Coronel Mário Cavalcanti é alvo de operação da PF

Ele era o chefe da Casa Militar em 2010, quando segundo a Polícia Federal, aconteceram fraudes em contratos e licitações da chamada 'Operação Reconstrução', que prestou assistência às vítimas das enchentes que devastaram diversos municípios da mata-sul pernambucana naquele ano

por Giselly Santos qui, 09/11/2017 - 11:20
Giselly Santos/LeiaJáImagens/Arquivo Giselly Santos/LeiaJáImagens/Arquivo

O coronel Mário Cavalcanti é um dos alvos de Operação Torrentes, deflagrada nesta quinta-feira (9), pela Polícia Federal (PF) de Pernambuco. Ele foi chefe da Casa Militar entre os anos de 2007 e 2015, quando deixou o cargo para assumir a intervenção estadual em Gravatá, no Agreste do Estado. Além dele, o ex-comandante da Polícia Militar, Coronel Carlos D'Albuquerque, também está entre os alvos. Contra eles foram cumpridos mandados de condução coercitiva expedidos pela Justiça. 

A operação policial foca na desarticulação de um esquema criminoso de desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e corrupção de servidores públicos vinculados à Casa Militar durante a chamada “Operação Reconstrução”, criada para assistência às vítimas das enchentes que devastaram diversos municípios da mata-sul pernambucana em junho de 2010. 

Também foram verificados indícios de superfaturamentos e inexecução de contratos. A PF está em dez estados (PE, PB, MT, RO, AL, MA, RN, RR, AP, SE) cumprindo 71 mandados judiciais, sendo 36 de busca e apreensão, 15 de prisão temporária e 20 de condução coercitiva em Pernambuco e no Pará.

De acordo com a PF, todos os alvos serão levados para a sede da instituição em Pernambuco. Todos os presos serão interrogados e dependendo do seu grau de participação e envolvimento responderão pelos crimes de peculato, fraude em licitação, corrupção ativa e passiva e associação criminosa, cujas penas ultrapassam os 25 anos de reclusão. Após serem ouvidos todos serão encaminhados para fazer exame de corpo de delito e compareceram à audiência de custódia e caso seja ratificada suas prisões os civis serão encaminhados para o Cotel e Colônia Penal Feminina e os militares para uma instituição designada pelo Comando da Polícia Militar de Pernambuco.

Os prejuízos aos cofres públicos ainda estão sendo contabilizados porque a Casa Militar à despeito de várias solicitações feitas pela Controladoria-Geral da União, não havia encaminhado os comprovantes de despesas que são essenciais para efetuar o respectivo levantamento.

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