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“A cidade é minha roça, a minha luta é na carroça”. Há 8 anos, a palavra de ordem ecoava pelas ruas do Recife, em protestos promovidos por carroceiros contra a Lei Municipal nº 17.198, mais conhecida como Lei da Tração Animal, regulamentada em 2019, determinando redução gradativa das carroças em um prazo de dois anos. Passado o tempo, o fim do prazo coincidiu com o início da 18ª legislatura da Câmara Municipal do Recife, que trouxe Andreza Romero (PP), defensora dos direitos dos animais, para posição de principal voz em defesa da implementação da lei.

Com um atraso de seis anos e, após determinação judicial, o Decreto 32.121/2019 proíbe o tráfego de veículos com tração animal imediatamente nas grandes avenidas do Recife, sem restrição de horário, e estabelece a realocação dos carroceiros em outras atividades. No entanto, a Prefeitura do Recife anunciou que pode adiar a implementação da lei.

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“A lei é um instrumento de justiça e de qualidade de vida para os animais, e ainda prevê qualificação e realocação dos carroceiros em outras atividades. A realidade é que, apesar dos que cuidam dos animais, muitos deles alegam que os animais foram feitos para trabalhar, e submetem os bichos a cargas além da que suportam. De maneira geral, expor os animais ao sol e à chuva e ainda agredi-lo, diariamente, configura crime de maus-tratos. São casos tristes, que ilustram a urgência de proteger esses animais.”, a vereadora enfatiza.

Decreto

Nas vias chamadas de “coletoras”, que levam o tráfego para avenidas e ruas de fluxo rápido, as carroças estariam permitidas das 9h às 16h e das 21h às 6h, até fevereiro deste ano. “Em decorrência da crise sanitária da Covid-19 e da necessidade de cumprimento de medidas de prevenção ao novo coronavírus, algumas ações previstas no programa foram paralisadas”, a prefeitura informou.

Com o fim do tempo estabelecido, a vereadora cobrou fiscalização ao governo municipal. “Encaminhamos dois ofícios ao governo municipal e às autoridades, exigindo a eficácia da lei”. Andreza afirma que o governo municipal poderia ter investido em abordagem educativa e conscientização, mesmo durante a pandemia.

A vereadora diz que adiar a implementação da lei coloca em risco os animais, as crianças – “muitas dessas carroças são guiadas por adolescentes”, ela afirma – e a segurança no trânsito. "Nós recebemos denúncias de carroceiros que viajam pela contramão de estradas locais e até BR's", relata. Ela acrescenta que, em vista da garantia de direitos dos animais e das diversas problemáticas relativas ao tema, a medida já foi implementada em outras cidades brasileiras. “Esse é um movimento nacional. A lei de maus-tratos é constantemente desrespeitada. Esses animais morrem por exaustão, sofrem abandono e não são alimentados corretamente. O poder público não pode continuar fazendo vista grossa diante disso”, finaliza.

Projeto de Lei 134/2019 

A ampliação da proibição para todas as cidades de Pernambuco não deve demorar. Na Assembleia Legislativa de Pernambuco, o PL 134/2019 segue em discussão. “Os veículos de tração animal são medievais e expõem os animais à crueldade. A resistência à proibição é mais uma questão política, em razão da forte mobilização e história da categoria, mas tradições, quando submetem qualquer ser a condições análogas à escravidão, de subserviência e de humilhação, podem e devem ser quebradas”, Romero Albuquerque, autor do projeto, ponderou. 

*Da assessoria

 

A prefeitura do Recife publicou, no Diário Oficial do último sábado (9), o decreto que regulamenta a Lei de Tração Animal. Segundo o Decreto, a proibição da circulação de veículos de tração animal e a condução de animais com cargas será implementada gradualmente no prazo de dois anos.

Durante esse período, as carroças só poderão circular em ruas com menor fluxo de veículos e somente em períodos determinados, fora dos horários de pico de trânsito.

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Segundo a prefeitura, os carroceiros serão capacitados para que possam se inserir numa nova atividade econômica. Os profissionais devem ser inseridos em cursos educacionais e profissionalizantes, visando a elevação do nível de escolaridade e a nova inserção no mercado de trabalho.

