Gleisi diz ser vítima de 'acordo espúrio' da Lava Jato

Em defesa própria, a senadora classifica a denúncia como 'absurda' e 'falsa', chamando de mais um 'capítulo da perseguição do Ministério Público da Lava Jato ao PT'

por Giselly Santos ter, 19/06/2018 - 09:14

Presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), a senadora Gleisi Hoffmann (PR) aparece, nesta terça-feira (19), em um vídeo publicado nas redes sociais se defendendo da denúncia de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em crimes investigados pela Lava Jato. O julgamento das acusações que pesam contra a petista começa hoje no Supremo Tribunal Federal (STF). Na gravação, Gleisi diz ser vítima de um acordo entre promotores do Ministério Público e criminosos condenados. 

Em defesa própria, a senadora classifica a denúncia como “absurda” e “falsa”. Além disso, segundo ela, não passa de mais um “capítulo da perseguição do Ministério Público da Lava Jato ao PT”. 

“Há quatro anos eu e minha família temos que viver sob o peso de acusações falsas produzidas em um acordo entre promotores e criminosos condenados, em troca de benefícios penais e financeiros para os delatores. Para construir a falsa denúncia eles fizeram e refizeram as delações de presos… É uma história sem pé nem cabeça, a acusação nem é contra a minha pessoa, mas contra a minha campanha de 2010”, salientou Gleisi.

De acordo com a denúncia, a presidente nacional do PT é acusada de solicitar e receber R$ 1 milhão oriundos de um esquema de corrupção instalado diretoria de abastecimento da Petrobras que teria favorecido a campanha dela ao Senado em 2010.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), foram feitas quatro entregas de R$ 250 mil cada, que teriam sido utilizados na campanha de Gleisi sem registro. A denúncia é fundamentada nas delações premiadas do ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. 

No vídeo, Gleisi reforça, inclusive, que não conhece nem Paulo Roberto nem Alberto Youssef. “Está claro que este processo é totalmente fantasioso, eu me pergunto, que tipo de acordo espúrio e que sorte de benefícios foram dados para forçar os delatores a criarem esse tipo de acordo para me criminalizar? Hoje sou o alvo e tenho certeza que é por ser presidenta do Partido dos Trabalhadores”, observou. 

Embed:

COMENTÁRIOS dos leitores