'#DeixemoNordesteVotar' é a tag mais comentada do Twitter
Operações irregulares da PRF estão sendo criticadas por obstruir o percurso dos eleitores até os locais de votação
A hashtag “DeixemoNordesteVotar” é o assunto mais comentado do Twitter no Brasil na tarde deste domingo (30). O tópico está associado às cerca de 560 operações realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em estradas de diversos estados do Nordeste, que estão dificultando o acesso dos eleitores às suas respectivas seções. As ações descumprem a determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que proíbe qualquer operação capaz de afetar o transporte público dos eleitores.
A própria PRF admitiu a existência de pelo menos 560 abordagens em todo o país, das quais cerca de metade ocorrem no Nordeste do país, região tida como reduto eleitoral do ex-presidente Lula (PT). “Não é possível que o bolsonarismo subverta a PRF e transforme a instituição em um espécie de milícia para impedir que o povo vote”, escreveu o deputado federal Paulo Pimenta (PT), em suas redes sociais.
O senador Humberto Costa (PT) também questionou a concentração das operações na região Nordeste. “Até agora não conseguiram explicar o porquê do Nordeste, que tem 27% do eleitorado, ter recebido 50% das operações da PRF hoje. Enquanto o Sudeste, que tem 42% do eleitorado, só recebeu 8% das operações da PRF”, criticou.
PRF parando sistematicamente os ônibus da coopertalse pra impedir as pessoa de irem votar. Já havia sido denunciada a prática no TSE, que tem acontecido principalmente no nordeste, e desde ontem a Corte proibiu esse tipo de ação. Compartilhem #Deixeonordestevotar pic.twitter.com/yURsOmh1FY
— Carlito Neto - O Historiador (@carlitus_neto) October 30, 2022
Mais cedo, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann informou que o partido solicitou que o TSE prorrogue a votação nos locais em que as operações foram registradas, bem como a prisão do diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques. Bolsonarista declarado, ele também foi intimado pelo ministro Alexandre Moraes a comparecer ao TSE para prestar esclarecimento sobre as operações.