Agredir mulheres é marca do governo Bolsonaro, diz Dilma

Na avaliação de Dilma, 'esse preconceito grosseiro' do presidente e seus auxiliares envergonham o Brasil

sex, 06/09/2019 - 11:28
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, nesta sexta-feira (6), que a marca do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) é agredir mulheres. A ponderação de Dilma foi baseada nas recentes falas do próprio presidente e do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a primeira-dama da França, Brigitte Macron. 

Além disso, a petista tomou também como base os argumentos usados por Bolsonaro para rebater declarações da alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) e ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet. 

Nessa quinta-feira (5), Paulo Guedes disse que concordava com Bolsonaro quando ele insinuou que Brigitte Macron é feia em comentário no Facebook. "Tudo bem, é verdade, o presidente falou mesmo", afirmou, para em seguida concordar: “e a mulher é feia mesmo". Já na quarta (4), ao rebater Bachelet o presidente atacou o pai dela, morto pela ditadura chilena

Na avaliação de Dilma, esse preconceito grosseiro do presidente e seus auxiliares envergonham o Brasil. “A agressão de Bolsonaro e Guedes a Brigitte Macron denuncia que ofender mulheres é uma marca deste governo machista e misógino. Esta semana, Michelle Bachelet e Brigitte foram alvejadas grosseiramente pelo preconceito de um governo que envergonha o Brasil perante o mundo”, disse a ex-presidente.

A petista ainda reformou a tese de que Bolsonaro pratica o fascismo. “A brutalidade das manifestações de Bolsonaro, imitada por seu subordinados, virou uma rotina de abusos que têm como alvo quem quer que discorde do governo, mas que é dirigida com mais truculência às mulheres, às minorias e aos vulneráveis. O nome disso fascismo”, ressaltou.

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