Ex-ministro de Bolsonaro, Gustavo Bebianno morre no RJ

Bebianno seria candidato do PSDB ao comando da Prefeitura do Rio de Janeiro

sab, 14/03/2020 - 08:20 Atualizado em: sab, 14/03/2020 - 09:16
Antonio Cruz/ Agência Brasil Antonio Cruz/ Agência Brasil

O ex-ministro Gustavo Bebianno morreu aos 56 anos após ter um infarto fulminante na madrugada deste sábado em seu sítio em Teresópolis. Coordenador da campanha de Jair Bolsonaro em 2018, ele era pré-candidato a prefeito pelo PSDB no Rio.

As informações são do presidente estadual do PSDB no Rio, o empresário Paulo Marinho. Bebianno estava em casa com seu filho quando se sentiu mal, por volta das 4h, Ao ir ao banheiro tomar um remédio, ele desmaiou.

Bebianno foi levado para um hospital da cidade, onde morreu. Ainda não há informações sobre o velório.

Bebbiano era neto do ex-presidente do clube de futebol Botafogo, Adhemar Bebbiano, mas chegou a seguir uma carreira em outro esporte. Apaixonado por jiu-jítsu, o ex-ministro recebeu a faixa preta em 1990 e trancou o curso de Direito na PUC-Rio para dar aulas de artes marciais em Miami, onde abriu uma academia que chegou a ter cerca de 100 alunos. Em 1994, ele retornou ao Brasil para terminar os estudos. 

Em 2006, ele voltou à Flórida como sócio de Rilion Gracie, filho de uma família de lutadores com quem treinava desde os 18 anos e investiu US$ 60 mil em uma academia. No ano de 2008, o ex-ministro retornou ao país. Bebbiano conheceu Jair Bolsonaro através do engenheiro Carlos Favoretto, amigo do ex-publicitário Gutemberg Fonseca, que também foi secretário de governo do governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

Durante o período eleitoral, Bebbiano apareceu em um estúdio onde Bolsonaro estava sendo fotografado, se apresentou como fã e ofereceu auxílio jurídico de forma voluntária à campanha. Ele manobrou a mudança de partido do então presidenciável do partido Patriota para o Partido Social Liberal (PSL) de Luciano Bivar. O sucesso na mudança de partido garantiu ao ex-ministro o posto de presidente interino do partido, posto que o levou ao alto escalão do Palácio do Planalto após a eleição. 

A queda de Bebbiano veio após desentendimentos com os filhos de Jair Bolsonaro e discussões com o próprio presidente, levando à sua demissão da Secretaria-Geral da Presidência em 18 de fevereiro. Antes de sua morte, o ex-ministro era pré-candidato do PSDB à Prefeitura do Rio de Janeiro. Ele deixa a esposa e dois filhos.

*Com a Redação

COMENTÁRIOS dos leitores