Humberto: “Brasil começa a se reencontrar com democracia"

Senador petista visitou, nesta sexta (8), o Palácio do Campo das Princesas, para acompanhar o resultado das análises de água das praias atingidas pelo óleo

sex, 08/11/2019 - 18:53
Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens Humberto evitou falar sobre candidatura de Lula para eleições presidenciais de 2022. Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens

 O senador Humberto Costa (PT-PE), que visitou, nesta sexta (8), o Palácio do Campo das Princesas, para acompanhar o resultado das análises das águas das praias atingidas pelo óleo, comemorou a soltura do ex-presidente Lula da Silva. O fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) deixou a Superintendência da Polícia Federal de Curitiba. “Agora o Brasil começa a se reencontrar com sua democracia. Se tratou de um processo de perseguição política, queremos que Lula tenha um julgamento justo. A saída dele é importante não somente para pacificar o país, mas para reforçar a oposição ao governo que aí está”, afirmou.

Humberto também criticou a tentativa do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), de pautar a PEC da prisão em 2ª instância. “É uma ação dirigida para tentar prejudicar o presidente Lula, mas isso não é uma coisa simples, pois há controvérsias se essa mudança constitucional não representaria um desrespeito a uma possível cláusula pétrea”, comenta. Segundo o senador, não há respaldo no congresso nacional para uma decisão como esta. “Porque, no Brasil, a maioria das pessoas que estão em prisão provisória ou que já estão na cadeia sem ter um trânsito em julgado, são pessoas pobres, aquelas que não têm efetivamente acesso à possibilidade de defesa legal”, conclui.

Quanto ao possível início de uma campanha presidencial do ex-presidente Lula para as eleições de 2022, o senador preferiu não se antecipar. “O que temos que pensar agora é em fortalecer a democracia. Insistir que Lula tenha um julgamento justo e em nos organizarmos para fazer oposição a esse projeto que está fazendo sofrer a população brasileira, aumentando a pobreza e as desigualdades”, frisa.

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