Arthur Lira determina nova eleição para a Mesa Diretora
Novo presidente da Câmara tirou a primeira secretaria da Casa do PT
Pouco tempo após ser eleito presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) quebrou o acordo com o bloco da oposição e convocou uma nova eleição para redefinir os integrantes da mesa diretora, às 16h desta terça-feira (2). O novo gestor argumenta que o PT formalizou apoio ao concorrente Baleia Rossi (MDB-SP) fora do prazo e, por isso, eleger o bloco causaria um "vício insanável" à eleição interna.
Apesar dos seis minutos de atraso, a inscrição foi aceita pelo então presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), que nem chegou a levar o caso ao plenário. Líderes do partido afirmam que encontraram problemas na plataforma da Casa e já haviam informado sobre as dificuldades do sistema de registro.
Deputados da base de apoio à Lira ameaçaram ir ao Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, ele determinou que a Secretaria-Geral da Mesa (SGM) refaça o cálculo da proporcionalidade partidária e desconsidere o bloco da oposição. Para o parlamentar, a decisão marca o "respeito ao Regimento".
Dessa forma, o PT perdeu a 1ª secretaria da Casa e não terá representantes na próxima gestão da mesa diretora – até 2023 -, bem como o MDB, PSDB, PSB, PDT, Solidariedade, PCdoB, Cidadania, PV e Rede. “O então presidente da Câmara reconheceu, de forma monocrática, a formação do bloco apesar da evidente intempestividade, e contaminou de forma insanável atos do pleito como o cálculo da proporcionalidade e a escolha dos cargos da Mesa”, justificou Lira.
Já na madrugada desta terça (2), integrantes do bloco lesado pela modificação do novo presidente garantiram que o STF será acionado contra seu primeiro ato.
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