Edilson junta apoios para CPI sobre a Operação Torrentes

Na avaliação do deputado, há 'fortes suspeitas de irregularidades e de condutas corruptas por parte de membros do Governo' nos fatos investigados

por Giselly Santos qui, 30/11/2017 - 08:54

O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) está coletando assinaturas dos pares na Assembleia Legislativa de Pernambuco para que seja instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) visando apurar os fatos investigados pela Operação Torrentes, deflagrada pela Polícia Federal (PF) no início deste mês, que apura supostos desvios de verbas repassadas pela União para prestar assistência às vítimas das enchentes na Mata Sul em 2010 e 2017. 

As irregularidades, de acordo com a PF, foram cometidas por servidores vinculados à Secretaria da Casa Militar do Estado de Pernambuco. Na investigação foram encontrados indícios de direcionamento de contratos em troca de contrapartidas financeiras. Onze pessoas estão presas, entre elas militares e empresários. Na avaliação de Edilson Silva, há “fortes suspeitas de irregularidades e de condutas corruptas por parte de membros do Governo”, ao longo das operações Reconstrução (2010) e Prontidão (2017).

O requerimento para a CPI foi protocolado na última segunda-feira (27). Para ser instalada a CPI, são necessárias 17 assinaturas de deputados estaduais. Até final da tarde dessa quarta-feira (29), após o encerramento da sessão plenária da Casa, já haviam assinado o requerimento os seguintes parlamentares: Álvaro Porto (PSD), Augusto César (PTB), Bispo Ossessio Silva (PRB), Edilson Silva (PSOL), Joel da Harpa (Pode), José Humberto Cavalcanti (PTB), Odacy Amorim (PT), Priscila Krause (DEM) e Sílvio Costa Filho (PRB). 

Para embasar a solicitação, o psolista reforçou ainda que o “núcleo político” da gestão estadual já foi alvo de seis operações da Polícia Federal nos últimos anos. “É chegada a hora, diante de fatos extremamente robustos, de esta Casa se pronunciar. Nós precisamos desencadear um processo político que dê um ganho de transparência e de acompanhamento da sociedade sobre aquilo que está acontecendo”, defendeu.

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