Transparência: 16 prefeituras responderão processos no TCE

Entre elas estão Abreu e Lima, Araçoiaba e Limoeiro. Todas com o nível de transparência insuficiente ou crítico em algum aspecto da gestão fiscal de acordo com o Índice de Transparência dos Municípios de Pernambuco

ter, 16/04/2019 - 12:19 Atualizado em: ter, 16/04/2019 - 12:48
TCE Índice foi divulgado nesta terça-feira TCE

Dezesseis prefeituras de Pernambuco serão alvos de processos de gestão fiscal, que podem gerar multas aos prefeitos, no Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) com base no Índice de Transparência dos Municípios de Pernambuco (ITM-PE). O levantamento, divulgado nesta terça-feira (16), afere a disponibilidade de informações essenciais para o cidadão por parte das prefeituras, seja por meio de uma plataforma virtual ou do Serviço de Informação ao Cidadão (SIC).

Em geral, segundo os dados, das 184 prefeituras pernambucanas 103 (56%) estão em um nível de transparência desejado; 65 (35,3%) moderado; 10 (5,4%) insuficiente e 6 (3,3%) no nível crítico. As 16 que vão responder a processos de gestão fiscal se enquadram nas classificações com o índice de transparência insuficiente e crítico.

Os municípios com a disponibilização das informações em nível insuficiente são: Abreu e Lima, Barra de Guabiraba, Limoeiro, Palmares, Pedra, Quipapá, Quixaba, Sanharó, Santa Maria da Boa Vista e Verdejante. Já Aliança, Araçoiaba, Jataúba, Joaquim Nabuco, Pesqueira e Tracunhaém foram considerados críticos. Segundo o TCE, elas descumpriram critérios de gestão fiscal e caso os processos sejam julgados iregulares, podem render multa que varia de R$ 8.263,50 a R$ 41.317,50 aos prefeitos.

O Índice de Transparência dos Municípios de Pernambuco avalia a disponibilização das informações pelas prefeituras desde 2015. A avaliação já rendeu de 36 processos de gestão fiscal, 33 julgados irregulares em 2016 e de 43 em 2017, 33 com irregularidades. Dentre eles, no primeiro ano culminou em multas na ordem de R$ 311 mil  aos prefeitos e no segundo R$ 299 mil. Algumas com recursos ainda em aberto, segundo o TCE.

Para a construção do ITM, o TCE avaliou a transparência das prefeituras em 44 critérios, pontuando-os de zero a um, com uma aferição estática, ou seja, em um período ou dia específico. No caso das gestões municipais, isso aconteceu de 30 de julho a 20 de novembro de 2018, com uma reavaliação de 4 de dezembro de 2018 a 19 de fevereiro de 2019 em 106 casos dos 184 notificados pelo TCE sobre algum critério que estava sendo descumprido.

Melhora expressiva

Das 184 Prefeituras pernambucanas, 136 (73,9%) melhoraram o nível de transparência comparado ao exercício de 2017, enquanto que 39 (21,2%) se mantiveram no mesmo nível e 9 (4,9%) pioraram em relação à avaliação anterior. O levantamento deste ano também apontou que nenhuma das cidades pernambucanas teve o índice de transparência classificado como inexistente. Em 2017, eram três.

Legislativo

O Índice de Transparência dos Municípios de Pernambuco também avaliou as  Câmaras Municipais e o estudo do TCE constatou um sensível avanço na disponibilização de informações aos cidadãos. De acordo com os dados, 56 Câmaras (30,4%) foram enquadradas no nível de transparência desejado - posição que nenhuma conseguiu alcançar em 2017. Além disso, 90 foram classificadas no nível moderado (48,9%); 27 no insuficiente (14,7%);  9 no crítico (4,9%); e 2 no inexistente (1,1%).

Comparando com 2017, o primeiro ano do estudo, 137 (74,4%) melhoraram o nível de transparência em relação a 2017, 41 (22,3%) mantiveram-se no mesmo nível e 6 (3,3%) regrediram. Das Câmaras, 38 serão alvos de processo de gestão fiscal.

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