Estudo liga o cyberbullying a problemas de saúde em jovens

Crianças que sofreram intimidação online sofrem consequências como depressão e até anorexia

por Nathália Guimarães ter, 02/08/2016 - 12:19
Reprodução Pesquisa mostra que prática afeta gravemente o bem-estar emocional dos jovens Reprodução

Um novo estudo divulgado pela Kaspersky Lab nesta segunda-feira (1º) traz dados preocupantes sobre o cyberbullying, revelando que a intimidação na rede mundial de computadores é mais perigosa para as crianças do que muitos pais consideram. Para maioria das jovens vítimas, as consequências do assédio online incluem problemas de saúde e socialização.

Os pais não devem minimizar a importância do perigo do bullying virtual. Embora no estudo apenas 4% das crianças tenham admitido sofrer assédio online, as consequências de 7 em cada 10 casos foram traumáticas. Segundo a pesquisa, a prática afeta gravemente o bem-estar emocional dos jovens.

Pais de 37% das vítimas relataram baixa autoestima, 30% observaram uma piora em seu desempenho escolar e 28% mencionaram depressão. Além disso, 25% dos responsáveis afirmaram que o bullying virtual abalou o padrão de sono de seus filhos e causou pesadelos em 21% deles.

Outros 26% dos responsáveis notaram que os jovens começaram a evitar o contato com outras crianças, e 20% descobriram que seus filhos tinham anorexia. A pesquisa mostra que, muitas vezes, os jovens escondem os incidentes de bullying virtual da família, tornando a tarefa de protegê-los ainda mais complicada.

No total, 20% das crianças já testemunharam outras sofrendo bullying online e, em 7% dos casos, até participaram. Ao mesmo tempo, 16% dos jovens que participaram da pesquisa têm mais medo de sofrer bullying online do que offline, enquanto metade teme igualmente o assédio na vida real e no mundo virtual.

"O bullying virtual é um dos maiores perigos que uma criança pode enfrentar na internet, pois pode ter um impacto negativo sobre seu estado psicológico e causar problemas para o resto de sua vida. Se isso acontecer, a melhor solução é conversar com seu filho e usar um software de controle para pais que o avise sobre mudanças suspeitas nas redes sociais da criança", explica o chefe de negócios ao consumidor da Kaspersky Lab, Andrei Mochola. 

A pesquisa entrevistou 3.780 famílias com crianças de 8 a 16 anos em sete países, entre eles EUA, Espanha, Rússia, Alemanha e Itália.

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