Vice-governador do Pará descarta renúncia e mira eleição

Zequinha Marinho (PSC) anunciou que permanece no cargo. Decisão cria embaraço para o governador Simão Jatene, que estuda desincompatibilização.

qui, 22/03/2018 - 09:31
Agência Pará Zequinha Marinho jogou suas cartas na mesa na corrida eleitoral Agência Pará

O vice-governador do Pará, Zequinha Marinho, anunciou, em comunicado divulgado nesta quinta-feira (21), que não vai renunciar ao cargo, como era desejo do governador Simão Jatene (PSDB). A nota de esclarecimento, enviada de Brasília, após uma reunião com a Executiva Nacional do PSC, partido do qual Zequinha é presidente regional, confirma a disposição do vice-governador de disputar as eleições de outubro como candidato ao governo, ao Senado Federal ou como vice em uma chapa na corrida para o Executivo estadual.

A decisão de Zequinha confunde a cena política paraense. Informações de bastidores dão conta de que a permanência do vice-governador atrapalha os planos de Jatene de se desincompatilizar para abrir caminho à candidatura do deputado estadual Márcio Miranda (DEM), com apoio do PSDB. Miranda vai enfrentar nas urnas o ministro da Integração Regional, Helder Barbalho (MDB). Os dois pré-candidatos admitem uma composição com o bloco de Zequinha Marinho.

Com Marinho no cargo de vice-governador, no caso de desincompatilização de Jatene, Márcio Miranda, presidente da Assembleia Legislativa (Alepa), não poderá ssumir o comando do governo do Estado até as eleições. Veja, a seguir, a nota de Zequinha Marinho:

"Sempre fui solícito e colaborativo com todos. Quem me conhece, sabe disso!Após ouvir exaustivos debates, com a Executiva Estadual e a Executiva Nacional do meu partido, as duas, unanimemente, discordaram da possibilidade de renúncia. Por uma questão de princípios, quem me conhece sabe que tenho uma linha de conduta, uma palavra, firmeza e um estilo próprio de pensamento e comportamento. Dessa forma, meus amigos, lamento não ter como colaborar com o projeto do governador renunciando ao meu mandato. Não nos furtaremos ao diálogo na construção de qualquer outra alternativa.Deixo claro que não tenho nada contra ninguém. Só quero continuar tendo condições de andar na rua de cabeça erguida nesse difícil momento da política do Brasil".

Da Redação do LeiaJá.

 

 

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