PSL é sondado para formar alianças nos municípios

Partido possui um fundo eleitoral avaliado em R$ 202,2 milhões

por Francine Nascimento qua, 08/01/2020 - 11:59
Rovena Rosa/Agência Brasil PSL e DEM devem apoiar Bruno Covas (PSDB) na reeleição das eleições de São Paulo Rovena Rosa/Agência Brasil

A saída do presidente Jair Bolsonaro do PSL interferiu diretamente no planejamento do partido para as eleições municipais deste ano. Ao que tudo indica, a sigla terá menos nomes do que o previsto anteriormente para as prefeituras. Contudo, o PSL tem um grande potencial. Tendo uma verba no fundo eleitoral que pode chegar aos R$ 202,2 milhões e dono do segundo maior tempo de propaganda de rádio e televisão, o partido busca formar alianças com candidatos de outros partidos no Brasil. 

Em Salvador (BA), por exemplo, o PSL foi um dos partidos apoiadores da candidatura do democrata Bruno Reis, cotado como sucessor do prefeito ACM Neto (DEM). A aliança pode render ao PSL 57 segundos diários de tempo na TV.

Depois de ajudar o DEM, o PSL pretende receber o apoio da silgla, a fim lançar a candidatura da professora Dayane Pimentel (PSL), na prefeitura de Feira de Santana, também do estado da Bahia. 

Além da Bahia, é esperado que o PSL consiga alianças para  prefeitura do Rio de Janeiro. O PSL já declarou, desde o ano passado, que vai lançar o atual deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL) no pleito eleitoral deste ano. Inclusive, o próprio senador Flávio Bolsonaro, que assim como o pai foi filiado ao PSL, já havia reforçado o apoio a Rodrigo na época. 

No entanto, segundo a reportagem do jornal O Globo, há um impasse nos bastidores sobre a decisão. De acordo com o periódico, tanto o DEM quanto o PSL, estudam fazer uma coligação que favoreça Eduardo Paes (DEM) na disputa pela prefeitura do Rio.

Já em São Paulo, o PSL e o DEM devem ajudar Bruno Covas (PSDB) na reeleição na prefeitura da cidade, colocando a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) como vice.

A meta do PSL, presidido pelo deputado federal Luciano Bivar (PSL), antes da saída de Bolsonaro, era de lançar cerca de 300 candidaturas próprias em 300 cidades que possuem mais de 100 mil habitantes. Essa estratégia visava oferecer a Bolsonaro uma retaguarda para as eleições de 2022, mas sem o chefe de Estado e aliados, a quantidade de candidatos às eleições municipais será reduzida.

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