G. Dias argumenta ter agido para evitar mortes no 8/01

O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, disse que agiu para evitar mortes no 8 de janeiro

qui, 31/08/2023 - 11:40
Geraldo Magela/Agência Senado O ex-ministro do GSI, Marco Edson Gonçalves Dias, conhecido como G. Dias Geraldo Magela/Agência Senado

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, rebateu, nesta quinta-feira (31), o argumento de que ele teria agido com tranquilidade diante dos golpistas que invadiram o Palácio do Planalto durante os atos que destruíram as dependências da sede presidencial.

G. Dias foi questionado sobre sua postura pela relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD-MA), depois de exibir imagens do momento. "Por que adotou a tranquilidade e não deu ordem de prisão?", indagou a relatora.

O ex-ministro disse que agiu para evitar mortes. “Fui treinado para gerenciar as crises, não se gerencia uma crise apagando fogo e jogando gasolina. Neste processo, tem regras de engajamento. A senhora deveria pedir as regras de engajamento, para ter noção de que teremos o emprego parcelado das forças. No início das operações estávamos com 135 homens, o primeiro reforço chegou às 15h40. No início não dava para fazer as prisões. Tínhamos que evacuar as pessoas o máximo possível para que não houvesse depredações e mortes. As prisões foram feitas quando chegaram mais pessoas e no segundo andar”, detalhou.

E seguiu: "Estávamos com 135 homens, solicitamos mais. O primeiro reforço chegou às 15h40, o segundo reforço, às 16h40, e o terceiro reforço, às 17h10. No início, não dava para fazer as prisões. Tínhamos que gerenciar aquela crise e evacuar as pessoas para que não houvesse depredações e gerenciar para que não houvesse mortos nem feridos. Não adiantava sair batendo nas pessoas".

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G. Dias estava à frente do GSI no dia dos ataques às sedes dos Três Poderes. O general da reserva deixou o posto no dia 19 de abril de 2023, após a divulgação de vídeos nos quais ele aparece em um dos locais da invasão. A convocação de Gonçalves Dias à CPMI foi objeto de aproximadamente 100 requerimentos.

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