De acordo com o documento, pelos próximos dois anos, a circulação de veículos de tração animal, a condução de animais com cargas e o trânsito montado fica restrita apenas às vias coletoras (que são as que têm a finalidade de distribuir o fluxo de veículos para as vias de trânsito rápido ou arteriais), das 9h às 16h e das 21h às 6h.

Já nas vias locais (que são as ruas sem semáforo, destinadas ao acesso de áreas residenciais ou restritas), a circulação de veículos de tração animal poderá ocorrer das 9h às 17h e das 20h às 6h.

Quem infringir a lei poderá ter o animal e a carroça apreendidos. Para reaver o veículo e o animal, será necessário pagar multa de R$ 500.

De acordo com o secretário-executivo dos Direitos dos Animais do Recife, Robson Melo, a regulamentação foi elaborada após "ampla discussão com representantes dos movimentos de defesa dos animais, dos carroceiros e outras instituições públicas e privadas envolvidas no assunto".

Segundo ele, nesse primeiro momento, a atuação da PCR será mais educativa, para conscientizar os profissionais sobre a importância de evitar os maus tratos aos animais e garantir a segurança tanto dos animais e quanto dos carroceiros no trânsito. “Vamos garantir o bem-estar dos animais, mas sem esquecer das pessoas. Demos um prazo de dois anos para que os carroceiros possam se reorganizar e, com o apoio da Prefeitura, possam elevar seu nível de escolaridade e se qualificar para se inserir numa nova atividade econômica”.

Com informações da assessoria

Uma ação da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano tem dividido opiniões dos ambulantes que trabalham no Centro do Recife. É que a Secretaria instalou diversas grades e ferros em ruas do comércio da área central da capital pernambucana. O objetivo, segundo a pasta, é inibir a presença de carroças na região, mas alguns vendedores informais alegam que estão perdendo clientes e mercadorias por conta da medida.

“A gente dependia dessas ruas de entrada e saída. Antes, eu ficava circulando pela [Rua] Duque de Caxias, agora fico parado esperando algum carro parar para comprar as mercadorias”, relata um vendedor de frutas que preferiu não se identificar. Com uma barraquinha estacionada na Avenida Nossa Senhora do Carmo,  no bairro de Santo Antônio, ele afirma que o prejuízo com as frutas é de cerca de 100 reais diariamente, já que o material acaba estragando.

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Quem também reclama é a vendedora de água Sebastiana Maria, de 38 anos. Deficiente visual, ela usa o dinheiro das vendas para sustentar a casa onde mora com a filha. Acostumada a vender mais de 10 pacotes do produto diariamente, ela relata que, por conta da fiscalização rigorosa, esse número baixou para 4. “Hoje eu saio andando nas ruas e vendendo, já que não posso ficar parada em lugar nenhum. Já cheguei a ser agredida por conta disso”, relata a ambulante.

Segundo ela, a agressão partiu de um fiscal da Prefeitura do Recife no dia 11 de novembro, no Pátio do Livramento. A comerciante foi até a Delegacia da Mulher, no bairro de Santo Amaro, e registrou um boletim de ocorrência. “Espero ter alguma resposta. Aqui não tem bandido, tem vendedor e a gente quer ganhar dinheiro para sustentar a nossa família”, desabafa. Sebastiana conta, ainda, que tentou se cadastrar na Prefeitura do Recife, mas não conseguiu.

Já Weydson Alves, 23 anos, até consegue colocar a sua barraquinha em frente ao Mercado São José, mas apenas em um horário pré-determinado. “Os fiscais só deixam à tarde. Pela manhã, tenho que ficar em outro ponto. Pra mim, foi péssimo porque acabo ficando em lugares mais escondidos que não têm tanto movimento, então tenho prejuízo”, afirma o ambulante que usa o dinheiro das vendas de hambúrguer, salsicha, queijo e alho para manter a casa em que mora com a esposa e dois enteados no Alto da Bondade, na Zona Norte da Capital.

