Paes diz que dificulta a vida de quem não crê na vacina

Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes afirmou fazer isto ao exigir o passaporte vacinal contra a Covid-19 na cidade

sex, 07/01/2022 - 13:13
Reprodução/Instagram Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes Reprodução/Instagram

Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD) disse, nesta sexta-feira (7), que está e pretende continuar dificultando a vida dos que não acreditam na vacinação ao exigir o passaporte vacinal contra a Covid-19 na cidade. Ao repetir o presidente da França, Emmanuel Macron, que nesta semana afirmou ter muita vontade de incomodar os que ainda não foram imunizados contra a doença, Paes justificou a exigência e frisou proteger as pessoas desta forma.

"O passaporte da vacina é uma realidade no Rio desde muito tempo. Nós temos muito orgulho de ter o passaporte da vacinação aqui. Eu vou usar uma expressão que o presidente francês usou, que o prefeito de Nova York usou em algum momento: o passaporte de vacinação é libertador. Porque é ele que permite que tenhamos uma certa flexibilidade nas coisas", destacou durante entrevista a jornalistas exibida pela Globo News.

"E eu aqui estou com o passaporte da vacinação, literalmente, dificultando a vida daqueles que não creem na ciência, não creem na vacina, até para proteger os outros. O direito à vida está acima das liberdades de delirar. Vamos sempre exigir o passaporte da vacinação em eventos até para mantê-los", emendou o prefeito, fazendo ainda questão de agradecer aos que "estão fazendo com que as coisas aconteçam" contra o novo coronavírus.

Crítica a Bolsonaro

Eduardo Paes ainda aproveitou para alfinetar o presidente Jair Bolsonaro (PL) e criticar os que não acreditam na eficácia da vacinação. 

"Eu acho inaceitável ter o maior líder do país desestimulando as pessoas a se vacinarem, com todo respeito a sua excelência presidente da República. Nós precisamos que as crianças se vacinem, não acreditem em teses delirantes. Nós precisamos proteger as nossas crianças, o futuro do país", declarou se referindo à vacinação de crianças entre 5 e 11 anos, autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, mas ainda não iniciada pelo Governo Federal.

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