Policiais interromperam reunião sobre ato contra Bolsonaro

Caso aconteceu em Manaus e os sindicalistas disseram que os agentes da Polícia Rodoviária Federal agiram a mando do Exército. O Comando Militar da Amazônia, contudo, negou

qua, 24/07/2019 - 10:18

Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) entraram na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), em Manaus, enquanto movimentos sociais amazonenses se reuniam para organizar um protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL), que cumprirá agenda na cidade nesta quinta-feira (25). A informação foi publicada pelo jornal Folha de São Paulo e veículos de comunicação da região. 

A intervenção no encontro dos movimentos aconteceu nessa terça (23). Armados, os policiais questionaram alguns participantes da reunião sobre a manifestação da quinta e alegaram, de acordo com os presentes, que estavam agindo a mando do Exército. Os três agentes da PRF ficaram no local por três horas. 

A presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues, que foi uma das interrogadas pelos policiais, disse que eles perguntaram quem eram os líderes do protesto e os movimentos que estavam envolvidos. 

“Na história do movimento sindical do Amazonas, em que um presidente visita o estado, é a primeira vez que agentes federais vêm para interromper uma reunião e tomar informações a respeito do que está ocorrendo nela”, disse. “É muito preocupante, porque o nosso direito de expressar fica cerceado. Mas não estamos intimidados e vamos fazer nosso ato pacífico na quinta-feira”, acrescentou.

Em nota, o Comando Militar da Amazônia (CMA) disse “que desconhece a realização da suposta reunião, bem como não reconhece qualquer ordem oriunda de suas unidades para tal”. Além disso, pontuou que o “Exército atua com base nos princípios da legalidade, estabilidade e legitimidade”. A PRF não se posicionou sobre o assunto. 

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