Senado vota projeto que proíbe franquia na banda larga
Proposta altera o Marco Civil da Internet para vetar os planos de franquia de dados na banda larga fixa
As operadoras de internet poderão ser proibidas de estabelecer limite de velocidade na oferta do serviço em contratos de banda larga fixa. A medida consta de projeto de lei (PLS 174/2016) do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e está em pauta para votação nesta terça-feira (12), na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT).
A proposta altera o Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014) para vetar os planos de franquia de dados na banda larga fixa. Segundo o senador Ricardo Ferraço, diversos aspectos do exercício da cidadania dependem da internet, como ensino a distância, declaração do imposto de renda e pagamento de obrigações tributárias. Nesta perspectiva, não seria razoável limitar o tráfego de dados na rede.
O relator da proposta, senador Pedro Chaves (PSC-MS), também considerou a limitação da internet fixa como um retrocesso. "Representaria um freio ao avanço da inovação e ao desenvolvimento das empresas da nova economia, além de prejudicar ações governamentais para a inclusão digital, o acesso à informação, à cultura e à educação", avaliou.
A estratégia de impor limites à banda larga fixa começou em 2008, nos EUA, com a Comcast. Nos primeiros anos, clientes eram raramente acionados pelo uso. Atualmente, porém, há número crescente de reclamações de consumidores que atingem o limite e são obrigados a pagar mais. A também norte-americana AT&T adotou igual estratégia em 2011.