FBC dispara contra Jarbas: 'imperador de uma casa vazia'

Senador rebateu críticas do deputado federal e, em uma espécie de guerra fria, disse que Jarbas Vasconcelos é “homem que ao longo de tantas décadas notabilizou-se por difamar e atacar quem dele discorda”

por Giselly Santos ter, 02/01/2018 - 12:53
Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo

O senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) não poupou as palavras ao fazer um perfil do deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB) em um artigo publicado nesta terça-feira (2) no jornal Folha de São Paulo. No texto, Bezerra chama Jarbas de “alma movida pelo ódio” e “homem que ao longo de tantas décadas notabilizou-se por difamar e atacar quem dele discorda”.

A postura exposta pelo senador rebate um artigo, publicado no mesmo jornal, pelo deputado. No texto, Jarbas acusou FBC de ter uma trajetória marcada por “adesismos de ocasião e segue enrolado com a Justiça. Como uma espécie de nômade partidário, foi filiado ao PDS, ao antigo PFL, ao PMDB, ao PPS, ao PSB e agora voltou a integrar o PMDB”. Os dois vêm se desentendendo desde que iniciou a briga pelo comando do PMDB de Pernambuco.

Em uma espécie de “guerra fria”, o senador disse que “para o bem da verdade, alguns pontos devem ser esclarecidos”. “Jarbas fala em contradições dos outros, quando sua biografia é marcada justamente por incoerências e traições. Chama a mim de adesista, mas aceitou meu apoio em 1990, quando meu pai foi seu candidato a vice-governador; em 2002, na disputa pela reeleição; e em 2014, quando foi eleito para a Câmara dos Deputados”, lembra.

No artigo, ele discorre sobre outros momentos da política e diz que “na aurora da redemocratização, em 1982, ele traiu Miguel Arraes (1916-2005), impedindo o ex-governador de retomar nas urnas o mandato cassado em 1964”.

Fernando Bezerra pontua também que em 2010, Jarbas “chamou Eduardo Campos (1965-2014) de coronel e mau caráter” e, depois, “para não ser empurrado de vez para fora da política, procurou Eduardo, suplicando uma sobrevida”. “Do dia para a noite, passou a elogiar justamente aquele a quem sempre detratou. Fato que até hoje é motivo de ironia nos meios políticos de todo o país. Todos sabemos que Jarbas Vasconcelos foi ressuscitado, com muito custo, pelo propósito de Eduardo Campos de construir uma unidade política”, declara.

O senador ainda afirma que Jarbas “lambeu as botas de Eduardo” e tenta fazer o mesmo com o presidente Michel Temer (MDB), apesar de se colocar como “paladino da ética” e ter o nome citado em diversas investigações, como a própria Lava Jato.

“Este é Jarbas Vasconcelos. Uma pessoa que destila amargor e ressentimentos. Um político que ataca os outros sem jamais fazer qualquer autocrítica. Um homem tomado pela soberba, imperador de uma casa vazia, que tenta segurar-se no comando de uma legenda para garantir mais alguns anos de cargos públicos. Um final melancólico para quem plantou ódio por toda uma vida”, conclui.

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