Cabral: privatizar a Eletrobras seria um 'crime ao Brasil'

O deputado federal celebrou o arquivamento da proposta que vende a estatal pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)

por Giselly Santos qua, 11/07/2018 - 11:31
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo A privatização da Eletrobras era considerada prioridade do governo Temer em 2017 Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

A decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de não votar a proposta que permite a privatização da Eletrobras ainda este ano foi celebrada pelo deputado federal Danilo Cabral (PSB). Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), o pessebista disse que seria uma espécie de “crime contra o Brasil” permitir a venda da estatal e suas subsidiárias, entre elas a Chesf. 

Desde que a proposta chegou à Câmara, no ano passado, Danilo Cabral tem feito um duro enfrentamento contra a pauta, inclusive com diversos questionamentos judiciais. “Não podemos permitir esse crime contra o Brasil e seu povo seja praticado. A Eletrobrás, a Chesf e o Rio São Francisco são patrimônio do povo brasileiro, um símbolo da soberania do País e, além de tudo, sua venda iria trazer consequências pesadas, sobretudo o aumento da conta de energia”, declarou o deputado. 

“Junto com os trabalhadores do setor elétrico, mobilizamos a sociedade e o Congresso Nacional, fomos à justiça, ao Ministério Público para impedir a privatização. Temos que nos manter mobilizados para evitar que essa pauta retorne”, completou. 

Danilo destacou que, ao longo de 50 anos, a empresa estatal recebeu cerca de R$ 400 bilhões em investimentos e havia previsão de ser vendida por R$ 12 bilhões, de acordo com o orçamento do governo para este ano.

A confirmação de que a venda do setor elétrico não será mais realizada nesta legislatura foi anunciada na noite de ontem (10). A privatização da Eletrobras era considerada prioridade do governo Temer em 2017. O texto está em análise por uma comissão especial e só seria levada para votação no Plenário da Casa se obtivesse apoio da maioria, o que não ocorreu. 

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