Marina diz que apoiou Eduardo por não poder ser candidata
A pré-candidata a presidente disse que houve uma ação política, em 2013, para excluí-la da eleição presidencial de 2014 e que apoiou Eduardo Campos por causa desse contexto
Na capital pernambucana, na noite desta quinta-feira (14), a pré-candidata a presidente Marina Silva, durante coletiva de imprensa, afirmou que uma reforma eleitoral foi feita com intenção de deixá-la fora da disputa presidencial de 2018 citando, como exemplo, ter apenas 8 segundos de programa durante a campanha. A presidenciável falou que, em 2013, também houve uma manobra e que por isso decidiu apoiar o então candidato a presidente Eduardo Campos no pleito de 2014 para poder “contribuir com o Brasil”.
“Em 2013, fizeram isso anulando as fichas de criação da Rede Sustentabilidade, foi uma ação política deliberada e, naquele contexto, eu entendi que deveria apoiar o Eduardo Campos para poder contribuir para o Brasil e desta vez [2018], já que a Rede estava criada, foi feita uma reforma eleitoral em que o fundo partidário fica para os grandes partidos e o tempo de televisão igualmente para eles. Obviamente que, agora com mais forças, fizeram isso”, disse.
Marina falou que muitos políticos não estão concorrendo a um mandato no Executivo e nem no Legislativo. “Estão concorrendo para um salvo-conduto, para um habeas corpus porque temos ali mais de 200 investigados onde o próprio presidente só não está investigado por causa do toma lá dá cá”, criticou.
Marina também falou sobre a declaração do presidente do PSB, Carlos Siqueira, que definiu como uma “fake news” o fato da ex-senadora ter anunciado em uma entrevista que negociava uma aliança com o PSB. Ao jornal O Globo, nesta semana, Siqueira chegou a dizer que essa possibilidade que não passaria de “sonho” de Marina. “Em primeiro lugar eu acho que a matéria que foi feita e a manchete que foi dada induziu o presidente a uma declaração injusta que eu acho que ele próprio ao tomar conhecimento do contexto e do texto há de entender que eu tenho um profundo compromisso com a verdade e respeito pelo PSB”, ressaltou a pré-candidata.
Ela garantiu que a conversa será feita com partidos que se disponham e estejam alinhados ao campo programático da Rede. “Obviamente que temos partidos históricos com os quais caminhamos em 2014 e que da nossa parte estaremos sempre abertos para o diálogo, até porque, numa eleição em dois turnos a gente não pode finalizar o diálogo no primeiro porque no segundo a gente tem que ter condição de conversar. É com esse espírito que nós conversamos com as pessoas e obviamente que respeitamos aqueles que, por ventura, por alguma razão assim não deseje”.
Ainda disse que alguma alianças já estão sendo antecipadas e contou que foi firmada uma carta de compromisso com os movimentos Agora, Acredito, Brasil 21, Frente Favela e outros por serem a “força viva” da sociedade ávida por mudanças.