Moro: Coaf no Ministério da Justiça não é questão pessoal
O Ministro da Justiça afirmou que o Ministério já melhorou a integração do Conselho e que "fará mais" se o órgão permanecer sob sua alçada
![O pronunciamento de Moro se dá após os deputados e senadores decidirem por transferir o Coaf para o Ministério da Economia Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil](http://www.leiaja.com/sites/default/files/styles/400x300/public/field/image/politica/2019/05/Moro%20F%C3%A1bio%20Rodrigues%20Pozzebom%20%20Ag%C3%AAncia%20Brasil.jpg?itok=Zu48CH9b)
A permanência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) dentro da estrutura do Ministério da Justiça e Segurança Pública não é uma "questão pessoal", mas uma medida para "fortalecer o combate à corrupção, à lavagem de dinheiro, ao crime organizado e ao financiamento ao terrorismo", diz Sergio Moro.
O Ministro da Justiça e Segurança Pública, que já havia conversado com jornalistas sobre o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) nesta quinta-feira, 9, se pronunciou novamente sobre a permanência do órgão sob sua tutela, desta vez no Twitter.
O pronunciamento de Moro se dá após os deputados e senadores que analisam a reforma ministerial do Congresso decidirem, por 14 votos a 11, transferir o Coaf para o Ministério da Economia. O texto ainda precisa passar pelos plenários da Câmara e do Senado.
Moro afirmou que o Ministério já melhorou a integração do Conselho e que "fará mais" se o órgão permanecer sob sua alçada. O ministro destacou novamente que o Congresso é responsável pela decisão, que será "evidentemente" respeitada.
O ministro agradeceu os parlamentares que votaram a favor da permanência do Coaf no Ministério da Justiça.
No fim da tarde desta quinta o ministro afirmou, após uma solenidade em que o Coaf homenageou "pessoas atuantes no combate à lavagem de dinheiro", que o governo "não foi bem-sucedido, pelo menos em relação à decisão da comissão".
"Sempre continuamos conversando com os parlamentares buscando o convencimento das nossas propostas", destacou.
No twitter, Moro também agradeceu João Roma (PRB-BA) e Joaquim Passarinho (PSD-PA), que se posicionaram a favor da manutenção do Conselho em sua pasta.
Passarinho era deputado titular na comissão do Congresso que analisa a medida provisória que reorganizou a estrutura dos ministérios, mas foi substituído pelo deputado Paulo Magalhães (PSD-BA). Já o senador Jean Paul Prates (PT-RN) tomou o lugar de Telmário Mota (PROS-RR) na comissão.
O movimento foi interpretado entre parlamentares como tentativa de tirar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras do Ministério da Justiça e Segurança Pública e impor uma derrota ao governo também em outros pontos da MP, apurou a reportagem.