Dallagnol ironiza delação premiada no caso Marielle

Conhecido por ter utilizado assiduamente a artimanha durante a Lava-Jato, ex-procurador critica ministro Dino

por Rachel Andrade seg, 24/07/2023 - 15:03
Tomaz Silva/Agência Brasil Deltan Dallagnol, cassado pelo TSE Tomaz Silva/Agência Brasil

O deputado federal cassado, Deltan Dallagnol, ex-chefe da operação Lava Jato, criticou o Ministro Flavio Dino ao saber que ele utilizou de delação premiada para avançar nas investigações da morte da vereadora marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

“Delação agora é prova? Até ontem, o PGR tava desdenunciando e o STF tava desrecebendo denúncias adoidado contra corruptos sob o fundamento de que apenas a delação não é suficiente. Alguma lei deve ter mudado… Ou o que mudou foi a capa dos autos?”, disse no seu perfil no Twitter.

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Flavio Dino compareceu a uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (24), onde explicou que o ex policial militar Élcio de Queiroz colaborou com as investigações por meio de um acordo de “colaboração premiada”, comumente conhecido como delação. Queiroz confirmou, em depoimento, a participação do ex-policial Ronnie Lessa no assassinato de Franco e Gomes.

Quando esteve à frente da Lava Jato, Dallagnol utilizou do instrumento diversas vezes para prosseguir com as investigações, e foi criticado na época. Ele perdeu o posto na força-tarefa em 2020, alguns meses antes de a operação ser dissolvida e invalidada. O ex-procurador se tornou candidato a deputado federal pelo Podemos, foi eleito em 2022, e teve seu mandato cassado cerca de seis meses depois de ter tomado posse.

 

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