João Pessoa recebe 10º Fórum de Governança de Internet

Evento da ONU reúne representantes dos governos, da sociedade civil, das universidades e de empresas de pelo menos 130 países

ter, 10/11/2015 - 15:34
Ricardo Matsukawa/Divulgação Cibersegurança, economia da internet e inclusão e diversidade estão entre os temas que norteiam o IGF Ricardo Matsukawa/Divulgação

João Pessoa (PB) sedia, desta terça (10) a sexta (13), o 10º Fórum de Governança da Internet (IGF, na sigla em inglês), um encontro global multissetorial que visa debater questões de políticas públicas relativas à rede mundial de computadores. O tema principal deste ano é “Evolução da governança da internet: empoderando o desenvolvimento sustentável”.

O Fórum é coordenado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e traz para o debate os diferentes stakeholders (atores) para discutir grandes temas de interesse da comunidade da internet. As discussões do encontro na capital paraibana serão pautadas por subtemas como cibersegurança, inclusão e diversidade, economia da internet e direitos humanos.

De acordo com o secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Virgilio Almeida, que coordena o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), o IGF pode ser comparado em certa proporção à conferência do clima da ONU (COP, na sigla em inglês).

“Essa é uma reunião da internet global realizada pela ONU em que as sessões são traduzidas e transmitidas ao vivo em sete línguas diferentes – as seis oficiais da ONU mais o português”, destaca. “Até o momento, temos cerca de 2.300 inscritos, sendo quase mil brasileiros e mais de mil participantes de outros países”, pontua.

Tais discussões são extremamente atuais e importantes para o futuro, pois é na rede que se dá, em grande parte, o debate de outros temas fundamentais, como clima e direitos humanos, argumenta o secretário. Segundo ele, o Brasil tem uma liderança inequívoca na discussão da governança.

“O CGI.br existe há 20 anos e é uma entidade multissetorial com participação do setor privado, governo, sociedade civil, comunidade técnica e acadêmica. Além disso, o País possui uma legislação aprovada pelo Congresso Nacional, que é o Marco Civil da Internet, e realizou a NETMundial, que é uma referência global”, complementa.

Está em andamento a transição do modelo de supervisão das funções-base da internet, como servidores raízes e atribuição de endereços numéricos, que é realizada pela Corporação para Atribuição de Nomes e Números na Internet (Icann, na sigla em inglês).

Essa atribuição, que era do governo dos Estados Unidos, passaria a ser feita por um organismo multissetorial. Essa será uma das discussões do evento  e a expectativa é que o processo esteja concluído dentro de um ano.

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