atendido duas horas da tarde. Como é que pode?”, criticou Patriota. 

 

Ele ainda falou que os funcionários não estão preparados para recepcionar as pessoas. “O pessoal de Orocó vai para Cabrobo, aí o banco pede para ir para outra cidade quando ele chega lá. O cidadão tem que pagar o transporte público e ainda não ser atendido?”, questionou. 

 

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