Por outro lado, tem quem comemore a medida. Alguns vendedores informais consideram que as grades deixaram o espaço mais organizado. “Antes isso aqui era uma bagunça. Havia muita carroça, vendedores espalhados e isso atrapalhava. Agora, está tudo certinho, ficou ótimo”, afirma o vendedor de coco Clemilson Alves que é cadastrado e tem um ponto fixo na Rua Duque de Caxias.

Também com o cadastro em dia, o vendedor de relógios Rodrigo Oliveira, 24 anos, comercializa os seus produtos há dois anos na Avenida Nossa Senhora do Carmo. Para ele, a medida foi benéfica para os vendedores que têm o cadastramento. “Aqui era muito desorganizado, muita gente circulando, muito vendedor, então ficava aquela bagunça. Isso acabava atrapalhando as nossas vendas também, porque era muita gente. Depois que a prefeitura colocou essas grades e começou a fiscalizar, melhorou muito e ficou bem mais organizado”, conta.





O LeiaJá.com conversou com o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, sobre as críticas dos ambulantes. Em relação à implantação das grades, o secretário afirmou que foi necessário para inibir as carroças na área central da cidade. "O que mais complica a mobilidade das pessoas é a ocupação desordenada das carroças. Então, nós colocamos essas barreiras para facilitar o trabalho dos nossos fiscais. Além disso, dentro do espaço dessas barreiras, só pode ficar os ambulantes autorizados. Faremos nas ruas o que for necessário. Esse é começo de um projeto que queremos finalizar até o final de 2019 para organizar todo o centro da cidade", disse.

Sobre a dificuldade para o cadastramento, Braga disse que esse cadastro foi feito por volta de 2014/2015. “Não tem como deixarmos esse cadastro aberto o tempo todo, não teria condições de regularizar tanta gente. Entendemos que o desemprego é grande, as dificuldades aumentaram, mas não podemos abrir mão dos cadastros e também não temos como cadastrar todo mundo. A gente tem sido mais tolerante e ainda há ruas onde essas pessoas sem cadastro podem ficar”, explica. O secretário também prometeu que em janeiro de 2019 será entregue um espaço no Cais de Santa Rita destinado aos ambulantes cadastrados que atuam no entorno do Mercado São José.

Questionado sobre a truculência dos fiscais relatada pelos ambulantes, João Braga reconheceu que isso, de fato, pode acontecer. “Não nego que isso exista, mas muitas vezes as pessoas insistem em ficar no local e, depois de repetidas notificações e pedidos para se retirar, em um certo momento existe uma abordagem mais rude, mas a gente tenta evitar. Mas para o tamanho da cidade, esse número é mínimo. E a gente só faz depois de muito pedido, muito diálogo para sair do local”, afirma.

Lutar pelos animais no espaço da política é um desejo de muitos defensores da causa. A ativista , Goretti Queiroz, que vai disputar uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) na eleição deste ano tem uma proposta que abrange mais do que a proteção dos cães e gatos, o que é mais comum: a também jornalista pretende continuar resgatando das ruas os cavalos maltratados por seus donos. 

Goretti lamenta o sofrimento que alguns cavalos passam. “Os cavalos caídos e agonizando nas mais movimentadas e importantes avenidas da cidade do Recife, trouxe à tona a discussão e cobrança da regulamentação da Lei Municipal nº 17.918/2013, que proíbe carroças puxadas por animais no Recife”, relembrou.  

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Para a candidata, a não aplicabilidade da lei resulta em um “massacre” dos equinos. “Enquanto a Lei repousa sem ser molestada, cavalos, éguas, jumentos e burros são açoitados pelas ruas da cidade carregando nas costas carroças com peso bem acima do que esses animais possam suportar. Esses animais encontram na morte o alívio que seus ‘tutores’ não lhes deram em vida”. 

Segundo ela, de 2015 até agora, já foram 52 animais resgatados. “Que se encontravam doentes, debilitados, muitos com problemas físicos, entregues à própria sorte e que foram resgatados das ruas, além de três bebês que nasceram dentro do Projeto SOS Cavalo. Desse total, muitos estão hoje adotados em sítios e chácaras, alguns não resistiram e morreram vítimas dos maus-tratos e abandono”, contou. 

