Empresa que mediou Covaxin cresceu 6000% com Bolsonaro

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) é apontado como o facilitador para que a Precisa Medicamentos alcançasse novos investimentos do BNDES

seg, 28/06/2021 - 12:18
Carolina Antunes/PR Jair Bolsonaro ao lado do filho Flávio em reunião sobre a disputa da Fórmula 1 no Rio de Janeiro Carolina Antunes/PR

A empresa que intermediou a compra superfaturada de doses da Covaxin pelo Ministério da Saúde cresceu 6.000% nos três anos de governo Bolsonaro. O filho do presidente, o senador Flávio (Patriota-RJ), é apontado como o facilitador para que a Precisa Medicamentos alcançasse novos investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Antes da gestão Bolsonaro, a Precisa havia negociado apenas R$ 27,4 milhões para a entrega de preservativos femininos, quando o ministro da Saúde era o deputado Ricardo Barros (PP-PR). Ele é apontado como o articulador da negociação de 20 milhões de doses da Coxavin superfaturadas em 1.000 %.

Com a saída de Michel Temer (MDB), a empresa estreitou a relação com o Governo Federal e deu um salto em seus contratos públicos. A Precisa fechou e intermediou acordos de R$ 1,67 bilhão, além de obter acesso a ministérios, ao BNDES e à embaixada do Brasil na índia, indica a Fórum.

A revista Veja já havia revelado que Flávio Bolsonaro organizou um encontro entre o empresário por trás da Precisa, Francisco Maximiano, e o presidente do BNDES Gustavo Montezano. O senador chegou a admitir que tinha “amigos em comum” o dono da farmacêutica.

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