Eleições: veja 10 notícias falsas compartilhadas em 2022

Um dos maiores alvos de notícias falsas nesse ano foram as urnas eletrônicas

por Camilla Dantas dom, 02/10/2022 - 08:08
Pixabay Garotas usando celulares Pixabay

   Em ano eleitoral é muito presente à disseminação de informações falsas, nomeadas como Fake News. Nas eleições de 2018 por exemplo, a notícia falsa “Mamadeira de piroca”, marcou aquele ano. Pois a partir dela, denúncias infundadas sobre urnas e pesquisas eleitorais, ganharam espaço. Pensando no combate à desinformação, o LeiaJá separou 10 notícias falsas compartilhadas nesse ano eleitoral. 

 Urna Eletrônica 

Um dos maiores alvos de fake News nessas eleições foram às urnas eletrônicas. Recentemente um vídeo circulou nas redes sociais, afirmando que uma nova função das urnas eletrônicas, implementada neste ano, poderia anular o voto do eleitor. 

Porém, após a repercussão, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou que essa informação era falsa. No entanto, a nova função fará com que toda vez que o eleitor digitar o número de um dos candidatos, uma mensagem no canto inferior da tela vai aparecer pedindo para a pessoa conferir se o número está correto. A medida é para evitar votos errados. 

Biometria 

No início do ano, viralizou o Twitter e Facebook, a informação falsa que seria exigido cadastro de biometria para votar nas eleições gerais de 2022. 

 Essas publicações também sugeriam a existência de um “complô” do TSE com a mídia tradicional para ocultar essa informação dos apoiadores do atual presidente, impedindo que votem por sua reeleição. 

E-título 

Durante o mês de abril, um video viralizou nas redes em que afirmava que o aplicativo e-Título é espião. Na verdade, a ferramenta foi criada pelo TSE para permitir o acesso a serviços eleitorais de forma não presencial, como consultar o número do título e o local de votação, verificar a situação eleitoral, emitir certidões, entre outros. 

Porém, assim como é feito por outros aplicativos, o e-Título solicita algumas autorizações do aparelho para que o usuário possa ter acesso a funcionalidades específicas. É solicitada, por exemplo, a permissão para usar a geolocalização do eleitor que deseja justificar o voto no dia da eleição. 

Além disso, o aplicativo bem como outros aplicativos da Justiça Eleitoral observa as diretrizes estabelecidas pela Lei Geral de Proteção de Dados no uso e armazenamento de informações de usuários. 

Mesários 

Na reta final do primeiro turno foi divulgada nas redes a informação que o “TSE teme que tenha havido inscrição combinada de mesários bolsonaristas” e que a não entrega do comprovante de votação indicaria que o voto do eleitor não foi computado pela urna eletrônica. 

Na verdade, para a Justiça Eleitoral, a posição política do cidadão que é convocado como mesário não deve interferir no exercício da função no dia das eleições. Sendo assim, as atribuições do mesário são previstas na Constituição Federal, e o apoio durante o pleito contribui para o exercício da democracia por toda a sociedade ao garantir a tranquilidade durante a votação. 

“Para receber o antigo Bolsa Família, as pessoas não podiam trabalhar” 

Durante a campanha eleitoral, o candidato a reeleição à presidência, Jair Bolsonaro (PL), afirmou que “Para receber o antigo Bolsa Família, as pessoas não podiam trabalhar”. Porém após checagem, foi esclarecido que para ter acesso ao Bolsa família era analisado a renda familiar per capita. 

Dessa forma, caso a divisão de renda total da residência não superasse um salário mínimo, o beneficiário poderia manter os pagamentos por mais dois anos, tendo emprego ou não.   

”Concluímos a transposição do Rio São Francisco” 

Outra fala do presidente durante sua campanha que foi considerada fake news, foi que seu governo concluiu a transposição do rio São Francisco.   

No entanto, quando Bolsonaro assumiu o cargo, 96,3% da construção já estava concluída e o eixo Leste já estava completo. Já o eixo norte foi inaugurado pelo presidente em 2020. Mas, segundo o site do governo as obras complementares ainda estão sendo feitas nos dois eixos. 

 ”Fui absolvido na ONU” 

O candidato à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou mais de uma vez durante sua campanha eleitoral, inclusive em debates, que foi absolvido pela ONU. Porém, as Nações Unidas não possuem o poder para fazer uma análise penal no caso do ex-presidente. 

O que aconteceu foi a publicação de parecer que concluiu que Lula não teve direito a um julgamento imparcial. 

”Fui absolvido em todos os 26 processos”

Outra fala do ex-presidente que teve uma grande repercussão nesse período de campanha, foi sobre os 26 processos que Lula afirma ter sido absolvido.

  Na verdade, o petista é inocente perante à justiça brasileira pois nunca houve uma sentença condenatória transitada em julgado contra ele. Dessa forma, ele foi absolvido em 3 dos 26 processos citados, em julgamento sobre o mérito de acusação. Nos outros, o mérito não foi julgado. 

 ”(Com o petrolão) Fizeram com que até hoje a gente pague energia mais cara” 

Ao longo da sua campanha, a candidata à presidência, Simone Tebet (MDB), afirmou mais de uma vez que a energia custa mais caro no Brasil devido aos escândalos de corrupção revelados pela Operação Lava Jato. Porém, não há informações que confirmem essa acusação.

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