Janja dá primeiros sinais de como atuará no governo Lula

Ela já sinalizou em palavras e ações que vai ressignificar o papel de primeira-dama

por Thabata Alves qui, 05/01/2023 - 19:45
Ricardo Stuckert A primeira-dama, Janja Lula da Silva Ricardo Stuckert

A primeira-dama, Janja Lula da Silva deu os primeiros recados do que deverá ser sua atuação no governo de Lula (PT) pelos próximos quatro anos. Feminista e bem relacionada com artistas e políticos da esquerda, ela já disse que quer ressignificar o papel da esposa do presidente e começou a fazer isso desde a posse do petista no último domingo (1).

Na posse de Lula, Janja rejeitou o tradicional vestido e usou um terninho de alfaiataria, que além de privilegiar o trabalho da estilista brasileira Helô Paiva e utilizar elementos da nossa natureza por ter tingimento natural com caju e ruibarbo, passou a ideia de uma roupa de trabalho. 

A cerimônia de posse, que contou com muitas ideias e organização de Janja, a subida na rampa de Lula com pessoas da sociedade civil escolhidas a dedo pela representatividade, foi idealizada pela mulher do presidente. A entrega da faixa por essas pessoas e passada por uma mulher negra também foi decisão dela. 

Feminista, ainda na cerimônia de posse, ela que esteve o tempo todo ao lado de Lula durante os cumprimentos das autoridades internacionais, se afastou e ficou atrás do vice-presidente Geraldo Alckmin (PT) e ao lado da esposa dele, Lu Alckmin para não apertar a mão do representante iraniano. A atitude assinala sua insatisfação diante das prisões violentas contra às mulheres do Irã por protestarem pela morte de mulher presa por mau uso de véu. 

Com uma agenda cheia neste início de mandato, Lula não tem conseguido acompanhar todas as posses dos líderes dos ministérios e tem cabido a primeira-dama participar dos atos para prestigiar os novos ministros. Cumprindo assim um papel de protagonismo e atuação desde o início do governo do petista. 

Socióloga, a presença de Janja com um gabinete ao lado do de Lula no Palácio do Planalto, a expectativa é que ela mesmo sem cargo oficial, vá ajudar em questões que o presidente não tenha familiaridade e que ela tem forte atuação, tais como: as questões relativas à violência contra a mulher, racismo, na área da Cultura que ela transita com muita facilidade e no combate à fome, pauta que ela já afirmou que se empenhará junto ao marido. 

O novo governo está só começando e os olhos da classe política e da sociedade estão bem voltados para a atuação da nova primeira-dama.

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