Maia pede análise cuidadosa para o excludente de ilicitude

Democrata disse que se colocava no lugar da família de Ágatha Félix, de 8 anos, atingida por um tiro durante ação policial no Complexo do Alemão

por Giselly Santos seg, 23/09/2019 - 08:49
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) defendeu uma análise cuidadosa diante do projeto sobre o excludente de ilicitude, que prevê que os policiais que matem em serviço não sejam punidos. A ponderação de Maia foi feita nesse domingo (22), dia em que o corpo da menina Ágatha Félix, de 8 anos, foi enterrado no Rio de Janeiro. 

Ágatha morreu na noite da sexta-feira (20), após ser baleada nas costas durante uma ação policial no Complexo do Alemão. Ela estava dentro de uma kombi com o avô quando foi atingida, chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu. Testemunhas apontam que disparo partiu dos policiais. 

Rodrigo Maia disse que “qualquer pai e mãe consegue se imaginar no lugar da família da Ágatha e sabe o tamanho dessa dor”. “Expresso minha solidariedade aos familiares sabendo que não há palavra que diminua tamanho sofrimento. É por isso que defendo uma avaliação muito cuidadosa e criteriosa sobre o excludente de ilicitude que está em discussão no Parlamento”, observou o democrata.

O excludente de ilicitude faz parte do pacote anticrime, enviado ao Congresso Nacional pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Texto está sendo analisado por um grupo de trabalho específico na Câmara. Medida é uma defesa do presidente Jair Bolsonaro (PSL). 

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