CPI da Covid marca depoimento Luciano Hang, CEO da Havan
Além de investigar disseminação de informações falsas sobre a Covid por parte do empresário, oitiva marca para a próxima quarta (29), retomará suposta fraude ao atestado de óbito da mãe de Hang
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 ouvirá, na próxima quarta-feira (29), empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan. A informação foi anunciada pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), aos senadores nesta quinta-feira (23). O empresário entrou no radar da comissão após as denúncias enviadas aos parlamentares sobre a Prevent Senior, incluindo a suposta alteração do atestado de óbito da mãe de Hang, Regina Modesti Hang.
A convocação já havia sido anunciada em 30 de junho, a pedido de Renan Calheiros (MDB-AL), mas a data não foi marcada. A CPI também aprovou a convocação de Bruna Morato, advogada da empresa de saúde Prevent Senior.
“Por favor, comunique ao Sr. Luciano Hang que, na quarta-feira que vem, ele estará aqui para contribuir com a investigação da CPI. Ele, como patriota, um brasileiro que demonstra sê-lo, faz questão, nas suas redes sociais, e que participou ativamente nas discussões sobre tratamento precoce, a gente tem vários vídeos dele participando, com certeza, ficará muito feliz em vir aqui à CPI contribuir com a investigação para que a gente possa ver o que aconteceu, porque estamos chegando a quase 600 mil mortes. É pessoa que participou ativamente dessas manifestações. Como patriota, e nós também o somos, não é?”, perguntou Aziz.
A mãe de Luciano Hang foi internada no Hospital Sancta Maggiore, em 31 de dezembro de 2020, diagnosticada com covid-19. Ela morreu, aos 82 anos, em 4 de fevereiro deste ano. Luciano Hang afirmou que a causa da morte de Regina pela doença “nunca foi segredo”. “Tenho total confiança nos procedimentos adotados pela Prevent Senior e que tudo que era possível foi feito. Deixei claro a causa do falecimento de minha mãe em várias maifestações públicas e nas redes sociais, nunca foi segredo”, escreveu Hang em suas redes sociais.
No atestado, obtido pelo O Estado de São Paulo, a causa da morte é descrita como “disfunção de múltiplos órgãos, choque distributivo refratário, insuficiência renal crônica agudizada, pneumonia bacteriana, síndrome metabólica, acidente vascular isquêmico prévio”. O documento não menciona a covid-19.