Goretti Queiroz, que pretende organizar um espaço para encaminhamento desses animais para tratamento e depois adoção, alerta para o fato de que é muito mais fácil resgatar cachorro e gatos. “Ninguém olhava para os cavalos soltos nas ruas, nem o poder público, nem ONGs, nem entidades privadas. É muito fácil resgatar gato e cachorro, mas animal de grande porte é difícil, tem que ter estrutura, mas eles também merecem nossa atenção. Estamos lutando para que o Governo do Estado enfrente o problema e adquira uma área para um santuário, murada, construir as baias, além da aquisição de ração, feno e medicamentos", explicou. 

O Pimp My Carroça realizará a sua segunda edição no Recife. O projeto, que já passou por 42 cidades em 12 países, repagina as carroças usadas por catadores de materiais recicláveis e está marcado para acontecer no dia 2 de setembro, a partir das 9h. 

No local, o material de trabalho dos carroceiros poderá passar por uma reforma estrutural que inclui a instalação de itens como buzinas, espelhos retrovisores e fitas refletivas. Além disso, haverá grafiteiros locais para realizar pinturas nas carroças reformadas. No mesmo espaço estará sendo realizado simultaneamente o Re-Circo – o Circo da Reciclagem, que mistura atrações culturais com educação ambiental.

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Alunos de Engenharia de Produção da Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO) e também alunos e professores da área de saúde estarão no local para atender os carroceiros e seus familiares em caso de dúvidas ou necessidades. Entre os serviços de saúde oferecidos estarão aferição de pressão, teste de glicemia, orientações posturais, higiene de alimentos, técnicas de automassagem e palestra sobre câncer de pele.

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Serviço

Pimp My Carroça

Sábado (2) | 9h às 18h

Universo (Av. Mal. Mascarenhas de Morais, 2169 - Imbiribeira)

(81) 3797 9038

Eles são personagens que contribuem para as atividades sustentáveis das grandes cidades. Porém, seu importante trabalho passa despercebido por muitas pessoas. É preciso abrir os olhos para os catadores de lixo, que de forma independente recolhem e separam os objetos jogados fora.

Instrumentos de trabalho dos catadores, as carroças, devido ao duro dia a dia de catação nas metrópoles, acabam ficando muito desgastadas. É por isso que um grupo resolveu dar vida ás carroças através da arte. Confira na reportagem em vídeo a atuação do Pimp My Carroça:

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O suor que escorre pelo rosto retrata uma fração do duro trabalho de Tertuliano Ferreira de Araújo, 42 anos. Homem simples, de baixa escolaridade, e responsável por um serviço que às vezes passa despercebido pelos moradores das grandes metrópoles. Carroceiro há cinco anos, Tertuliano, a base de muita força, puxa uma carroça de segunda a sábado, desde as 5h, recolhendo papelão, garrafas pet, latinhas de bebida, ferro, alumínio... Um monte de objetos considerados lixo. É desse trabalho que o rapaz consegue lucrar R$ 180 por semana.

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Mais tempo ainda de carroceiro tem seu Aloizio Brasil dos Santos. Dos seus 37 anos de idade, 30 são dedicados a puxar carroça e recolher o lixo produzido em vários bairros do Recife. Trabalhando 12 horas por dia, no final do mês o trabalhador consegue R$ 500, dinheiro que ajuda a sustentar filho e esposa. Assim como a maioria dos carroceiros, homens que trabalham diretamente com o lixo, Aloizio não teve oportunidade de estudar, uma vez que inserido em um universo de pobreza, precisou trabalhar desde cedo para não passar fome. “É um verdadeiro sofrimento. Puxar carroça cansa muito. Muita gente não valoriza nosso trabalho e sem contar que o trânsito é caótico”, conta o carroceiro.

Debaixo de chuva ou sol, os “homens do lixo” desempenham um trabalho direta ou indiretamente, ajudando na limpeza urbana do Recife. O que movimenta a atuação dos carroceiros são os depósitos, conhecidos popularmente como “ferro-velho”. Muitos não têm vínculo com a Prefeitura do Recife (PCR), entretanto, recebem os objetos recolhidos pelos carroceiros e os comercializam como matéria prima para grandes indústrias. Tertuliano e Aloizio são trabalhadores que depositam o que recolhem em um depósito localizado ás margens do Canal do Arruda, periferia da Zona Norte da capital pernambucana.

