Dono da Havan é condenado por propaganda irregular
Luciano Hang gravou um vídeo no interior de uma das suas lojas declarando voto em Bolsonaro, o que é proibido pela legislação eleitoral
O empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, teve a condenação por propaganda eleitoral irregular confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Amigo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), no ano passado Hang gravou um vídeo no interior de uma das suas lojas declarando voto em Bolsonaro e pedindo apoio para a eleição dele ao cargo de presidente.
A atitude é vedada, uma vez que a legislação proíbe divulgação de propaganda política em espaços como lojas, centros comerciais, templos e estádios. Hang foi condenado a pagar uma multa de 2 mil.
No vídeo que circulou nas redes sociais, o empresário aparecia em uma das suas lojas afirmando para funcionários e clientes: "Todos sabem a minha posição. Eu sou Bolsonaro! Bolsonaro! Quero uma salva de palmas. Bolsonaro! Bolsonaro! Bolsonaro! Pra esse Brasil mudar, pra esse Brasil melhorar, Bolsonaro Presidente".
O pedido de punição contra Luciano Hang foi apresentado pela coligação "Para Unir o Brasil", do então candidato Geraldo Alckmin (PSDB).
"Embora no discurso proferido não tenha sido feito pedido explícito de votos, houve clara manifestação do representado em benefício do candidato Jair Bolsonaro mediante pedido de apoio político, ao relacionar a mudança do país para melhor à eleição do aludido candidato", diz o ministro Sergio Banhos, que confirmou a condenação. O magistrado, porém, não imputou sanções ao presidente.