Tarcísio diz não saber o motivo de ser convidado em evento

Em sua viagem a Portugal, o governador de São Paulo dividiu a bancada com juristas e o ministro da Justiça Flávio Dino, mas diz não saber por que foi convidado para o evento

por Guilherme Gusmão seg, 26/06/2023 - 19:55
Marcelo Camargo/Agência Brasil O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em Portugal, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), participou do Fórum Jurídico de Lisboa, evento que reúne autoridades para discutir assuntos sobre governança digital, porém o gestor bolsonarista disse não saber o motivo de ter sido convidado para o evento. 

“Quero agradecer o convite, mas não sei exatamente por que que eu fui convidado para essa mesa, afinal de contas, eu estou no meio de juristas renomados e que vão falar aqui para juristas renomados. Eu sou um mero engenheiro”, disse. 

Tarcísio, que faz viagem ao país europeu para cumprir compromissos de sua agenda oficial, participa do painel que aborda temas de defesa da democracia e os riscos enfrentados por um Estado Democrático. A mesa também conta com a presença do ministro da Justiça Flávio Dino (PSB-MA) como um dos palestrantes. 

Ao debater os temas, Tarcísio apontou que “tenta” estudar mais sobre o Estado Democrático de Direito. Além disso, classificou que os riscos para a democracia no Brasil são baixos.

Na palestra, o governador não citou os atos golpistas contra a Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, protagonizados por apoiadores de seu aliado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).  “Eu sou otimista por natureza e tenho dito o seguinte: a democracia brasileira é forte a vibrante, ela tá revigorada e a gente não não tem grandes riscos”, disse o gestor do Republicanos. 

Ele justifica a sua análise pelos mecanismos de controle do poder político determinados pela Constituição Federal. Sobre a polaridade política no Brasil, Tarcísio defende o uso da “energia popular” para promover uma reforma. 

“A gente viu um choque de placas tectônicas do nosso País. Choque de placas de opiniões absolutamente divergentes. E esse choque de placa gera muita energia e talvez essa energia não tenha sido completamente dissipada. E aí nós temos uma grande oportunidade de promover uma reforma política", afirmou.

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