André Mamedi (foto abaixo), 33, ou simplesmente o Galego do Depósito, é o dono do estabelecimento localizado no Arruda. O empreendimento já tem quatro anos e vem sendo lucrativo para o ex mecânico de automóveis. “É um ramo que não acaba. O ser humano tem que comer, comprar roupa e comida, e acaba produzindo lixo. Um amigo me deu essa ideia e eu me adaptei ao negócio”, relata Galego.

Os preços pelos “quilos” pagos pelo Galego aos carroceiros variam conforme os produtos. Por exemplo, o quilo do papelão custa R$ 0,18. Diariamente, todo o material recolhido dos carroceiros é vendido a grandes empresas, por meio de valores também variados de acordo com o “lixo” ou matéria prima.

Segundo o Galego, o depósito tem três funcionários e os carroceiros são trabalhadores autônomos. As carroças foram fabricadas pelo André e elas são cedidas a 22 puxadores de carroças. O investimento inicial para a construção do depósito foi de R$ 15 mil e o valor mensal obtido é considerado “lucrativo” pelo Galego. De acordo com a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), instituição ligada a PCR, Recife não tem um levantamento de quantos carroceiros existem na cidade, e nem em relação à quantidade de depósitos.

Mensalmente, o depósito de Galego recolhe cerca de 2 mil toneladas de lixo. No local, é feita a separação dos objetos e um dos responsáveis por essa atividade é Jeferson Antonio Ferreira, de 19 anos. “Não consegui emprego e resolvi trabalhar aqui. Estou gostando, mas, futuramente, pretendo abrir meu próprio depósito”, conta o trabalhador que atua no depósito há um ano, no horário das 7h às 17h, recebendo um salário mínimo por mês.

Garis

Outros profissionais que lidam com o lixo são os garis. Responsáveis pelo recolhimento do lixo, capinagem, pintura, entre outros serviços, geralmente eles são terceirizados pelas prefeituras e têm um importante papel no recolhimento da lixaria.

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Segundo a Emlurb, no Recife são recolhidas em torno de 2,5 mil toneladas de lixo por dia, e atuando na limpeza urbana há mais de 3 mil pessoas. O salário pago aos garis pelas terceirizadas - com insalubridade e ticket inclusos – é de R$ 1.339,80.

Não colocando de fato a mão no lixo, mas ainda assim detentor de uma importante tarefa para a limpeza nas ruas recifenses, o gerente de operações de uma das empresas terceirizadas pela Prefeitura, Hélio Vilela (foto abaixo)  é responsável pela organização de todo o trajeto dos garis. Segundo Vilela, a relação dele com os catadores é “sem dificuldades”. “Eles são atenciosos e educados. Aqui não existe preconceito”, diz o gerente. A remuneração para um gerente de operações gira em torno de 10 salários mínimos.

Vilela organiza o trajeto dos caminhões de lixo – que custam cerca de R$ 400 mil – levando em consideração os bairros e número de habitantes. As coletas são feitas em vários turnos, durante a semana.

Depois de todo o lixo recolhido, os caminhões levam os entulhos para os aterros sanitários. Antes, esses espaços eram lixões a céu aberto. Hoje eles são privados e possui serviços de separação e pesagem do lixo.     

 

 

A lei que proíbe a circulação de veículos com tração animal nas ruas do Recife será sancionada nesta quinta-feira (24) pelo prefeito Geraldo Julio. A legislação entrará em vigor 120 dias após a publicação. 

A fiscalização ficará a cargo da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) e da Política Militar. Os animais que forem apreendidos serão enviados a um local fora da área urbana do Recife, onde serão cuidados e, posteriormente, encaminhados para a adoção. Esta atividade será supervisionada pela Secretaria Executiva de Direito dos Animais.

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As secretarias municipais de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Juventude e Qualificação Profissional e da Mulher atuarão de forma integrada para capacitar os carroceiros e suas respectivas famílias em outras atividades que não envolvam a circulação de veículos com tração animal.

