Uma ativista em busca de defender os animais na Alepe

Goretti Queiroz está há mais de 10 anos à frente da luta e quer resgatar das ruas os cavalos maltratados por seus donos

por Taciana Carvalho ter, 28/08/2018 - 15:57
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Lutar pelos animais no espaço da política é um desejo de muitos defensores da causa. A ativista , Goretti Queiroz, que vai disputar uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) na eleição deste ano tem uma proposta que abrange mais do que a proteção dos cães e gatos, o que é mais comum: a também jornalista pretende continuar resgatando das ruas os cavalos maltratados por seus donos. 

Goretti lamenta o sofrimento que alguns cavalos passam. “Os cavalos caídos e agonizando nas mais movimentadas e importantes avenidas da cidade do Recife, trouxe à tona a discussão e cobrança da regulamentação da Lei Municipal nº 17.918/2013, que proíbe carroças puxadas por animais no Recife”, relembrou.  

Para a candidata, a não aplicabilidade da lei resulta em um “massacre” dos equinos. “Enquanto a Lei repousa sem ser molestada, cavalos, éguas, jumentos e burros são açoitados pelas ruas da cidade carregando nas costas carroças com peso bem acima do que esses animais possam suportar. Esses animais encontram na morte o alívio que seus ‘tutores’ não lhes deram em vida”. 

Segundo ela, de 2015 até agora, já foram 52 animais resgatados. “Que se encontravam doentes, debilitados, muitos com problemas físicos, entregues à própria sorte e que foram resgatados das ruas, além de três bebês que nasceram dentro do Projeto SOS Cavalo. Desse total, muitos estão hoje adotados em sítios e chácaras, alguns não resistiram e morreram vítimas dos maus-tratos e abandono”, contou. 

Goretti Queiroz, que pretende organizar um espaço para encaminhamento desses animais para tratamento e depois adoção, alerta para o fato de que é muito mais fácil resgatar cachorro e gatos. “Ninguém olhava para os cavalos soltos nas ruas, nem o poder público, nem ONGs, nem entidades privadas. É muito fácil resgatar gato e cachorro, mas animal de grande porte é difícil, tem que ter estrutura, mas eles também merecem nossa atenção. Estamos lutando para que o Governo do Estado enfrente o problema e adquira uma área para um santuário, murada, construir as baias, além da aquisição de ração, feno e medicamentos", explicou. 

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