Com Bolsonaro as ameaças são profundas, diz líder do PT-PE
Na ótica do presidente da legenda no Estado, sociedade precisa estar atenta ao fato de que “não está se escolhendo apenas um candidato, mas um modo de vida"
Mesmo com as pesquisas apontando vantagem do candidato Jair Bolsonaro (PSL) na disputa pela Presidência da República, o PT, de Fernando Haddad, não tem aberto mão da disputa. Presidente da legenda em Pernambuco, Bruno Ribeiro disse acreditar na reversão dos votos no próximo dia 28, quando acontece o 2º turno do pleito. Na ótica dele, assim como em 2014, quando a disputa era entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), a “sociedade vai virar o jogo”.
“Vivemos um processo semelhante em 2014, quando no 2º turno a sociedade foi à frente dos partidos. O candidato que representava uma ameaça, que era o retorno da pauta neoliberal e comparada com as ameaças de agora é até simples e civilizada, a sociedade virou aquele jogo e vai virar novamente. A sociedade não vai aceitar esse convite a mergulhar nas trevas e subordinação ao que há de pior na elite brasileira”, considerou o dirigente, ao se reunir com membros do PSOL nessa quinta-feira (18) para intensificar a agenda pró-Haddad.
Uma pesquisa Datafolha divulgada na noite de ontem aponta que Bolsonaro tem 59% dos votos válidos e Haddad 41%. Bruno Ribeiro também alertou para o que chamou de “arma da fake news”, segundo ele, tendo como base ações Cambridge Analytica, empresa de publicidade americana que teria feito ações para influenciar a eleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Estão sendo usadas armas sobre o mantra da expressão fake news tem coisas muito graves. O que é visto nas redes sociais não é feito no clube militar por esses generais de pijama que querem voltar a mandar no Brasil, é feito fora do Brasil. As ameaças são profundas, físicas e aos princípios e valores”, salientou.
Ainda para o presidente do PT pernambucano, Bolsonaro é uma “pessoa grotesca” e a sociedade precisa estar atenta ao fato de que “não está se escolhendo apenas um candidato, mas um modo de vida. Não é só Haddad e Bolsonaro é algo mais forte e perigoso”.