Hackathon tenta resolver problemas na terra e no espaço

Cerca de 70 pessoas, entre profissionais e estudantes reuniram-se, durante todo o final de semana, para criar aplicações para serem usadas com intuito de melhorar o estudo no espaço e da vida das pessoas

por Carol Dias dom, 13/04/2014 - 19:40
Carol Dias / LeiaJáImagens Estação metereológica SkyOn Carol Dias / LeiaJáImagens

A segunda edição do "Internacional Space App Challenge", maratona de programação que é parte da campanha de inovação da Nasa, terminou neste domingo (13), na Faculdade Guararapes, em Jaboatão dos Guararapes. O encontro teve como objetivo reunir estudantes de todas os cursos para desenvolver projetos com foco em melhorar a vida dentro e fora do planeta Terra.



"Desde a última sexta-feira (11) que estamos participando desta hackathon. E nosso objetivo é realmente desenvolver aplicações que possam ser utilizadas no futuro. Como ajudar nos procedimentos de pesquisas da Nasa", disse o analista de sistema, Yelken Heckman. Os partipantes escolheram um tema de acordo com a afinidade, e eles poderiam ser dentro da temática tecnologia no espaço, robótica, Terra, asteróide e voo espacial.



Cerca de 70 pessoas, entre profissionais e estudantes, reuniram-se, durante todo o final de semana, para criar aplicações para serem usadas com intuito de melhorar o estudo no espaço e da vida das pessoas. Recife foi uma das três cidades do Brasil a receber a maratona, seguida de Porto Alegre (RS) e Brasília (DF). As equipes vencedoras da hackathon e que irão representar o País no mundial do evento que acontece em junho, foram a "Explore", "SkyOn" e "Climate Alert" . O evento além de ter sido promovido pela Agência Espacial Americana (Nasa) ainda contou com a parceria do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar) e da Robo Livre.



A equipe "Explore" arrematou o primeiro lugar e é formada por cinco integrantes. O objetivo do projeto foi ajudar a mapear e descobrir novos compostos que estejam em asteróides perdidos no Universo.



"As pessoas pensam que os Asteróides são coisas ruins, e que só servem para colidir e destruir o mundo. No entanto, pesquisas já apontam que vários compostos podem ser encontrados nesses pedaços de rochas e que podem ser aproveitados depois. A extração de recursos no asteróides foi o que motivou a nossa equipe. Fizemos um jogo que qualquer pessoa poderá explorar o universo e descobrir os compostos que podem ser encontrados nos corpos rochosos, simulando uma viagem entre galáxias", explicou um dos desenvolvedores do projeto, o estudande de Ciência da Computação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Décio Silva.



Já a equipe SkyOn decidiu criar um estação metereológica colaborativa, que envia automaticamente as condições climáticas do local, fazendo com que não apenas a NASA, mas os políticos interessados, possam saber quais as condições reais do clima em determinados lugares e poder prevenir catástrofes.



"Resolvemos desenvolver uma estação metereológica porque aqui no Recife temos apenas três, o que achamos muito pouco. Quando se sabe o clima de determinado local, pode-se prevenir muitas catastrofes. Monitorando o clima, haverá uma forma não apenas de catalogar os aspectos climáticos diários, como também enviar um relatório com o tempo em uma determinada distância", explica o analista de sistema Yelken Heckman.



Importância - Tantos os alunos, quanto os profissionais acham essa maratona importante para a disseminação da robótica e a preocupação com o futuro. "Ficamos aqui durante três dias e posso dizer que aprendi bastante nesse tempo. Não apenas para a minha futura carreira profissional, mas para a vida. A troca de experiências é muito valiosa, principalmente quando encontramos pessoas com interesses em comum", disse Viviane Lyrio.



Para o aluno de ensino médio, Lucas Daniel Andrade, a experiência de estar rodeado de profissionais e pessoas que comungam da mesma paixão pela robótica é algo fantástico. "É a primeira vez que participo desse tipo de evento, e para mim está sendo de muita importância. Estou no ensino médio, ainda tenho 14 anos, e sou apaixonado por robótica. Desta maneira, é muito interessante participar dessa hackathon e aprender com quem realmente entende. Estou muito feliz por ter colocado a 'mão na massa' e ter feito parte de uma equipe que me ajudou a aprender bastante."



A professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Andreza Leite, afirma que esse tipo de incentivo é fundamental para a disseminação da educação da tecnologia robótica em Pernambuco. "Poder trazer a nossa experiência e compartilhar com quem realmente quer aprender é muito significativo. Fazer parte da comissão julgadora dos projetos que tentam solucionar problemas reais do mundo em busca de soluções com base na construção de bons propósitos é muito gratificante. São por meio de iniciativas e maratonas como essas que se vê soluções para o futuro", afirma.

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