 

A Secretaria-Executiva de Controle Urbano (Secon) está fiscalizando o depósito irregular de carroças nas ruas próximas à Praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. A operação foi iniciada nesta quarta-feira (24) na Rua Salgueiro, próximo ao edifício Holiday.

De acordo com a Secon, durante os trabalhos de hoje não foram recolhidos equipamentos, pois ao perceber a presença da equipe de fiscalização os donos das barracas retiraram os produtos. "Mesmo assim nós vamos manter uma equipe de fiscais no local, para impedir que as carroças sejam depositadas na via novamente", esclareceu o chefe da Gerência Operacional da Secon, Anísio Aziz. 

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A iniciativa obedece a Lei Municipal 16.053/95, que proíbe colocar, ainda que temporariamente, veículos e quaisquer outros bens, sobre passeios públicos, canteiros, divisores de pistas de rolamento, praça, parque e jardins públicos. ”Esta ação atende a um apelo da população vizinha ao Holiday, que sofre com os transtornos causados pelo depósito irregular das carroças no passeio público", afirmou a secretária-executiva da Secon, Cândida Bomfim. 

Caso alguma carroça seja apreendida durante as operações, o proprietário paga multa que varia de R$ 242,65 a R$ 606,54, mais taxa de R$ 12,73 por cada dia que o equipamento permanecer no depósito municipal. 

Com informações da assessoria

Nesta quarta-feira (24), às 8h, a Prefeitura do Recife, através da Secretaria-Executiva de Controle Urbano (Secon), fará a remoção de carroças depositadas de maneira irregular na Rua Salgueiro, próximo ao edifício Holiday, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Elas são utilizadas por comerciantes que trabalham na praia.

"Esta ação atende a um apelo da população vizinha ao Holiday, que sofre com os transtornos causados pelo deposito irregular das carroças no passeio público", esclareceu a secretária-executiva de Controle Urbano, Cândida Bomfim.

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Os proprietários das carroças foram comunicados por agentes da secretaria sobre a irregularidade da obstrução e tinham até a última quinta-feira (18) para remover os equipamentos do passeio público e faixa de rolamento. A operação contará com o apoio da Companhia de Trânsito e Transportes Urbanos do Recife (CTTU) e da Guarda Municipal. As carroças apreendidas serão levadas para o depósito municipal.

Comerciantes que quiserem reaver as carroças têm que pagar multa diária que varia de R$ 63 a R$ 500. "A ação é importante para manter a acessibilidade e mobilidade urbana da via.", assegurou Cândida Bomfim.

Ambulantes que comercializam no entorno do Hospital Barão de Lucena, localizado na avenida Caxangá, tiveram suas barracas recolhidas na manhã desta quinta-feira (26). Acompanhados de uma viatura da polícia militar, a Diretoria de Controle Urbano do Recife (Dircon) efetuou a retirada em cumprimento de uma solicitação do Governo do Estado, que proíbe o comércio informal nas calçadas de hospitais públicos. 

Mas de acordo com os comerciantes, sem apresentar qualquer tipo de ordem os policiais usaram de força e ameaças para recolher o material. Eles alegam que um dos policiais chegou a bater num poste com o cassetete, na tentativa de intimidá-los. Bastante transtornada, a comerciante Josefa das Neves (foto), de 48 anos, contou que até mesmo pertences pessoais foram levados.  “Eles pegaram minha carroça e não deixaram nem eu tirar a minha bolsa com documentos, dinheiro e a chave da minha casa”, declarou.

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Procurado pela  equipe do LeiaJá, o Capitão Gilmar, que participou da ação, afirma que operação ocorreu sem nenhuma irregularidade. “Não agredimos ninguém, nem fisicamente e nem verbalmente. Apenas o material foi recolhido”, disse. 

Após a confusão, os ambulantes se reuniram e decidiram prestar queixa na delegacia. “Vamos fazer um boletim de ocorrência (BO) e posteriormente iremos até a Dircon reaver o nosso material”, revelou um dos comerciantes. Os poucos trabalhadores que conseguiram salvar suas mercadorias, resolveram deixar a calçada do hospital, provisoriamente, e vender os produtos do outro lado da avenida.







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